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Pensamentos aleatórios

28 de fevereiro de 2013

O ocaso do padre cumelão


É trágico, mas chega a ser cômico: bem no momento em que o mundo todo está discutindo a suposta crise na Igreja Católica, provável motivo da renúncia do Papa, surge na mídia nacional o caso do padre Emilson Soares Corrêa, afastado da Igreja Católica por estupro de vulnerável de duas irmãs em Niterói/RJ. Uma delas teria 7 anos quando o caso ocorreu, há três anos. A outra irmã, atualmente com 19 anos, disse ter feito sexo oral com o padre quando tinha 13 anos. A jovem de 19 anos confessou à família que mantinha relações com o padre e, após a confissão, foi orientada pelo pai (um exemplo de homem) a gravar um vídeo do encontro com o religioso. A menina então, teria chamado uma amiga de 15 anos, que topou gravar o vídeo. É esta menina que aparece nas imagens em relações sexuais com o padre.

Para dizer a verdade, fiquei foi com dó do padre, sério. O coitado é um negão, de 56 anos, já com alguns cabelos brancos, aparentemente muito humilde, que vivia tranquilamente sua vidinha de orgia com as moçoilas da Igreja, sem fazer mal algum à sociedade, até cair como um patinho na armadilha feita pelo pai das meninas, que deveria ter procurado a polícia assim que soube do caso, mas preferiu ganhar um dinheiro fácil chantageando o pobre religioso. Acuado, o padre se viu obrigado a expor sua libidinagem para escapar da extorsão e das ameaças que vinha sofrendo.

O duro é que o assunto é polêmico, revolta, o povo fica com raiva do religioso por trair seus votos e a Santa Igreja, mas a verdade é que não vai dar em nada, pois a pedofilia (o crime de verdade, pois transar com menina de 15 não é) não foi filmada e não pode ser provada apenas pelo testemunho da novinha, ainda mais depois que foi caracterizada a tentativa de extorsão. "Ele é juridicamente inocente, não cometeu crime algum. A criança foi manipulada pelo pai. Ele assume a responsabilidade de seu ato com a maior, tanto que tomou a iniciativa de ir ao Ministério Público. Ele foi afastado de suas funções e vai responder por isso perante a Igreja. A Bíblia mesmo diz que a carne é fraca. Ele cometeu um erro e se responsabiliza por isso, mas não cometeu crime algum. Sua postura vai ser julgada pela Igreja. O crime de estupro de vulnerável não tem qualquer fundamento", disse o advogado do padre, destacando que o religioso é uma pessoa simples e que está muito abalado (também pudera, vai ter que prestar contas à Justiça Divina).

Pobre padre cumelão, afastado do sacerdócio e de suas moçoilas e exposto ao mundo. Com certeza será apontado como um dos motivos da renuncia de Bento XVI, vai virar chacota na internet e motivação de protestos de católicos indignados, mas isso só aconteceu porque ele está no Rio de Janeiro, onde o povo esperto vê formas de ganhar dinheiro até na desgraça dos filhos, se estivesse aqui em Catalão, onde o rebanho é pacato e respeita a privacidade dos sacerdotes, isso não teria acontecido. Quem sabe até fosse um novo padre Fernando, que foi embora e deixou uma saudosa legião de fieis (e alguns filhos, dizem por aí) ávidas pelo seu retorno e por sua firme (sem Viagra) palavra de fé.


Vídeo do padre cumelão na orgia com as duas moças, na Casa Paroquial Nossa Senhora do Amparo.

Charge do dia

Mesmo sob suspeita de fraude a UEG vai continuar responsável pelos concursos do Governo do Estado... bom para os vendedores ambulantes que ficam próximos dos locais das provas.





Para bom entendedor...

Português correto é tudo em uma propaganda... ou não!


Bailhe 02.03, Club Munisipal de Ouvidor. Banda Animasao Total

23 de fevereiro de 2013

Nobres edis


Nesse momento de intenso debates nas sessões em nossa Câmara Municipal me vi tentado a publicar um singelo poema sobre a nobre função de ser vereador. Logo depois, uma seleção de charges sobre esses importantes agentes públicos...

