Uma das coisas que mais aflige a população catalana atualmente é preocupação com o emprego, situação bastante agravada com a diminuição da produção da MMC, a consequente demissão de mais de 1000 trabalhadores da empresa e a notícia da venda da planta da Anglo American localizada no município, o que gera ainda mais incerteza com a manutenção dos postos de trabalho que movimentam a economia local.
O cenário de crise é global, não cabendo atribuir culpa exclusiva aos agentes públicos locais pela recessão atual. No entanto, caberia ao poder público municipal elaborar mecanismos e políticas, se não de proteção aos empregos gerados pela indústria, para criação de alternativas à população de modo a diminuir a dependência a apenas alguns nichos econômicos. Isso se daria com a atração de novas empresas (função da Secretaria de Indústria e Comércio), de capacitação de trabalhadores e criação de programas alternativos de geração de renda (função da Secretaria de Trabalho e Renda), por meio de incentivos econômicos a micro e pequenas empresas, através da diminuição de impostos para quem garantisse o emprego dos funcionários (Secretaria de Finanças) e, por último, mas não menos importante, investindo no comércio local licitando, comprando e pagando de empresas e fornecedores locais, de modo que o dinheiro da Prefeitura circulasse na cidade, gerando e mantendo empregos daqui. Esse último mecanismo foi usado com frequência nas gestões anteriores, especialmente na gestão Velomar que investia cerca de 6 milhões de reais por mês no comércio local (e pagando em dia, diga-se), mas infelizmente foi abandonado nessa gestão, que além de ter Secretarias que não cumprem sua função optou por comprar e contratar com empresas de outras cidades, levando para fora o dinheiro gerado em Catalão, o que provocou a crise no comércio local, pois o dinheiro não circula mais na economia catalana.
Para provar a argumentação seguem alguns Extratos de Licitação recentes publicados pela Comissão de Licitação da Prefeitura, que atestam a sacanagem (não existe outra palavra que defina tão bem essa situação) que a gestão Jardel faz com o comércio local. Confira:
19/04/2016 - Contrato de aluguel: 198 mil reais de Catalão... para UBERLÂNDIA.
19/04/2016 - Aquisição de mesas e cadeiras: 65 mil reais de Catalão... para GUAPIAÇU/SP.
25/04/2016 - Manutenção e solda de veículos: 237 mil reais de Catalão... para GOIÂNIA.
27/04/2016 - Aquisição de óleo, graxa e filtros para veículos: 394 mil
reais de Catalão... para UBERLÂNDIA, GOIÂNIA e PINDORAMA/SP.
É claro que se não existirem empresas locais capazes de prestar os serviços solicitados não há problemas algum em a Prefeitura buscar fora, o que deve ser o caso desses processos acima, pois é difícil achar em Catalão quem tenha prédio para alugar, fábrica de móveis, oficina para manutenção e solda de veículos e empresa que vende óleo, graxa e filtros para veículos.
E depois ainda tem a pachorra de tirar foto com o presidente da MMC e dizer que está protegendo o emprego dos catalanos...
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