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Pensamentos aleatórios

24 de outubro de 2016

Concurso da Prefeitura: o último ato de uma gestão rejeitada

Comemorado e cantado aos quatro ventos como uma enorme vitória do prefeito Jardel, a realização do concurso público da Prefeitura de Catalão, suspenso desde março deste ano por ação do Ministério público de Goiás, pode não ser nada mais do que um foguinho de palha, justamente pelo fato de que a atual gestão não poderá nomear os aprovados, cabendo ao prefeito eleito, Adib Elias, fazê-lo, o que ele hoje, em entrevista à Rádio Top FM, anunciou em alto e bom som que não fará.

A justificativa de Adib é que o concurso fere a Lei de responsabilidade, pois gera despesa para o município nos últimos seis meses de mandato, o que é vedado acontecer em ano eleitoral. A justificativa procede e além disso o concurso foi suspenso pela Justiça por ter vícios na contração da empresa para a realização do certame (Instituto Qualicon) que ocorreu sem licitação.

O que é estranho disso tudo é que Jardel anunciou que fará a transição de Governo, diferente do que ocorreu com ele ao assumir a Prefeitura de Velomar, e que será um movimento transparente e republicano, no entanto insiste na realização de um concurso em que o resultado será nulo, pois cabe ao próximo prefeito a nomeação dos aprovados, portanto a própria realização do concurso deveria ser pautada na Comissão de Transição, ouvindo a opinião de Adib, e não sendo tocado às pressas como está ocorrendo.

A realização de um concurso público para cargos de provimento efetivo para a Prefeitura de Catalão é necessário e urgente, isso ninguém discute, mas é algo que precisa ser feito com planejamento e em acordo com o prefeito que vai assumir. Do jeito que Jardel está fazendo, apenas para chegar ao final do ano e bradar que é mais um dos "compromissos de campanha cumpridos", só vai gerar frustração para as cerca de 9 mil pessoas que perderão o dinheiro gasto na inscrição (90 reais) e não serão nomeadas. 

Mas como esse abacaxi vai ser descascado pelo próximo prefeito, junto com mais um monte deixados por essa gestão, tanto faz se vai ter gente frustrada ao fazer uma prova e não dar em nada, a culpa vai ser do maldoso que não nomeou, o bonzinho fez o concurso!!!

Por essas e outras táticas tacanhas é que a rejeição foi de 73%, mas parece que não aprendem... e daqui dois anos tem eleição de novo!!!

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