Concurso para Vereador

Eleição é a era de muitos milagres

Politiqueiros cegos recuperam a visão

De estágios de mortos saem pra ressurreição

Emudecidos outrora fazem alardes

Nos mandatos foram senis e covardes

Mas agora prestam muita atenção

Tapinha nas costas aperto de mão

Recuperou audição que estava surda

Abordam a gente pedindo ajuda

Pleiteando um “Carguinho” de meio milhão;

Quatro dias no mês é a sua jornada

Quarenta e oito no ano é a produção

O momento do trabalho é chamado sessão

Pra pedir que lâmpada seja trocada

Que tampa de esgoto seja colocada

Ou cobrar do prefeito à sua execução

Os edis tem dois lados que terminam com ão

Terça feira é dia de divertimento

E o brinquedo usado é requerimento

Instrumento usado pra recreação;

A joia oferecida é chamada Moção

Quem faz se acha, achando que arrasa

Esse é o cardápio, o menu da casa

Pra autoridades, pessoas de reputação

O artista que doa, acha grande a ação

Mas enfim é um fato visível concreto

Pois sabe o doador que não existe veto

E ninguém que se oponha dizendo não

Êpa errei já houve reprovação

Pra alguém que era puro desafeto!



Charges:










22 de fevereiro de 2013

O brasileiro adora corrupto


Encurralado por denúncias cabeludas que envolviam segredos de alcova, notas fiscais requentadas no leque das tramoias e múltiplos atos de corrupção escancarada, o Senador Renan Calheiros utilizou as chaminés da pouca vergonha e saiu do cargo com a fuligem dos que desonram a função pública. Mal o assunto ficou morno nos veículos de comunicação e o homem retorna ao mesmo ofício. Aprovado pelos cupinchas de sempre e com aval dos deuses do planalto, o depravado será o representante máximo do legislativo brasileiro. 

O adágio popular afirma que cada povo tem o representante que merece. É verdade. Na prática, o brasileiro adora corrupto. Notem que os símbolos máximos da bandalheira se perpetuam no poder com absoluta tranquilidade. Eles se deliciam com a flexível alma do eleitor que logo esquece suas bandalheiras e os reconduzem ao cargo, se possível tirando proveito de mesquinhos interesses umbilicais. 

Essa orgia, esse nojo que joga para escanteios valores fundamentais, não é uma prerrogativa apenas do segmento político. É uma espécie de lodoso esporte nacional. Nos sindicatos impera um grupelho de falsários que enriquece e se lambuza com o dinheiro dos participantes. Nas entidades de classe perpetuam facções que se eternizam nas generosas ceias do venha a nós. 

Até nos condomínios se agarram síndicos de moral duvidosa e poucos são os segmentos de representação coletiva que não são controlados pela turma da bandalheira. É um fenômeno a ser estudado. Não se trata de falta de informação. É uma extraordinária condescendência com a podridão. 

É algo tão profundo que se alastra em todas as camadas sem exceção. Em muitas nações, que enfrentam equações semelhantes, existem trincheiras capazes de reagir catalisando o clamor pela ética. Uma delas é a classe estudantil que teoricamente não teria o rabo preso com os gatunos do poder. Só que a União Nacional dos Estudantes (UNE) versão tupiniquim, se besuntou com verbas públicas e mia como um gatinho dengoso frente às malandrices patenteadas nos calabouços do poder. 

Os poucos que se erguem cobrando dignidade e coerências se agitam como isolados Don Quixotes a pugnar moinhos de vento. Somos o País em que a caravana ladra e os cães passam. E tudo por decisão da própria sociedade. Que não só adora corrupto como se deleita em participar dela. Gostemos ou não, é uma realidade.


Rosenwal Ferreira: Jornalista e Publicitário 

Twitter: @rosenwalF 
facebook/jornalistarosenwal

Nota de Repúdio do Curso de Educação Física da UFG

Momento dos Estudantes, Professores de Educação Física e de todas as licenciaturas se juntar e não aceitar o absurdo que está ocorrendo em nosso Município. Leiam atentamente a Carta de Repudio.



21 de fevereiro de 2013

O sonho de Jardel


"Eu Tenho um Sonho" (em inglês: I Have a Dream) é o nome popular dado ao histórico discurso público feito pelo ativista político estadunidense Martin Luther King, no qual falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro.

"Meu sonho é a reeleição de Marconi", declaração do prefeito de Catalão, Jardel Sebba, hoje no Diário da Manhã, sobre a maior meta de seu mandato a frente da Prefeitura de Catalão.

