Li um post no Blog do Mamede sobre a evolução patrimonial dos atuais vereadores de Catalão, com um levantamento muito interessante do que foi declarado por eles na eleição anterior (2012) e agora. Aproveito e reproduzo o levantamento aqui, ao final faço algumas considerações.
- Em 2012 Aurélio declarou não ter nenhum bem, em 2016 R$ 261 mil reais declarado;
- Já Daniel do Floresta tinha R$ 99 mil reais declarados e uma empresa, já em 2016 não tem nenhum bem;
- Deusmar Barbosa declarou em 2012 ter R$ 330 mil reais em bens, já em 2016 declarou R$ 895 mil reais, uma evolução patrimonial de quase 300%;
- Donizete Negão declarou ter R$ 34 mil reais em 2012 e em 2016 R$ 272 mil reais, uma evolução patrimonial de quase 10 vezes maior;
- Gilmar Antônio declarou bens de R$ 325 mil reais em 2012 e em 2016 declarou R$ 613 mil reais, ou seja, o dobro;
- João Antônio que tinha R$ 55 mil reais em 2012, evoluiu para R$ 146 mil reais em 2016, quase três vezes mais;
- Juarez Rodovalho em 2012 não tinha nenhum bem e continua não tendo nada em 2016;
- Jurandir tinha R$ 10 mil reais em 2012, em 2016 passou a ter R$ 300 mil reais, uma evolução de mais de 300%;
- Leonardo Bueno não tinha nenhum bem em 2012, já em 2016 passou a ter R$ 190 mil reais;
- Paulinho também não tinha nenhum bem em 2012, em 2016 passou a ter R$ 263 mil reais;
- Paulo César tinha em 2012 R$ 113 mil reais, passou a ter R$ 197 mil reais em 2016;
- Pedrinho tinha apenas R$ 4 mil e 600 reais e continua tendo apenas 2016 R$ 17 mil reais;
- Regina Félix tinha em 2012 R$ 363 mil reais e passou a ter em 2016 R$ 533 mil reais;
- Silvano Mecânico não tinha nenhum bem em 2012 e em 2016 R$ 233 mil reais;
- Valmir tinha R$ 220 mil reais em 2012, passou a ter R$ 655 mil reais, uma evolução de mais de 300%;
- Vandeval Florisbelo tinha R$ 152 mil reais e em 2016 tem apenas R$ 76 mil reais;
- Já Rodrigão que declarou ter R$ 51 mil reais na eleição para vice-prefeito passou a ter em 2016 R$ 335 mil reais, uma evolução patrimonial de quase 6 vezes maior;
Na maioria dos casos a evolução patrimonial não chama a atenção, ficando condizente com os vencimentos recebidos pelos edis no período.
Rodrigão apresentou um grande crescimento patrimonial, mas compatível para alguém que tem três vencimentos (vice-prefeito, Presidente da Força Sindical e funcionário da MMC).
Daniel do Floresta e Vanderval são os dois únicos que ficaram mais pobres no período. O caso de Daniel é conhecido na cidade: investiu muito dinheiro em sua campanha e acabou por deixar de lado o seu marcado no centro da cidade, vindo a fechar. Além disso o rompimento com o prefeito lhe trouxe outros prejuízos, como honorários advocatícios para defesa de processos e mais dinheiro para honrar os compromissos de campanha. Vanderval sempre foi discreto, portanto o declínio em seu patrimônio deve se dar por alguma doação de bens ou mesmo disponibilidade financeira para aquisição de outros, o que só entrará na declaração do renda do próximo ano.
Silvano Mecânico apresentou um crescimento de 200%, embora deva ter apenas regularizado sua situação, pois é vereador e acumula a direção do DIMIC há pelo menos 12 anos, recebendo dois vencimentos, portanto era inacreditável que não tivesse adquirido nenhum bem em todo esse período.
Já o caso que destoa dos demais é o do Juarez Rodovalho. Juarez está em seu terceiro mandato e na política há pelo menos 20 anos, é servidor público federal do Ministério da Agricultura, com um salário de mais de 5 mil reais e até hoje declara não possuir nenhum bem, o que é bastante improvável, já que transita com caminhonete zero km e mora em uma bela casa na Vila Margon (setor nobre da cidade). Esses bens não estão declarados, mas se estivessem é bem provável que o valor seria próximo do simbólico.
O caso de Juarez ilustra bem o que é essa exigência de declaração de bens para candidatos a cargos eletivos: uma peça de ficção sem graça só para curtir com cara do eleitor.
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