O trânsito de Catalão é algo fácil de ser resolvido, basta ter vontade de fazer e não ter medo de dar a canetada (porque é com uma canetada que se resolve). É só criar mais uma faixa de circulação de veículos em frente aos cartórios, fechar o canteiro em frente ao Supermercado Reis (usado irregularmente como retorno e estacionamento), fazer mais uma campanha educativa sobre o uso de cadeirinhas, celulares e cinto de segurança (este ultimo com a participação do Rodrigão) e pronto, resolvem-se todos os problemas de circulação, estacionamento e parada de veículos, bem como o respeito à sinalização e aos pedestres. E para fazer isso, em menos de uma semana diga-se, foi só trazer um engenheiro de trânsito de Tocantins, que teve o peito de fazer tudo o que os outros superintendentes e prefeitos anteriores não tiveram coragem de fazer. Bom, ao menos é essa a impressão que tenho vendo a divulgação das ações do novo superintendente de trânsito de Catalão, nos sites e blogs de nossa cidade.
Em menos de uma semana à frente do cargo o sujeito está sendo apontado como um ser superior que, de fora, via a bagunça do tráfego catalano e chegou com poderes mágicos de arrumar tudo. Só faltou anunciarem que foi ele trouxe o asfalto a prova de chuva (se bem que esse o Rodrigão não deixava). É muito exagero.
Trânsito é um tema complexo em qualquer lugar, não algo que se resolve com uma canetada ou com o fechamento de um canteiro, portanto, não dá para ficar calado ao ver tanta gente babando com ações paliativas. É verdade que algumas já deveriam ter sido feitas (como o fechamento do canteiro em frente ao Reis), mas não acrescentam nada ao nosso complicado tráfego de veículos. A atitude mais comentada, duplicar a faixa de circulação na avenida Raulina em frente aos cartórios retirando trinta vagas de estacionamento, imediatamente só vai provocar mais tráfego, pois vai ter mais veículos circulando justamente porque não tem outros lugares para estacionar. E a campanha orientativa sobre o uso de cadeirinhas, celulares e cinto de segurança? Adiantaria alguma coisa se o exemplo viesse de quem cobra, mas numa cidade onde o vice-prefeito, os motoristas da prefeitura, a polícia e demais autoridades públicas sequer usam o cinto de segurança como exigir isso e mais do cidadão? Sem contar que essa campanha educativa foi feita pela mesma SMTC há menos de três meses (talvez o superintendente ache que além de mudar o prefeito também mudaram os motoristas da cidade).
Trânsito é complexo, mas também não é um bicho de sete cabeças que só um engenheiro de trânsito com doutorado na França possa matar. Os problemas todo mundo conhece: excesso de veículos, pouco estacionamento, falta de educação, desrespeito pelas leis de trânsito... Não é possível pensar em resolver problemas fazendo ações separadas. Criar mais faixas de circulação? Ótimo, desde que venha junto com estacionamento rotativo (Zona Azul). Exigir cinto de segurança e inibir o uso de celular ao volante através de multa? Perfeito, se houver o exemplo das autoridades públicas, em especial daqueles que lidam com a fiscalização. Desrespeito às leis de trânsito? Deixe os agentes multarem e não retire a multa, se doer no bolso (e nos pontos da CNH) o sujeito aprende. Muitos acidentes? Diminua os cruzamentos e descentralize serviços e o usuário vai deixar de passar pelo centro da cidade, descongestionando o trânsito. Excesso de veículos? Dê transporte coletivo barato e de qualidade que o cidadão vai deixar o seu veículo na garagem. Não existe mágica, mas ações desenvolvidas separadamente também não resolvem nenhum problema, na realidade só jogam os atuais para frente.
Em menos de uma semana à frente do cargo o sujeito está sendo apontado como um ser superior que, de fora, via a bagunça do tráfego catalano e chegou com poderes mágicos de arrumar tudo. Só faltou anunciarem que foi ele trouxe o asfalto a prova de chuva (se bem que esse o Rodrigão não deixava). É muito exagero.
Trânsito é um tema complexo em qualquer lugar, não algo que se resolve com uma canetada ou com o fechamento de um canteiro, portanto, não dá para ficar calado ao ver tanta gente babando com ações paliativas. É verdade que algumas já deveriam ter sido feitas (como o fechamento do canteiro em frente ao Reis), mas não acrescentam nada ao nosso complicado tráfego de veículos. A atitude mais comentada, duplicar a faixa de circulação na avenida Raulina em frente aos cartórios retirando trinta vagas de estacionamento, imediatamente só vai provocar mais tráfego, pois vai ter mais veículos circulando justamente porque não tem outros lugares para estacionar. E a campanha orientativa sobre o uso de cadeirinhas, celulares e cinto de segurança? Adiantaria alguma coisa se o exemplo viesse de quem cobra, mas numa cidade onde o vice-prefeito, os motoristas da prefeitura, a polícia e demais autoridades públicas sequer usam o cinto de segurança como exigir isso e mais do cidadão? Sem contar que essa campanha educativa foi feita pela mesma SMTC há menos de três meses (talvez o superintendente ache que além de mudar o prefeito também mudaram os motoristas da cidade).