Matéria no Diário da Manhã, de hoje, 21 de fevereiro

Sem querer fazer comparação entre os personagens e o contexto histórico das declarações, mas tendo o DM destacado no título a frase mais marcante da matéria sobre a visita de Jardel ao jornal, e esta conter a palavra sonho, não deu para resistir em fazer esse paralelo e destacar a diferença entre o sonho de um político e o sonho de um histórico ativista dos direitos humanos. 

Este, no entanto, não é o mote desta postagem. Quero aqui apenas destacar minhas impressões sobre a visita de Jardel ao DM (talvez para aparar as arestas e saber o porquê de tantas notinhas negativas nos últimos dias), sendo que, a partir do sugestivo título da matéria, é possível imaginar para onde caminhará a gestão da Prefeitura nos próximos dois anos. Destaquei em vermelho os trechos que me chamaram mais a atenção, esmiuçados a seguir:

1º - Destaque, é claro, para o "Recupera Catalão", que, segundo o prefeito, recuperou a imagem e a auto-estima da cidade e em apenas em 14 dias (até o Rodrigão foi mais humilde, disse que foi em 30 dias). O estranho é que o programa "recuperou" apenas os canteiros das avenidas e principais ruas de cada bairro, assim como o asfalto, mas isso é culpa da chuva, é claro; 

2º - Ressaltou que o momento é de olhar para frente, mas aparentemente esqueceu de passar essa orientação para seus Secretários e Assessoria de Imprensa, já que todos os comunicados da prefeitura mencionam negativamente as gestões anteriores (sempre como justificativa para não se conseguir realizar alguma coisa);

3º - Salientou o carinho que o Governador tem por Catalão e que será realizado uma ótima parceria daqui para frente (embora tenhamos um aeroporto que não recebe voos, um distrito industrial sucateado e sem espaço, escolas estaduais caindo aos pedaços, ginásio internacional sem condições de uso, apagões pontuais da CELG e outras parcerias que não demonstram esse amor por nossa cidade);

4º - Disse que o transporte coletivo é uma vergonha (concordo demais) e que será feita uma licitação para tirar a Transduarte. Mas porque não fez um contrato emergencial para o coletivo, como no caso da coleta de lixo e do funcionamento do restaurante popular? Será por algum impedimento legal ou o transporte público não é prioridade? Ou talvez seja mais fácil contratar sem licitação fornecimento de comida e limpeza urbana...;

5º - Criticou a SAE, dizendo que não poderia ter tirado a concessão de água e esgoto da Saneago e terceirizar para uma empresa privada. Seria um sinal que a água pode voltar para a Saneago?; 

6º - Questionado sobre sua opinião a respeito do Carlinhos Cachoeira, disse que não poderia fazer nenhum julgamento sobre sua culpa ou não, mas que era inegável sua influência no Governo (?), no entanto não dá para dizer se era para o bem ou para o mal (mandar na PM, no DETRAN e no Gabinete do Governador deve ser só para fazer o bem, com certeza);

7º - Finalmente, disse que onde há corrupção não existe desenvolvimento e citou a herança recebida do PMDB como exemplo (esqueceu de mencionar que também é amigo do Cláudio Abreu, como citado pelo próprio DM, dia 16 de fevereiro);

8º - Estranhamente ninguém no jornal perguntou nada sobre o CRAC, ou sobre as relações da Corpus Saneamento e Obras com a Delta, ou mesmo sobre o suposto encontro de Jardel com Cláudio Abreu, divulgadas pelo DM em edições anteriores.

Publicado na coluna Fio Direto, do Diário da Manhã, em 09 de fevereiro de 2013

Publicado na coluna Fio Direto, do Diário da Manhã, em 16 de fevereiro de 2013

O que me entristeceu nessa entrevista foi constatar que a gestão de Jardel, ao menos nos dois primeiros anos, não vai ser a mudança tão prometida e pedida pela população de Catalão, já que o propósito será trabalhar para a reeleição do Governador Marconi Perillo. Os próximos dois anos serão de detonação das gestões passadas, de falar mal dos adversários, de propagandear a "boa" parceria com o Governo do Estado, da Prefeitura assumindo as obrigações do Governo com as reformas das escolas, do DIMIC e do ginásio internacional, tudo em nome da PARCERIA e apenas para construir a imagem do "bom parceiro" de Catalão, uma lástima!

Catalão mais uma vez vai perder o bonde da História e deixar de dar um salto. Seria o momento para eleger um deputado federal comprometido com a região sudeste e não os Armandos Vergilios ou Thiagos Peixotos de sempre, que levam os votos e não voltam, mas se até o prefeito tem como projeto principal fazer da cidade um palanque para garantir a eleição de aliados que só querem o "venham a nós" as perspectivas para os catalanos não podem ser boas.

