Será que hoje tem sessão? Será que os vereadores da situação comparecerão? Será que mais alguém vai mudar de lado? Será que os balancetes serão votados? Será que os cheques sem fundo serão compensados? Será que o ponto dos faltosos será cortado? Será que as férias dos nossos parlamentares finalmente terão findado?
Dúvidas e mais dúvidas na cabeça dos catalanos, que se multiplicarão e continuarão por mais algum tempo, pois a prática dessa atual legislatura está sendo brincar de ser vereador, fugindo do debate quando não é conveniente e valorizando o passe para votar de acordo com a concepção de quem pagar mais. Foram todos eleitos pelo povo, mas o patrão agora é outro, manda quem faz um favor e ganha quem o retribui.
E o normal é as sessões não ocorrerem, mas quando acontecem o plenário se enche de "manifestantes" fazendo algazarra e cobrando o recebimento de cheques sem fundo. Projetos deixam de ser apresentados, balancetes não são votados, requerimentos inúteis são apresentados... e ao povão fica reservado o nariz de palhaço, pois se após sete meses de gestão só deu para debater o suposto racha de Jardel e Rodrigão, coitado do povo de Catalão.
Mas talvez não tenha mesmo assunto. Talvez o papel do vereador seja somente pedir poço artesiano, solicitar troca de lâmpada, propor a construção de quebra-molas, distribuir cesta básica, dar material de construção... entre outros afazeres mais importantes que discutir o aumento da violência em nossa cidade, propor ações para viabilizar a transferência de indústrias do centro do cidade para o DIMIC, debater a qualidade do ar no município, fiscalizar os gastos do poder Executivo, requerer melhoras no transporte coletivo... entre outras atribuições, menos nobres que solicitar a poda da grama nos canteiros centrais, é claro.
E assim caminha Catalão: com um poder Legislativo que trabalha conforme o diz o patrão (que não é o povão) e com o Executivo que se orgulha de sua maior proeza em sete meses de gestão, que foi trazer quatro vereadores da oposição, enquanto esta dava um copo d'água pro Rodrigão.
Coitado do povo de Catalão!
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