A greve dos trabalhadores da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) terminou neste sábado (8) com uma expressiva vitória – talvez o melhor acordo de todas as categorias firmado nos últimos anos. Os garis conquistaram um reajuste no salário-base de 37% – que passa dos atuais R$ 802,57 para R$ 1.100 – e mais 40% de aumento no adicional de insalubridade. Eles não se intimidaram diante da intransigência do prefeito Eduardo Paes (PMDB), que ameaçou demitir mais de 300 funcionários e acionou a polícia contra os seus protestos, e nem com o violento cerco da mídia patronal, que fez de tudo para criminalizar os grevistas. O prefeito recuou, os garis venceram e a mídia foi para o lixo!
Durante a paralisação, que durou oito dias e agitou o Carnaval carioca, a velha imprensa usou todo o seu repertório antissindical para jogar a sociedade contra os trabalhadores da Comlurb. Jornalões e emissoras de rádio e tevê – principalmente os pertencentes à Rede Globo, sediada no Rio de Janeiro – responsabilizaram os grevistas pelo caos na saúde pública, acusaram a categoria de prejudicar o turismo e a imagem da cidade que sediará jogos da Copa do Mundo e as Olimpíadas, garantiram que a paralisação contava com baixa adesão e que foi obra de uma minoria com motivações políticas-eleitorais. Houve um verdadeiro bombardeio midiático contra os garis.
A mídia patronal chegou omitir as várias manifestações de solidariedade dos foliões aos grevistas. Ela nem sequer deu destaque para adesão à greve do famoso “Renato Sorriso”, o gari que já ocupou várias vezes a telinha da TV Globo ao sambar durante a limpeza do Sambódromo e que alegrou o mundo no encerramento das Olimpíadas em Londres. Tudo foi feito – como de costume – para estigmatizar os grevistas e desqualificar os garis, bem ao estilo do preconceituoso Boris Casoy. Agora, com a vitória da greve, alguns colunistas até tentam disfarçar o papel nefasto de seus veículos. Elio Gaspari afirma na Folha deste domingo (9) que o prefeito Eduardo Paes “produziu uma grande lixeira”. Ele só não diz que a mídia fez parte desta lixeira!
Durante a paralisação, que durou oito dias e agitou o Carnaval carioca, a velha imprensa usou todo o seu repertório antissindical para jogar a sociedade contra os trabalhadores da Comlurb. Jornalões e emissoras de rádio e tevê – principalmente os pertencentes à Rede Globo, sediada no Rio de Janeiro – responsabilizaram os grevistas pelo caos na saúde pública, acusaram a categoria de prejudicar o turismo e a imagem da cidade que sediará jogos da Copa do Mundo e as Olimpíadas, garantiram que a paralisação contava com baixa adesão e que foi obra de uma minoria com motivações políticas-eleitorais. Houve um verdadeiro bombardeio midiático contra os garis.
A mídia patronal chegou omitir as várias manifestações de solidariedade dos foliões aos grevistas. Ela nem sequer deu destaque para adesão à greve do famoso “Renato Sorriso”, o gari que já ocupou várias vezes a telinha da TV Globo ao sambar durante a limpeza do Sambódromo e que alegrou o mundo no encerramento das Olimpíadas em Londres. Tudo foi feito – como de costume – para estigmatizar os grevistas e desqualificar os garis, bem ao estilo do preconceituoso Boris Casoy. Agora, com a vitória da greve, alguns colunistas até tentam disfarçar o papel nefasto de seus veículos. Elio Gaspari afirma na Folha deste domingo (9) que o prefeito Eduardo Paes “produziu uma grande lixeira”. Ele só não diz que a mídia fez parte desta lixeira!
*Por Altamiro Borges, publicado originalmente no Blog do Miro.
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