O apagão do marconismo 3.0



Texto originalmente publicado no Diário da Manhã:

O apagão do marconismo 3.0*

Pouca gente aqui na capital sabe, ou não se deu conta, mas faltou luz em Pirenópolis na noite do Natal. Hotéis, pousadas, restaurantes ficaram no prejuízo. As quedas de energia têm sido constantes no município que é um dos cartões-postais do turismo em Goiás. 

Mas não é só na velha Meia-Ponte que a energia está ruim. Aqui na capital também são comuns apagões nos mais variados bairros, inclusive no que mora este missivista. Também faltou luz em Minaçu durante 30 horas, e toneladas de alimentos tiveram que ser recolhidos dos estabelecimentos comerciais por fiscais da Vigilância Sanitária para serem descartados no aterro sanitário. 

Faltou operação tapa-buracos na GO-241, e lá foram prefeitos e servidores públicos de Campinaçu, Formoso e Minaçu, enxadas e pás nas mãos, tentar recuperar os 130 km da rodovia que corta seus municípios, num trabalho que deveria ser dever da Agetop (Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas). 

Está tudo registrado e documentado pelo jornal Diário do Norte. O apagão na matéria ”Toneladas de alimentos perdidos devido a apagão”, enquanto os buracos são retratados na reportagem “Prefeitos se unem para recuperar rodovia”

O apagão toma conta do Estado, no substantivo e do Estado, ente político, que nesta quadra está representado no governo de Marconi Perillo (PSDB). É o apagar do modo de governar que está completando 16 anos e não consegue dar conta das demandas. 

As escolas estão caindo aos pedaços. A saúde, terceirizada (ou privatizada) é alvo de constantes críticas dos usuários. São os buracos nas estradas. É o excesso de promessa numa escassez de realizações. 

O marconismo 3.0 perde energia na Assembléia Legislativa, onde quatro deputados estaduais fazem opção pela oposição, como o Major Araújo (PRB), Ney Nogueira (PP), Simeyson Silveira (PSC) e Isaura Lemos (PDT). 

Aquilo que se chamou “tempo novo” vai se apagando também entre os aliados. Ronaldo Caiado (DEM) verbaliza vôo próprio e alinhava criação de uma terceira via com a oposição. Suas tratativas se dão com o ex-prefeito Vanderlan Vieira (que disputou com Marconi em 2010) e Jorcelino Braga (PRP), ex-secretário de Fazenda no governo de Alcides Rodrigues (2007-2010). 

Não bastassem os buracos nas estradas e o abismo das promessas não cumpridas , o marconismo 3.0 se afunda em processos contra jornalistas , ameaças contra jornais não-alinhados, chegando ao desespero de lançar veículos chapa-branca na internet. 

Quando vão mal, governos mudam. Quando vão bem, continuam. 

Um Papa que não era contemporâneo de seu tempo teve a dignidade de renunciar ao Trono de São Pedro. Foi um gesto grande o de Bento XVI, mostrando que Ratzinger soube honrar o cargo de Bispo de Roma, que demanda hoje de um novo João XXIII e não da reencarnação de Pio XI. 

O povo não é contra continuísmo. Pelo contrário, quando os governos vão bem, seus mandatários são reeleitos, como o foi, recentemente, Rafael Correa no Equador. Os equatorianos, afinal, têm do que se orgulhar: 4,1% de desemprego, redução de 27% na taxa de pobreza, e uma dívida pública de apenas 25% do PIB. O mesmo pode ser dito dos governos de Lula e Dilma. Quem roda por Goiás que o diga, pois é clara a preferência dos motoristas pelas rodovias federais duplicadas e recuperadas nestes dez anos de governos petistas. 

Restam 22 meses de governo, que na verdade diluem-se em 16, considerando o calendário eleitoral, podendo reduzir para apenas 12, conforme o ciclo das chuvas, pois é correto dizer que a natureza também tem seus caprichos para com obras e governos. 

É pouco tempo para acertar, menor ainda para concertar erros. 

Bento XVI teve a luz Divina para não deixar a Igreja ir para o buraco. Podem faltar luz e sobrarem trevas no caminho final do marconismo.

