Nos 50 anos d’O Pasquim, completados em 2019, todas as edições do semanário poderão ser lidas na internet.
O Pasquim foi um semanário alternativo brasileiro, de característica paradoxal, editado entre 26 de junho de 1969 e 11 de novembro de 1991, reconhecido pelo diálogo entre o cenário da contracultura da década de 1960 e por seu papel de oposição ao regime militar.
De uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, que a princípio parecia exagerada, o semanário (que sempre se definia como um hebdomadário) atingiu a marca de mais de 200 mil em seu auge, em meados dos anos 1970, se tornando um dos maiores fenômenos do mercado editorial brasileiro.
A princípio uma publicação comportamental (falava sobre sexo, drogas, feminismo e divórcio, entre outros) O Pasquim foi se tornando mais politizado à medida que aumentava a repressão da ditadura, principalmente após a promulgação do repressivo ato AI-5. O Pasquim passou então a ser porta-voz da indignação social brasileira
A Biblioteca Nacional está prestes a terminar a digitalização dos 1.072 números do tabloide que atravessou a ditadura no deboche.
O acervo ficará em uma página que terá, ainda, uma coleção de memórias dos colaboradores do jornal.
O portal será lançado com uma exposição sobre o Pasquim, a ser montada no Rio de Janeiro e em São Paulo.
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