É... mais uma vez o anunciado cataclisma do fim do mundo não ocorreu, o que é ótimo (exceto pelas contas). E como sempre essa data também produziu enorme expectativa entre aqueles que acreditam que o mundo um dia pode acabar, mas gerou também momentos bem humorados, entre os quais destaco uma seleção de charges que saiu no Jornal Opção, de Goiânia: A espera pelo fim do mundo em dez charges.
A passagem de 2012 para 2013 não tem seguido a tradição. As
preocupações não mais se restringem com o que presentear as pessoas
queridas, o que fazer para a ceia de natal ou que cor usar nas festas de
ano novo. Há um clima de receio em se fazer planos – embora nem todos o
admitam ou percebam. O assunto do momento é fim do mundo, que norteia
conversas descontraídas no intervalo do serviço a discussões acaloradas
sobre espiritualidade e religiosidade, além do aquecimento global,
apontado como fruto da nossa ingratidão diante da natureza – que agora
estaria dando o troco. E quem não se perguntou o que deveria fazer na
vida antes de tudo se acabar?
Assim como têm aqueles que não dão a mínima para a profecia Maia e as
previsões catastróficas que a acompanham, há os que não acreditam nem
desacreditam. Simplesmente esperam. A bem da verdade é que essa não é a
primeira vez que o alerta vermelho é lançado, e se não for dessa vez que
o planeta Terra vai para as “cucuias”, muito provavelmente ainda
teremos outros alarmes falsos.
O mais antigo registro de previsão frustrada de fim do mundo que se tem
notícia data de 1910. Na ocasião o cometa Halley passou muito próximo
da Terra e assustou muita gente. Depois descobriu-se que sua passagem
era periódica, a cada 76 anos. Os ânimos puderam se acalmar. Daí veio
Nostradamus pregar uma peça em todo mundo. O alquimista francês escreveu
de forma quase inelegível – o que fez estudiosos se debruçarem sobre
suas escrituras por mais de 400 anos – que “No ano 1999, sétimo mês, do
céu virá o grande rei do terror”. Pronto, estava armado o circo das
especulações. Juntou-se a essa previsão a interpretação apocalíptica de
que o ano 1999 era uma referência ao número da besta, o 666.
O fato é que, com ou sem previsão, vamos ter que esperar até o dia 21
de dezembro, sexta-feira próxima, para comprovar – ou não – nosso fim.
Os mais otimistas consideram o calendário Maia apenas mais um
calendário, que como todos têm início, meio e fim. Essa linha de
raciocínio parece ser a mais adequada a partir do momento que como meros
mortais, a essa altura do campeonato, nada podemos fazer.
E é com essa perspectiva que o Jornal Opção separou
dez charges que abordam o fim do mundo com bom humor, porque se for para
morrer, que o façamos ao menos depois de boas gargalhadas.