*Por Marcus Vinicius - disponível em http://www.marcusvinicius.blog.br/blog/



20 de fevereiro de 2013

O aeroporto, a chuva e a AGETOP


Hoje (20/02) foi exibida mais uma reportagem na TV Anhanguera sobre as obras paradas no aeroporto de Catalão. As mesmas imagens de pilhas de tijolos, fios de eletricidade expostos, ausência de móveis, sujeira, mato e a pista de decolagem vazia foram novamente mostradas na tv, da mesma forma que foram exibidas nas outras reportagens sobre o tema em dezembro, outubro e janeiro do ano passado. Dessa vez houve um diferencial: a presença do responsável pelo aeroporto, o folclórico Barulhada, o rapaz do "pertim pertim de Uberlândia", que esclareceu ao telespectador que as obras no aeroporto não estão paradas, muito pelo contrário. 

Além das obras estarem 95% concluídas o que falta é só acabamento, basta encaixar algumas tomadas, colocar uns poucos vidros e o aeroporto estará pronto para receber os voos prometidos pelo prefeito Jardel Sebba, no dia 29 de janeiro deste ano. A única coisa que TALVEZ atrapalhe a previsão de Barulhada e de nosso prefeito sejam as chuvas, já que a AGETOP, responsável pela obra (Barulhada é só o responsável pelo aeroporto sem voos), disse que as obras serão retomadas assim que passar o período chuvoso, o que acaba sendo preocupante, pois esta foi a mesma justificativa dada pela AGETOP há quatro anos atrás para a primeira paralisação das obras... será que não parou de chover desde então?

A reportagem de hoje foi feita devido ao compromisso assumido pela AGETOP do término das obras no final do ano passado, o que, é claro, não aconteceu. E não se trata apenas de descaso com Catalão (o que poderia ser resolvido agora com o poder da PARCERIA), o problema é geral e muito maior do que qualquer um de nós imagina. A AGETOP tem hoje cerca de 160 obras paradas pelo estado afora e a justificativa é sempre a mesma, "as obras serão retomadas assim que terminar o período chuvoso", mas quando não tem chuva aí é a licitação que dá problema, que coisa!

O fato é que a AGETOP não tem condições de investimento. Inicia as obras, dá uma disfarçada nos defeitos aparentes e depois pára (já garantiu o factoide), aí é só enrolar até o próximo pleito eleitoral, jogar propaganda na mídia, fazer a mesma promessa para a população e depois colocar a culpa na chuva, eis a fórmula AGETOP de fazer obras. E essa é a PARCERIA oferecida pelo falido Governo Estadual: obras paradas, desculpas esfarrapadas e Barulhada operando voos regulares. Estamos realmente "pertim pertim" de ver nosso aeroporto funcionando... é só esperar a chuva passar.

Cinco fatos sobre a Rede Globo



1 - A Rede Globo é a 2º maior emissora de TV do mundo, ficando na frente da poderosa CNN que ocupa o 6º lugar, da Televisa que ocupa a 5ª posição, da NBC e CBS que ocupam 4ª e 5ª posição respectivamente, ficando atrás apenas da ABC que ocupa o primeiro lugar. Mais no Âmbito nacional ela é a 1ª do pais.

2 - José Bonifácio de Oliveira, ou simplesmente Boni, admitiu recentemente (em 2011) que a Globo apoiou Collor em 1989 durante as eleições para as presidência república. Ele conta em uma entrevista que, por exemplo, armou pastas com denúncias contra o adversário de Collor, o Lula, para apresentar em um debate na Tv. O problema é que segundo ele, as pastas estavam com folhas em branco. Boni nessa época era a segunda pessoa mais importante da Rede Globo, atrás apenas de Roberto Marinho


3 - O próprio Boni admitiu também que não gosta do BBB, um dos maiores sucessos da emissora, pois desconfia que o reality é armado. Uma contrapartida para ele é que o diretor do programa é o seu filho, Boninho


4 - Para vocês terem ideia do sucesso que é o Big Brother Brasil, o reality arrecada de dinheiro em 3 meses de programa, o que cada uma das emissoras concorrentes a Globo, arrecada em um ano


5 - Roberto Marinho, fundador da Globo, impediu que um documentário com acusações a emissora fosse reproduzido no Brasil. O documentário se chama “Muito além do cidadão Kane” produzido pela BBC e conta com participação de pessoas importantes do Brasil, como Chico Buarque e Leonel Brizola (vídeo completo abaixo, muito interessante).


