A semana que passou não foi boa para os tucanos catalanos.
Começou com a descoberta de que a palavra "inelegível" se escreve mesmo com "G" (como em DIRIGA), mas o som é o do "J", de Jardel, conforme decisão judicial que o colocou nessa situação devido a exceder o limite legal de doação na campanha de seu filho Gustavo. Depois foi a "invasão" da UPA pelos vereadores de oposição, um factóide criado para provocar uma imagem negativa da oposição junto a população, mas que só surtiu efeito entre os próprios jardelistas e naqueles que ouvem o Programa do Paulo Cesar, na Rádio Cultura, e o Jornal da Sucesso, apresentado pelo Sousa Filho, ou seja, ninguém. Na sequência, nova frustração, ao sair a lista de gestores com contas rejeitadas pelo TCU e o nome do deputado Adib Elias não constar nela (teve gente que chorou ao saber disso). Mesmo com tantos percalços a semana prometia acabar bem, com show de Israel e Rodolfo e a presença do compadre Marconi, mas aí o chão do palco cede e uma das principais defensoras da gestão cai no buraco, o que quase acaba com a festa. E, para quem pensava que a urucubaca tinha acabado, o domingo ainda reservava uma surpresa.
O Jornal Opção, periódico semanal preferido dos tucanos catalanos (e que publica mais notinhas de Catalão do que qualquer outro jornal de Goiânia), jogou a toalha na edição deste domingo e reconheceu que mesmo se o nome do deputado Adib Elias estiver na lista dos gestores
com contas rejeitadas que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) encaminhará à Justiça Eleitoral, em agosto, ainda assim ele poderá ser
candidato, pois a rejeição de contas pelo TCM não é motivo para negar
registro de candidatura. A publicação ainda acrescenta que o TRE será rigoroso este ano com o registro de candidaturas, pois cobrou informações até de multas aplicadas a prefeitos e vereadores, num sinal de que a mão será pesada com políticos corruptos e/ou desorganizados, como aqueles que fazem doação para campanhas acima do limite legal (ops).
Tal informação frustra o doce sonho de 9 entre 10 jardelistas, que rezam dia e noite para que Adib fique inelegível e Jardel não precise disputar com ele as eleições, e acendeu a luz de alerta na equipe de criação de factóides, pois se até o Opção resolveu abandonar a teses da inelegibilidade para atingir Adib (era o único veículo de comunicação da capital que insistia nessa ladainha), será preciso criar outra. O problema é que faltam pouco mais de cem dias para a eleição, tempo muito curto para criar uma história negativa que grude na cabeça do eleitorado a ponto de fazê-lo esquecer os três anos de gestão fracassada e debochada de Jardel, mas longo demais para quem precisa defender o prefeito sem ter um argumento consistente para denegrir o adversário.
Parece que a urucubaca tucana está longe de terminar.
Compartilhe: