A Hora da Verdade se aproxima, ou seria a Hora do Espanto? |
Parece até título de filme de terror, mas não é não (poderá vir a ser). É que está se aproximando o dia 1º de janeiro, data da posse do prefeito, dos novos vereadores e também da eleição para a presidência da Câmara de vereadores de Catalão, onde dois candidatos contam como certos que serão o presidente: pela ala governista, Silvano Mecânico, do lado oposicionista, Deusmar Barbosa.
A vantagem está com Deusmar, que tem do seu lado 9 dos 17 vereadores, mas Silvano também é forte, pois o seu maior cabo eleitoral é o prefeito Jardel (e tem como carta todas as benesses que um aliado do prefeito poderia oferecer).
Seja quem for o eleito ficará um gosto amargo de traição na boca, maior se for do lado de Deusmar, é claro, mas não é de espantar que ocorra. Silvano não ser o presidente seria o resultado normal, mas poderia se evitar o constrangimento de montar uma chapa para a disputa sabendo-se que os votos estão definidos.
De toda forma, seja qual for o resultado, a questão não termina aqui. A atuação da Câmara em cada votação vai ser muito mais decisiva (e valer muito mais) do que o voto para a presidência, resta saber se os vereadores do lado do PMDB, se se mantiverem fieis agora, ainda terão peito para ser oposição ao prefeito ou se vão se dizer arrependidos e se comprometerem com a eleição de um presidente governista daqui a dois anos.
Em tempo: impressiona o quanto a política de Catalão não muda. Há vinte anos são os mesmos atores: PMDB contra PFL, depois PMDB contra PSDB, Adib contra Jardel... tanto Silvano quanto Deusmar já disputaram a presidência e foram presidentes, e ambos se desgastaram na função. O primeiro teve balancetes reprovados pelo TCM por causa de gastos excessivos em papel higiênico (50 mil reais) e o segundo já foi presidente por três vezes e está na mira do Ministério Público, por conta de irregularidades na contratação de mão-de-obra, e mesmo assim não surge um nome novo para se oferecer para o embate. Pelo jeito o "troca e renova" da eleição é só para o Executivo mesmo, já que os vereadores se mantêm e os novos entram no jogo rapidinho e garantem a submissão do Legislativo.
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