19 de fevereiro de 2013

A briga na blogosfera catalana





Estava eu zapeando pelos blogs catalanos neste final de semana quando me me deparei com uma inusitada postagem no Blog do Badiinho (Os invejosos e maldosos não precisa ninguém destruir eles são auto-destrutíveis...), na qual ele ele ataca ferrenhamente outro blogueiro catalano. Ele não mencionou o nome do sujeito, mas pela indicações (é blogueiro, da irmandade do Rosário, apoiou para vereador o Deusmar...) só pode se tratar do Luiz Claudio, do Blog da Verdade. 


Fiquei curioso, pois até então achava que os dois fossem amigos (tem até postagem de um para o outro no "Abraço do Dia" de cada um dos blogs). Aí fui checar se havia algo no Blog da Verdade para esclarecer o porquê da raiva do Badiinho e vi uma série de postagens falando de credibilidade de blogs, da confiabilidade que os contadores de visitas e usuários online precisam ter, da independência e autonomia para a escrita das "matérias" e, de uma forma geral, falou bem dos demais blogs de notícias da cidade. Não mencionou o Blog do Badiinho, mas tudo indicava que a alfinetada era endereçada a ele, pois até recentemente o Blog do Badiinho também tinha um contador de visitas em sua página, sempre registrando grandes números diga-se, fato que ele volta e meia destacava. Além dessa postagem havia outra falando sobre alguém que estaria vestindo a carapuça, ou seja, estaria assumindo a culpa, o erro, apontado pelo blogueiro Luiz Claudio.



E porquê estou abordando esse assunto? Só para ressaltar a importância que os blogs adquiriram em Catalão de uns tempos para cá, ao ponto de provocar briga entre amigos. 

Até pouco tempo as rádios eram o espaço em Catalão onde se davam os grandes debates, também eram elas os principais canais de reclamação da população, mas à medida que a cidade foi crescendo a população foi se afastando do noticiário das rádios (culpa também da TV Pirapitinga - melhor ver a notícia do que só ouvir) e ao mesmo tempo cresceu a facilidade de acesso a internet, seja via computador ou por meio de celulares e smartphones  tornando muito mais fácil o acesso ao conteúdo online, por isso os blogs de notícias estão tomando o lugar das rádios como meio de obter informação (se o Blog da Verdade tivesse uma Nota de Falecimento, seria perfeito), pois acrescentam imagem e som à voz da população, além de ter em texto (ou vídeo, no caso do Mamede) a opinião (mesmo que rasa na maioria dos casos) de quem traz a notícia.

Mas com grandes poderes também vêm grandes responsabilidades, e ciúmes. Tal qual as rádios Cultura e Liberdade brigavam antigamente para saber quem tinha o melhor programa sobre esportes, a maioria dos blogs briga atualmente por audiência, para ver quem será o primeiro a dar a notícia e por quem tem mais credibilidade junto ao internauta, daí as alfinetadas até na vida pessoal dos blogueiros. E a briga na blogosfera catalana não pára nesses dois, o Diante do Fato e o Blog do Mamede frequentemente trocam farpas (blogueiro analfa e blogueiro Mãe Diná, respectivamente, são os carinhosos apelidos usados por cada um  para se referirem um ao outro), só que no caso desses ultimos a briga é pessoal (e/ou política), tendo inclusive sido levada à Justiça recentemente e culminando com a condenação do Diante do Fato por difamação. 



Pessoalmente me divirto com essas brigas e fico no aguardo dos próximos lances, mas acredito que os blogueiros não deveriam levar tão a sério essas disputas (exceto o Mamede que já foi até vitima de hackers e teve que recorrer à Justiça), pois blogs não disputam audiência entre si (embora disputem anunciantes). 

É fato: a maioria das pessoas que acessa um blog é porque gosta dele ou do blogueiro e não muda de blog só porque outro lança a notícia primeiro. A audiência normalmente é cativa da temática do blog (mesmo os de notícias tem algum diferencial) e quem quiser saber da gestão do Jardel Sebba, por exemplo, não vai acessar o Amigos de Catalão, pois este fala só do PMDB. Da mesma forma o Blog da Verdade não disputa audiência com o Blog do Mamede (só para ficar nos dois maiores), pois o enfoque de cada um é diferente: ninguém acessa o Blog do Mamede para saber quem morreu e, da mesma forma, ninguém entra no Blog da Verdade para saber a opinião política do Luiz Claudio.

