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Pensamentos aleatórios

17 de junho de 2016

Irresponsabilidade: denúncia de estupro na UFG foi inventada, afirma delegada. Estudante que fez a falsa denúncia pode ser expulso.


A delegada Ana Elisa da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) afirmou que o suposto estupro na Universidade Federal de Goiás (UFG) é falso. O caso foi divulgado nas redes sociais por um aluno da instituição. Delegada informou sobre a situação durante uma coletiva de imprensa realizada na Deam, na manhã desta sexta-feira (17/06).

O caso do suposto estupro foi divulgado nas redes sociais pelo estudante de Relações Públicas Daniel Bezerra, de 21 anos, na noite da última terça-feira (14). Ele contou, em entrevista ao POPULAR, que tinha visto uma jovem ser deixada pelo suposto estuprador próximo ao bloco da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), no Câmpus Samambaia.

Segundo a polícia, o suposto crime foi inventado pelo estudante. “Possuímos evidências expressivas que o Daniel virou a câmera que fica direcionada para o banheiro masculino no dia 7 de junho. Ele teve de 7 de junho até o dia 14 para planejar toda ação. No entanto, não tem como afirmar que foi ele que deixou a calcinha no local”, afirmou a delegada (vídeo abaixo).


Ana Elisa explicou que todas as imagens foram analisadas e o que foi averiguado não confere com o que aluno expôs durante o depoimento. “Ele disse que saiu para procurar ajuda, que não encontrou seguranças e isto não é verdade. As imagens mostram a região toda iluminada com a presença de alunos e seguranças”, afirmou.

Daniel, que está em Porto de Galinhas (PE) e só deve retornar ao Estado na próxima semana, deve responder por falsa comunicação de crime, com pena de até seis meses, mas por se tratar de crime de menor potencial ofensivo a pena pode ser convertida em alternativa. 

Daniel Bezerra pode ser expulso da Universidade 

Em entrevista a CBN Goiânia, o reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Amaral, comentou sobre o caso do aluno da instituição que denunciou um falso estupro próximo ao bloco da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), no Campus Samambaia, em Goiânia.

O reitor informou que a instituição vai abrir um processo administrativo em relação ao aluno para apurar as responsabilidades e adotar as sanções cabíveis e previstas no nosso estatuto. “As punições variam em gradação, vão desde advertência verbal ou escrita, suspensão temporária ou até mesmo a exclusão", afirmou. 

Estudantes ocuparam a Reitoria após denúncia do estupro na UFG 


"A nossa luta é todo dia, somos mulheres e não mercadoria." Aos gritos, estudantes e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG) caminharam, na manhã de quarta-feira (15), rumo à reitoria da instituição, no campus samambaia, em Goiânia. Eles cobram segurança na instituição e fazem duras críticas à atuação da Polícia Militar (PM).

Com gritos "se cuida, se cuida, se cuida, reitoria, se não ouvir agora, vai ter ato todo dia", eles cobram resultados práticos da reitoria, devido ao histórico de insegurança na universidade.


A UFG ressalta que tem acolhido denúncias e reclamações sobre assédios moral e sexual e, nas últimas semanas, recebido estudantes para conversar sobre o tema. Os encontros culminaram em uma reunião, no dia 8 de junho, sobre discriminação e preconceito, ocasião em que os estudantes entregaram documento com um conjunto de reivindicações. Na oportunidade, ficou acordado um novo encontro, no dia 28 de junho, para que sejam apresentados os encaminhamentos da Reitoria.

Até o final da manhã de hoje, 17/06, o prédio permanecia ocupado.

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