Em um gesto político para tentar minimizar os efeitos negativos da Operação Carne Fraca sobre a venda de carne brasileira, Michel Temer jantou neste domingo em uma churrascaria de Brasília acompanhado de ministros e embaixadores e representantes de 27 países.
Temer passou cerca de uma hora no local. No final, tirou foto com os
garçons que o serviram. Em rápida entrevista, disse que a mensagem que
queria passar com o jantar era de que não há motivos para causar
“terror” no exterior sobre a carne brasileira. Lembrou que 33 fiscais
sanitários estão envolvidos em irregularidades, de um total de quase 12
mil servidores do Ministério da Agricultura, e que dos cerca de 4.830
frigoríficos existentes no país, 21 são investigados e três foram
inabilitados.
A carne bovina que Temer comeu, porém, não era de origem brasileira, segundo funcionários do próprio restaurante ouvidos pela Agência Estado. Somente as carnes suínas e de frango servidas no local são nacionais. A carne bovina é importada da Argentina, Uruguai e Austrália.
“Então, não é para causar um terror que hoje está possivelmente se imaginando que possa causar em relação ao exterior”, afirmou.
Se a intenção era tranquilizar o consumidor o gesto foi um verdadeiro tiro no pé.
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