E mais uma vez uma enorme precipitação desceu sobre a cidade de Catalão. As imagens de ruas alagadas, córregos e represas transbordando, carros e pedestres ilhados e o medo de tudo ir, literalmente, por água abaixo tomou novamente os catalanos de assalto, como aconteceu em 1º de março deste ano.
O debate está lançado e surgem, é claro, aqueles que atribuem a culpa à Prefeitura, que não tomou nenhuma medida concreta para evitar repetição das enchentes desde a grande chuva de março (como se fosse algo fácil de ser feito) e aqueles que jogam a culpa de tudo na população, que sem-educação joga o lixo nas ruas e causa o entupimentos das (pouquíssimas) galerias pluviais por onde escoam as águas das chuvas. Nenhum dos dois está totalmente certo e nem totalmente errado. Em pouco mais de três horas (das 8 às 11) choveu mais de 96mm (em março foram 101mm em quatro horas), ou seja, muita água jorrando pelas precárias condições de escoamento de nossa cidade, junto com a sujeira nas ruas o resultado é o das imagens abaixo:
Ribeirão Pirapitinga, quase transbordando (imagem: Colaki) |
Rua paralela ao Catalão Shopping, embaixo d'água (imagem: Colaki) |
Represa do Monsenhor Souza, transbordando e quase rompendo (imagem: Igor Cesar Leão) |
E os vídeos feitos pelo morador Igor Cesar são ainda mais impressionantes:
Repetindo o que escrevi em março: não existe fórmula mágica para evitar os alagamentos, mas em Catalão é preciso encarar o principal desafio: encontrar alternativas para evitar a impermeabilização do solo. É certo que há anos a cidade fez a opção pelo asfalto, mas é preciso rever isso, sem receio de pensar em retrocesso. Não dá para modificar o relevo, não dá para controlar a precipitação da chuva e a expensão urbana vai continuar ocorrendo, mas é possível aumentar as áreas verdes, melhorar a coleta de lixo e investir em conscientização ambiental, assim como inserir no Plano Diretor mais preocupação ecológica para a expansão da cidade, do contrário só nos resta torcer por uma PARCERIA com São Pedro, para a chuva cair fininha daqui pra frente.
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