Trânsito é complexo, mas também não é um bicho de sete cabeças que só um engenheiro de trânsito com doutorado na França possa matar. Os problemas todo mundo conhece: excesso de veículos, pouco estacionamento, falta de educação, desrespeito pelas leis de trânsito... Não é possível pensar em resolver problemas fazendo ações separadas. Criar mais faixas de circulação? Ótimo, desde que venha junto com estacionamento rotativo (Zona Azul). Exigir cinto de segurança e inibir o uso de celular ao volante através de multa? Perfeito, se houver o exemplo das autoridades públicas, em especial daqueles que lidam com a fiscalização. Desrespeito às leis de trânsito? Deixe os agentes multarem e não retire a multa, se doer no bolso (e nos pontos da CNH) o sujeito aprende. Muitos acidentes? Diminua os cruzamentos e descentralize serviços e o usuário vai deixar de passar pelo centro da cidade, descongestionando o trânsito. Excesso de veículos? Dê transporte coletivo barato e de qualidade que o cidadão vai deixar o seu veículo na garagem. Não existe mágica, mas ações desenvolvidas separadamente também não resolvem nenhum problema, na realidade só jogam os atuais para frente.
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Estou muito contente com as alterações no trânsito de Catalão, anunciadas pelo novo Superintendente Municipal de Trânsito, Adriano Macedo, na última sexta-feira (01/02). Dentre as alterações está uma que é considerada essencial pelo Superintendente: proibir o estacionamento junto ao canteiro central na Avenida Raulina Fonseca Paschoal, na quadra onde funcionam os cartórios de registros da cidade e transformar esse espaço em pista de rolamento.
ResponderExcluirEssa decisão vai ao encontro dos resultados do estudo que realizei no local para minha monografia de conclusão da Graduação em Administração no ano de 2006, cujo título é "ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL DO TRÂNSITO: O CASO DE CATALÃO/GO", portanto, a mudança só está aproximadamente 6 anos atrasada.
"A solução encontrada para solucionar o problema em questão é que na Avenida Raulina Fonseca Paschoal seja transformada a área de estacionamentos do lado esquerdo no sentido cartórios - SENAC em frente aos cartórios em uma pista de rolamento para quem pretende fazer a conversão ou retorno à esquerda deixando a pista da direita somente para quem pretende seguir em frente. Essa mudança possibilitaria a criação de um tempo de abertura independente no semáforo na Avenida Raulina Fonseca Paschoal no sentido cartórios - SENAC para quem pretende fazer a conversão ou o retorno à esquerda no cruzamento com a Rua Moisés Salomão. De acordo com a pesquisa feita no local a quantidade de veículos que fazem à conversão ou o retorno à esquerda é muito pequena. Então com essa mudança feita o semáforo da Avenida Raulina Fonseca Paschoal no sentido cartórios - SENAC abrirá ao mesmo tempo para as duas pistas de rolamento e após 25 segundos o semáforo fecharia para a pista destinada a conversão ou o retorno e permaneceria aberto para a pista destinada a seguir em frente. Neste momento seria aberto o semáforo da Avenida Raulina Fonseca Paschoal no sentido SENAC – cartórios possibilitando que os dois semáforos da avenida Avenida Raulina Fonseca Paschoal estivessem abertos simultaneamente pois os dois sentidos não se cruzariam nesse momento. Essas pequenas mudanças possibilitariam uma redução considerável no tempo de espera nos semáforos do cruzamento da Rua Moisés Salomão / Avenida Raulina Fonseca Paschoal reduzindo dessa forma a fila de veículos em ambos os sentidos do cruzamento." (SiQUEIRA, 2006, p. 59)
"Fica a sugestão de ajustes e o projeto em questão como propostas de adequação para o trânsito no cruzamento da Rua Moisés Salomão / Avenida Raulina Fonseca Paschoal onde foi verificado o maior tempo de espera nos semáforos para que trabalhos futuros possam seguir o mesmo raciocínio e dar continuidade ao desenvolvimento de projetos para a melhoria constante no trânsito da cidade." (SiQUEIRA, 2006, p. 63)
É o que eu disse Wender, não existe mágica e os problemas todo mundo conhece, mas é preciso fazer ações conjuntas e simultaneas, senão é tirar problema de um lugar e jogar para outro.
ExcluirParabéns pelo seu TCC elaborado seis anos atrás, mas se mantem atual e prova que o conhecimento para a resolução dos problemas catalanos não é exclusivo de quem vem de fora, basta ter vontade de resolver.