Sei que muitos vão ficar com raiva de mim, e mesmo que me doa, preciso admitir a verdade: Jardel não tem culpa alguma pela falta de água pela qual passa atualmente Catalão.
E falo isso baseado em fatos, sem nenhuma paixão política ou obrigação de defender o prefeito, como fazem muitos por aí (em especial os fakes na internet). E que ninguém diga que minha opinião foi comprada, pois o blog sequer possui campo para anunciantes (de maneira que a Prefeitura poderia comprar minha opinião injetando dinheiro em forma de propaganda e não tem isso aqui).
Também não fiquei louco por causa do calor, o que vou explanar daqui pra frente é baseado em fatos concretos ocorridos desde o início da gestão Jardel. Peço que o leitor que acompanhou até agora leia o resto de meu raciocínio para juntos chegarmos a mesma conclusão:
1º - Jardel sempre prestigiou a SAE: ainda durante a campanha eleitoral Jardel ressaltava que a SAE era um patrimônio de Catalão, que ficaria em poder do município e jamais seria devolvida à Saneago (só se ela não desse lucro ou houvesse uma crise hídrica, aí não teria jeito);
2º - Jardel profissionalizou a gestão da SAE: mal terminada a apuração dos votos e o primeiro secretário anunciado por Jardel foi o da SAE (demonstrando sua preocupação com a pasta). E todos sabemos da qualificação profissional de Cesar da PC em engenharia e gestão de recursos hídricos;
3º - Jardel retomou projetos de abastecimento iniciados pela Saneago: todo mundo se lembra, é claro, da vinda da equipe de engenharia da Saneago ocorrida logo no início do mandato, que possibilitou a retomada de obras de captação iniciadas pela estatal ainda em 2001, antes do município retomar a concessão, o que só foi possível graças à parceria com o Governo de Goiás;
4º - Jardel fez sua parte para que chovesse na cidade: antes ainda de sair da presidência da Assembleia e assumir a Prefeitura de Catalão, Jardel pediu ao padre Luiz Augusto (aquele que recebia sem trabalhar, mas rezava sem parar) para que orasse pelos catalanos e caísse chuva para abastecer nossos mananciais. o problema foram os promotores ateus que resolveram implicar com o padre e pedir sua demissão e devolução dos valores recebidos indevidamente (aí até as orações foram confiscadas).
5º - A arrecadação da SAE foi toda reinvestida no sistema: a única exceção foi a contratação, sem licitação, de uma assessoria jurídica de Uberlândia, mas foi coisa pequena, em torno de 1 milhão e 400 mil reais e o Ministério Público já está buscando de volta;
6º - Jardel diversificou as fontes de abastecimento de água: sabendo que os ribeirões Samambaia e Pari não dariam conta da crescente demanda, Jardel elaborou, em parceria com a equipe de engenharia da Saneago (aquela que veio no começo do mandato), um mega projeto de captação de água dos rios São Marcos e Veríssimo e aí, graças à Secretaria Especial de Captação de Recursos, conseguiu verbas federais para tocar o projeto, a custo zero para o município;
7º - É realmente necessário privatizar a SAE: mesmo com todo o esforço e dedicação da equipe gestora, a crise hídrica que assola o país finalmente atingiu Catalão, não deixando outra alternativa a não ser fazer a concessão da SAE para uma empresa privada, do contrário a Prefeitura teria que parar imediatamente importantes obras em andamento (casas, escolas, creches, viadutos, pontes e outras), além disso uma empresa privada tem os recursos para fazer o que uma arrecadação de 26 milhões de reais por mês não consegue.
Enfim, por todos esse fatos elencados eu realmente acredito que a falta de água não é culpa do Jardel, pois ele fez tudo aquilo que estava ao seu alcance fazer em quase três anos de mandato para que não chegasse a essa situação, e só um cego não enxerga isso.
Só um cego mesmo, ou então, alguém como eu, que resolveu pagar com a mesma moeda o deboche do prefeito.
Compartilhe: