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Pensamentos aleatórios

17 de junho de 2015

A aposta de Jardel


Muitos especulam o porquê de o prefeito Jardel ser tão cabeça dura.

Alguns dizem que ele simplesmente não se importa com a opinião pública, que só o que ele quer é agradar o Marconi, não fazendo diferença se o povo irá ou não ficar contra ele.

Outros dizem que ele age assim porque vai se aposentar da vida pública e que realmente acredita que está fazendo algo de bom para a cidade.

A maioria diz que ele simplesmente queria apenas vencer a eleição (e em cima do Adib), que ser prefeito era só a consequência, que de verdade ele gosta mesmo é de Goiânia e do Rio de Janeiro e quer mais é que o povo de Catalão se lasque.

Acho que essa última faz mais sentido.

No entanto, Jardel não é sozinho no mundo, tem um grupo político que não pode deixar na mão, afinal a reeleição e vida política de seu filho dependem disso. Nesse sentido um quadro publicado no jornal Dito e Feito, desta terça-feira, 16 de junho, dá algumas dicas sobre o que poderia estar passando pela cabeça do prefeito quando ele toma suas "medidas impopulares":


Antônio Paulino, responsável pelo Dito e Feito, não morre de amores por Jardel, mas é aliado de Marconi e precisa fazer o jogo do PSDB, e localmente é defender o indefensável. Ele não acredita de verdade na recuperação da gestão Jardel, mas precisa falar isso, da mesma forma como o Jornal Opção e o Diário da Manhã. Essa tática visa dar à população uma falsa imagem de aprovação da gestão, por meio de repetição de informações favoráveis em diversos veículos de comunicação, de forma que o povo engula o engodo. Na maioria dos casos dá certo (Marconi e Aécio, em Minas, são dois dos melhores exemplos de funcionalidade desta tática), mas aparentemente em Catalão o desgaste é tão grande que em um ano apenas que falta para o início da campanha política de 2016 não dá para recuperar. A população enxerga isso, Jardel não.

Jardel realmente acredita no que sai nos jornais. Mesmo sabendo que são matérias combinadas, que não refletem de verdade o que a população sente, ele toma como verdades absolutas e as reproduz, até mesmo brigando com que fala o contrário (Fabiana Pulcineli, de O Popular, que o diga). No caso específico da notinha do Dito e Feito Jardel não acredita na parte que fala da recuperação de sua gestão, nem ele é tão otimista (ou bobo), mas ele acredita piamente na memória curta do povo, sendo esta sua grande aposta para 2016: o povo vai se esquecer de três anos de gestão ruim e lembrar apenas das inaugurações e obras em andamento desenvolvidas nos primeiros seis meses do ano. Uma aposta arriscada, diga-se, mas que é possível de bancar se houver muito dinheiro envolvido, e é aí que a venda da SAE entra, daí enfrentar tamanho desgaste para consegui-la.

Mas se há algo que a eleição do ano passado ensinou é que o povo pode até ter memória curta, mas quando o desgaste é demais nem todo o dinheiro do mundo consegue revertê-lo e insistir em estratégias kamikazes apenas para provar que consegue pode ser fatal para qualquer futuro político, mesmo daqueles que não se importam com sua biografia ou a de seus herdeiros.

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