Faça uma rápida pesquisa sobre "homicídios" ou "assassinato" em 2014 nos blogs ou sites de notícia de Catalão e confira quantos resultados surgirão. Eu fiz, no Blog da Verdade e no Portal Catalão, e destaco aqui os principais resultados:
- 2 de novembro: Saimon Gonçalves Vieira, 16 anos, morto a tiros na porta de uma boate no centro da cidade;
- 1º de outubro: Paulo Henrique Santos de Andrade, 17 anos, morto a facadas, próximo a subestação rodoviária, no bairro São João;
- 29 de setembro: Domingos Alves da Silva, morto a tiros, no bairro Nossa Senhora de Fátima;
- 26 de setembro: Roberto de Brito Machado, 61 anos, morto a facadas, Setor Marconi;
- 22 de setembro: Maria Honório dos Santos, 84 anos, morta por ferimentos oriundos de espancamento ocorrido em sua residência no bairro Castelo Branco, após 10 dias em UTI em Hospital de Goiânia;
- 4 de agosto: Edson Pires Júnior, 22 anos, morto a tiros, Vila Mutirão;
- 14 de julho: Elbson Macedo, 39 anos, morto a tiros, em um bar, no bairro Castelo Branco;
- 18 de maio: Fernando Alves, 31 anos, morto a tiros, no bairro Monsenhor Souza;
- 22 de abril: Geovane Souza Costa, 47 anos, morto a facadas, em sua residência, no bairro Nossa Senhora de Fátima;
- 8 de março: Gustavo Henrique de Souza, 18 anos, morto a tiros, Jardim Paraíso;
- 24 de janeiro: Josimar de Freitas Honomário, 24 anos, morto a facadas, Jardim Primavera;
- 2 de janeiro: Aguinaldo Alves Rodrigues, 41 anos, morto a facadas, bairro Pontal Norte;
- 05 de janeiro: Janderson Evangelista Purcina, 20 anos, morto a tiros, na represa do Clube do Povo.
13 mortes violentas em apenas 10 meses. E esses são apenas os destaques, não foram mencionados as tentativas de homicídio, os espancamentos, roubos com violência, brigas, vias de fato e nem os assassinatos sem solução do ano anterior.
Catalão está, proporcionalmente, mais violenta que Uberlândia e Uberaba, cidades muito maiores que a nossa, mas que apresentam índices de assassinato por grupo de 100 mil habitantes menor do que o de Catalão.
Este é, claro, um assunto de Segurança Pública, mas também um problema da sociedade catalana, afinal é um índice negativo que só cresce, a despeito dos esforços das Polícias Civil e Militar.
E por isso mesmo chama a atenção o fato de nossos representantes eleitos na Câmara de Vereadores não terem debatido uma única vez sequer este tema desde a posse da atual legislatura (2013), tendo preferência as discussões políticas, eleitorais, quem tem a picareta maior, se o prefeito é traíra e a situação do CRAC, debatidas inúmeras vezes nos últimos 23 meses.
E isso é grave, pois o foro competente para debater qualquer problema social é a Câmara Municipal, onde a sociedade está legalmente representada, mas nossos vereadores se omitem e preferem ignorar esse grande problema, dando preferência para seus assuntos particulares.
Essa situação tem que mudar. É preciso que esse debate que já está nas ruas chegue ao foro competente. O mapa da violência em Catalão não está restrito aos bairros periféricos, nem mesmo aos mais pobres. Qualquer cidadão pode ser a próxima vítima e, de jeito que vai, até de bala perdida vai ter gente morrendo em Catalão, enquanto isso nossos edis debatem quem será o próximo presidente da Câmara, certamente porque nenhum filho deles morreu até o momento, já dos seus eleitores...
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