Independente das brigas o bom mesmo é ter uma lista de blogs para ler todo dia, pois atualmente são boas fontes de informação (a credibilidade de cada um quem avalia é o internauta). Eu tenho minha lista diária, e você?

Gifs bobos

Navegando pela web a gente encontra de tudo, abaixo alguns GIFs que fazem rir (ao menos eu ri, ora):

Japonês engraçadinho
Dominó misterioso

Preparado

Gato manhoso

Gordinho Jedi

Te amo papai
 
Woody?!

Não pode dirigir pelo acostamento, burro!

Armadilha no Jipe

18 de fevereiro de 2013

Um desabafo sobre o transporte coletivo



Eu não votei no Jardel Sebba para prefeito em 2012. E não foi por ter qualquer coisa contra ele, muito pelo contrário. Jardel foi o meu voto em três das ultimas quatro eleições (prefeito em 2008 e deputado estadual em 2010 e 2006 - só não votei nele para deputado quando o outro candidato da região foi o Fernando Netto, em 2002). Em 2008 entendia que era o momento de haver a alternância de poder em Catalão e pessoalmente eu o achava mais preparado para ser prefeito que Velomar naquela época. Já em 2012, além de estar me candidatando a vereador na coligação do PMDB, entendia que no momento atual Catalão precisava ter um prefeito da base aliada do Governo Federal, pois uma disputada eleição presidencial vem aí e os recursos federais (os que importam de verdade) com certeza virão para os aliados, ou alguém é ingênuo de acreditar que o PT vai enviar verbas gordas para prefeitos do PSDB?! Portanto, mesmo com todo o desgaste de 12 anos do PMDB em Catalão, e dos benefícios imediatos que a alternância de poder sempre apresenta, era melhor ter um aliado da Dilma na prefeitura do que um do Marconi, desgastado por conta da quebradeira do Governo Estadual e da relação suspeita com o Cachoeira. Pois bem, escrevi tudo isso só para dizer que hoje, mesmo com todos os contras anteriores, tem um motivo pelo qual eu gostaria de ter votado no Jardel para prefeito em 2012, uma única promessa de campanha, a de tirar da Transduarte o transporte coletivo da cidade.

Não é brincadeira, nem loucura, muito menos mudança de lado, mas quando lembro do descaso com o transporte coletivo me arrependo de não ter votado no Jardel, de verdade! Gostaria de ter votado só para poder dizer que contribuí de alguma forma para saída da Transduarte. E isso não é raiva da empresa, nem de seus funcionários, diretores ou donos, nada disso. Simplesmente não dá mais para suportar o que a Transduarte representa: o completo descaso com o transporte coletivo em Catalão.

Um sistema de transporte coletivo de qualidade é um dos meios mais eficazes de conseguir melhoras no trânsito. Se o coletivo é bom, mais pessoas deixam seus veículos na garagem, desafogando o tráfego. Fica mais barato se deslocar de coletivo e é mais seguro. Mas se o transporte é ruim a tendencia é todo mundo que tiver condição adquirir um carro ou moto, simplesmente para não depender mais do coletivo e é isso que a Transduarte provoca: raiva do transporte público e vontade de comprar um carro. Escrevo isso com experiência própria de quem está usando o coletivo e sofre com os horários dos ônibus e vê diariamente o tratamento raivoso de alguns funcionários do terminal, principalmente com os estudantes, maiores usuários do transporte coletivo. Alguns parecem nutrir ódio da pessoa que estuda, tamanha a animosidade com que tratam estudantes, especialmente os universitários. 

É verdade que a Transduarte não é culpada sozinha pelo descaso com o coletivo. Transporte público é historicamente ignorado no Brasil todo e em Catalão é pior, pois culturalmente é algo associado à pobreza (só pobre anda de coletivo) e por isso é desprezado pela maioria. Mas nas cidades onde o coletivo funciona o trânsito e a própria vida cotidiana melhora, pois além de diminuir a poluição o coletivo se torna um espaço de comunicação e socialização. Ao longo do trajeto pode-se encontrar amigos, fazer novos, conversar e discutir todo tipo de questões, desde os jogos CRAC até eventos políticos e culturais na cidade (quando existirem) e dá para aproveitar o tempo para pequenas tarefas como a preparação de uma lista de compras, a leitura de uma revista, palavras cruzadas, jogos eletrônicos e outras  pequenas atividades, desde que o usuário não fique estressado com a demora. 

E em Catalão o serviço prestado não é de todo ruim, o preço da passagem não é caro, os ônibus em sua maioria são bem conservados e limpos, a maioria dos cobradores e motoristas são capacitados, mas quando chega no quesito tempo a coisa fica feia. Para me deslocar de casa (moro no Estrela) até a UFG levo em média sete minutos de carro, de coletivo gasto uma hora e vinte minutos, sendo que cerca de meia hora é parado no terminal esperando todos os ônibus chegarem, um absurdo! Como é que alguém vai deixar seu carro na garagem e perder tanto tempo assim? Até quem quer dar sua contribuição para melhorar o trânsito vai mudar de ideia. E a única solução parece ser mesmo a saída da empresa, já que a omissão do PROCON, da Prefeitura e do Ministério Público em fiscalizar essa importante concessão pública e cobrar melhorias aparentemente não ia ter fim.

De qualquer forma é lamentável que tenha que haver uma mudança política na cidade para o Poder Público se dar ao trabalho de olhar pelo transporte coletivo, mas se esse foi o caminho então resta-nos dar tchau tchau para a Transduarte e cobrar o cumprimento da promessa e torcer para não ficar apenas no campo eleitoral ou se tornar mais um factoide, um "Recupera Catalão" do coletivo, com muito barulho e pífios resultados práticos.

14 de fevereiro de 2013

Depois do Carnaval II

Depois do belo texto de Cecília Meireles, segue uma seleção de charges sobre o momento pós-carnaval:












Depois do Carnaval*


Terminado o Carnaval, eis que nos encontramos com os seus melancólicos despojos: pelas ruas desertas, os pavilhões, arquibancadas e passarelas são uns tristes esqueletos de madeira; oscilam no ar farrapos de ornamentos sem sentido, magros, amarelos e encarnados, batidos pelo vento, enrodilhados em suas cordas; torres coloridas, como desmesurados brinquedos, sustentam-se de pé, intrusas, anômalas, entre as árvores e os postes. Acabou-se o artifício, desmanchou-se a mágica, volta-se à realidade.

À chamada realidade. Pois, por detrás disto que aparentamos ser, leva cada um de nós a preocupação de um desejo oculto, de uma vocação ou de um capricho que apenas o Carnaval permite que se manifestem com toda a sua força, por um ano inteiro contida.
Somos um povo muito variado e mesmo contraditório: o que para alguns parecerá defeito é, para outros, encanto. Quem diria que tantas pessoas bem comportadas, e aparentemente elegantes e finas, alimentam, durante trezentos dias do ano, o modesto sonho de serem ursos, macacos, onças, gatos e outros bichos? Quem diria que há tantas vocações para índios e escravas gregas, neste país de letrados e de liberdade?

Por outro lado, neste chamado país subdesenvolvido, quem poderia imaginar que há tantos reis e imperadores, princesas das Mil e Uma Noites, soberanos fantásticos, banhados em esplendores que, se não são propriamente das minas de Golconda, resultam, afinal, mais caros: pois se as gemas verdadeiras têm valor por toda a vida, estas, de preço não desprezível, se destinam a durar somente algumas horas.
Neste país tão avançado e liberal — segundo dizem — há milhares de corações imperiais, milhares de sonhos profundamente comprimidos mas que explodem, no Carnaval, com suas anquinhas e casacas, cartolas e coroas, mantos roçagantes (espanejemos o adjetivo), cetros, luvas e outros acessórios.

Aliás, em matéria de reinados, vamos do Rei do Chumbo ao da Voz, passando pelo dos Cabritos e dos Parafusos: como se pode ver no catálogo telefônico. Temos impérios vários, príncipes, imperatrizes, princesas, em etiquetas de roupa e em rótulos de bebidas. É o nosso sonho de grandeza, a nossa compensação, a valorização que damos aos nossos próprios méritos...

Mas, agora que o Carnaval passou, que vamos fazer de tantos quilos de miçangas, de tantos olhos faraônicos, de tantas coroas superpostas, de tantas plumas, leques, sombrinhas...?
"Ved de quán poco valor
Son las cosas tras que andamos 
Y corremos..." 
dizia Jorge Manrique. E no século XV! E falando de coisas de verdade! Mas os homens gostam da ilusão. E já vão preparar o próximo Carnaval...


*Cecília Meireles: Texto extraído do livro "Quatro Vozes", Editora Record - Rio de Janeiro, 1998, pág. 93.