Do blog da Juliana Duailibi:
Eleitor precisava de tira-teima para assistir ao debate
O debate da noite de ontem na Band, o primeiro do segundo turno, deveria ser apresentado com uma espécie de tira-teima em tempo real para o eleitor. Foram tantas as declarações do tipo “o candidato falta com a verdade” ou “é mentira da candidata”, que ficou difícil para o eleitor depurar o que era fato em meio ao mar de acusações.
A candidata do PT, Dilma Rousseff, pontuou ao imprimir sua agenda e trazer o candidato do PSDB, Aécio Neves, para a sua pauta, o que foi ruim para o tucano. Estratégia parecida já foi usada pelos petistas em outras ocasiões e se mostraram nefastas para o candidato da oposição, vide a eleição de 2006 e a discussão sobre privatizações.
O PT fez a lição de casa e levou informações novas para tentar desestabilizar Aécio, entre as quais a acusação de que ele cometeu nepotismo durante sua gestão em Minas. Também explorou a administração do tucano no Estado, o que fez com que Aécio passasse parte do tempo rebatendo as acusações da petista. Dilma, como de costume, muitas vezes foi confusa e não conseguiu expor com clareza perguntas ou argumentos. Ainda assim conseguiu demonstrar tranquilidade.
Aécio explorou as denúncias de corrupção, principalmente da Petrobras. O foco principal, porém, foi a tentativa de trazer o embate para a discussão econômica, mostrando dados ruins do governo Dilma. Mas ficou na defensiva quando confrontado com a gestão FHC e com os indicadores de Arminio Fraga enquanto presidente do Banco Central.
No geral, o tucano mostrou mais do mesmo, sem trazer nenhuma informação nova ao debate que desestabilizasse a candidata. Só que desta vez exagerou um pouco na ironia, passando ao eleitor uma certa arrogância que pode ser perigosa – de novo, o debate de 2006 entre Geraldo Alckmin e Lula mostrou que o público tende a ficar solidário com quem “apanha”.
O embate entre os dois candidatos foi bom. Ajudou a expor um pouco os estilos e pôs mais lenha na fogueira numa eleição excessivamente polarizada. Num confronto tão direto, não tem como o candidato não ficar à mercê dele mesmo, por mais bem treinado que esteja. Por outro lado, de nada serviu para o eleitor entender o que seria o governo de cada um na Presidência. Com tantas trocas de acusações, ficou difícil saber quem “está faltando com a verdade”.
A candidata do PT, Dilma Rousseff, pontuou ao imprimir sua agenda e trazer o candidato do PSDB, Aécio Neves, para a sua pauta, o que foi ruim para o tucano. Estratégia parecida já foi usada pelos petistas em outras ocasiões e se mostraram nefastas para o candidato da oposição, vide a eleição de 2006 e a discussão sobre privatizações.
O PT fez a lição de casa e levou informações novas para tentar desestabilizar Aécio, entre as quais a acusação de que ele cometeu nepotismo durante sua gestão em Minas. Também explorou a administração do tucano no Estado, o que fez com que Aécio passasse parte do tempo rebatendo as acusações da petista. Dilma, como de costume, muitas vezes foi confusa e não conseguiu expor com clareza perguntas ou argumentos. Ainda assim conseguiu demonstrar tranquilidade.
Aécio explorou as denúncias de corrupção, principalmente da Petrobras. O foco principal, porém, foi a tentativa de trazer o embate para a discussão econômica, mostrando dados ruins do governo Dilma. Mas ficou na defensiva quando confrontado com a gestão FHC e com os indicadores de Arminio Fraga enquanto presidente do Banco Central.
No geral, o tucano mostrou mais do mesmo, sem trazer nenhuma informação nova ao debate que desestabilizasse a candidata. Só que desta vez exagerou um pouco na ironia, passando ao eleitor uma certa arrogância que pode ser perigosa – de novo, o debate de 2006 entre Geraldo Alckmin e Lula mostrou que o público tende a ficar solidário com quem “apanha”.
O embate entre os dois candidatos foi bom. Ajudou a expor um pouco os estilos e pôs mais lenha na fogueira numa eleição excessivamente polarizada. Num confronto tão direto, não tem como o candidato não ficar à mercê dele mesmo, por mais bem treinado que esteja. Por outro lado, de nada serviu para o eleitor entender o que seria o governo de cada um na Presidência. Com tantas trocas de acusações, ficou difícil saber quem “está faltando com a verdade”.
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