“Esqueçam o que escrevi”, teria dito o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso antes de chegar à Presidência da República em 1994. Mais tarde o tucano negou que dissera a frase.
Vinte anos depois, a presidente Dilma Rousseff segue a mesma pegada ao imitar o tucano: “esqueçam o que falei”. Talvez no futuro também venha negar a frase.
Na campanha eleitoral de 2010, Dilma foi à tv (vídeo abaixo) prometer que não privatizaria o pré-sal da Petrobrás. Mais: disse que seria um crime vender as riquezas naturais brasileiras.
Pois bem, Dilma resolveu repetir a máxima tucana e esquecer o que falou no passado e ontem (21/10) privatizou o pré-sal e o entregou à Shell e Total (americanas), CNOOC e CNPC (chinesas) e Petrobrás (majoritária, com 40% - em tempo: como pode ser majoritária se 60% é de propriedade de estrangeiros?). Logo após o leilão, e da repercussão negativa da maneira como ocorreu (sob forte e ostensivo aparato do Exército, Marinha, Força Nacional de Segurança e da PM do Rio de Janeiro) a presidente foi à tv (vídeo abaixo), em cadeia nacional, dizer que não se tratou de privatização do pré-sal, mas sim de concessão.
E para aqueles que acham que palavra de político vai e volta mais do que azeitona em boca de banguela, que o pedido de desculpas do Leonardo Bueno ao Governador Marconi e esse episódio da Dilma eram o cúmulo da falta de convicções da classe política, compartilho abaixo um cartaz da campanha de Lula em 1994, que visto hoje comprova que, em política, firmeza de palavra é algo bem relativo...
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