Um dos melhores indícios para aferir a popularidade de um agente político é a repercussão de suas palavras. E o dia de ontem foi mais uma confirmação de que a gestão Jardel vai mal nesse quesito.
O Secretário de Infraestrutura, de Governo e também Superintendente da SAE, Cesar José Ferreira (Casar da PC) foi à rádio prestar esclarecimentos sobre a Operação Água Suja, deflagrada pela DERCAP Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública), que apreendeu documentos e computadores na sede da Superintendência e também na residência do super secretário, levantado vários questionamentos na sociedade.
Pois bem, isso ocorreu na segunda-feira e logo na terça pela manhã Cesar usou os microfones da rádio para tranquilizar a população (e os aliados) dizendo que a diligência veio apurar uma denuncia anônima e que não existem indícios de irregularidade que justificasse o alarde feito pela oposição. Foi contundente dizendo que tudo não passa de um factoide armado pelo PMDB com o intuito de prejudicá-lo e que a operação não vai dar em nada, diferente da Ouro Negro que apurou o desvio de 10 milhões de reais (mas que também não deu em nada, diga-se).
Pois bem, foi tudo muito bom, tudo muito bem, mas Cesar cometeu um erro fatal em sua defesa: a escolha da rádio para faze-la. Não da rádio em si, pois a Cultura tem credibilidade e grande alcance, o problema foi ele escolher fazer isso no Programa Catalão Urgente, do vereador/radialista/pretenso candidato a vice Paulo Cesar, que amarga a pior audiência do rádio catalano no horário das 10:00h as 12:00h, perdendo feio para o Claudio Lima, na Liberdade FM, para o Elias Monteiro e a Paula Schimidt, na Top FM, e para a Luciana Machado, na Sucesso FM.
Cesar falou, falou e falou, mas ninguém ouviu e aí ficou valendo a versão da TV e dos outros programas de rádio, porque o do Paulo Cesar só escuta quem vai lá participar, ou seja, só os produtivos e ocupadíssimos secretários municipais, conforme prova a imagem que ilustra este post.