Na última quarta-feira, dia 27 de novembro, o Câmpus Catalão da UFG (CAC) realizou o processo de consulta à comunidade universitária para escolha do Diretor e do Vice-Diretor para os próximos quatro anos (2014-2017), sendo a escolha da maioria a Chapa 1, dos jovens professores Thiago Jabur (Ciência da Computação) e Denis Resende (Física). Internamente esse resultado está sendo apontado como surpresa por várias pessoas, afinal Thiago e Denis disputavam a preferência do eleitorado com duas chapas compostas por professores mais velhos e conhecidos no câmpus, portanto, mais experimentados com o jogo político do CAC, no entanto foi justamente o pouco envolvimento com esse jogo que levou à vitória da Chapa 1, o que diz bastante sobre o atual momento pelo qual passa o CAC e a UFG.
Embora tenham iniciado a campanha na condição de azarões, Thiago e Denis cresceram muito e foram conseguindo adeptos justamente entre os professores cansados do jogo político interno. A chapa encabeçada por professores das Exatas conseguiu manter a união dos docentes desta área e atraiu também professores das Humanas, rachados na preferência entre Wolney (Pedagogia) e Neto (Geografia). O discurso ágil também empolgou o alunado do câmpus, que compareceu em peso e votou maciçamente na Chapa 1, deixando claro a opção por renovação, algo que está sendo frequente desde os protestos de junho (espero que seja também nas eleições do ano que vem). Os técnicos administrativos, embora tenham votado na simpatia e camaradagem do professor Neto, optaram pelos projetos consistentes das chapas 1 e 2, que somadas receberam a maioria dos votos da categoria.
O resultado, além de afirmar a opção da comunidade universitária pela renovação e despolitização da gestão do CAC mostrou que a seriedade das propostas também fez a diferença, pois das três candidaturas que postulavam a Direção as chapas 1, de Thiago e Denis, e a 2, de Wolney e Júlio, eram as mais preparadas para o atual momento pelo qual passa a universidade e tinham em comum a organização e a seriedade de suas propostas (programas de gestão consistentes, equipes definidas, projetos claros para o câmpus) e ao final a juventude (e o fôlego) de Thiago e Denis atraiu mais adeptos e sagrou-se vitoriosa. A chapa 3, dos professores Neto e Ulisses, pecou em oferecer um projeto personalista, baseado apenas na simpatia dos candidatos, entre os mais bem quistos do câmpus, mas não apresentaram nomes e nem um programa de gestão consistente e acabaram perdendo apoio entre estudantes e professores.
O resultado da Consulta segue agora para o Conselho Diretor do Câmpus Catalão, onde deverá ser referendado no próximo dia 11 de dezembro. O mandato começa em março e os escolhidos se preparam para enfrentar o pesado jogo político da Universidade, onde a capacidade de aglutinação demonstrada durante a campanha será testada e os jovens deverão provar, mais uma vez vez, que a renovação e agilidade do discurso estará também nas práticas da gestão e no debate político-acadêmico.
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