Há dezesseis dias publiquei aqui no blog minha opinião sobre como o candidato inscrito deveria agir em relação ao concurso da Prefeitura - fazer as provas ou pegar o dinheiro de volta? - sendo minha sugestão pedir a devolução da taxa de inscrição, justamente para evitar o desgaste de fazer uma prova, ser aprovado, criar expectativa de nomeação e depois ficar frustrado com o cancelamento do certame.
Fiz esse post como uma orientação a vários amigos, inclusive minha irmã, que se inscreveram e estavam se preparando para o exame, pelo entendimento que o próximo prefeito, que será o responsável por nomear os aprovados, está questionando a legalidade do mesmo desde a contratação do Instituto Qualicon para conduzir o processo (que ocorreu sem licitação), ou seja, Adib Elias não tem nenhuma intenção de aproveitar o concurso, já tendo inclusive declarado isso em várias entrevistas, e irá usar todos os recursos possíveis para anulá-lo.
É claro que mesmo assim muita gente resolveu arriscar e se manteve firme para participar do processo (90 reais devem estar sobrando), mas eis que ontem, dia 18 de novembro, o juiz Maurício Porfírio Rosa, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) emite Decisão Liminar pela suspensão imediata do concurso, cujas provas seriam aplicadas neste domingo, dia 20, e no próximo, dia 27 (confira aqui a decisão), o que comprova o que escrevi anteriormente: fazer esse concurso é perda de tempo e dinheiro!!!
Ninguém duvida da necessidade de concurso público para cargos de provimento efetivo da Prefeitura de Catalão, sendo inclusive objeto de vários TACs assinados com o Ministério Público, mas nesse caso deveria existir consenso entre a gestão que está saindo e a que está entrando e o tema ser ponto de pauta da Comissão de Transição. Infelizmente não é o que está ocorrendo e quem vai pagar o pato é o cidadão que fizer o concurso.
É provável que tanto a Prefeitura quanto o Qualicon recorram e consigam reverter essa liminar e realizar as provas, se não amanhã talvez em outro dia, mas Adib tornará a recorrer e o fará até conseguir a anulação de todo o processo. Se as provas ocorrerem quem não pediu o dinheiro de volta deve fazê-las (mesmo sabendo que não será nomeado), pois em caso de posterior anulação judicial a ausência no dia da prova pode dar margem ao Qualicon questionar a devolução do valor.
E para quem pensa que este é o último ato de uma gestão rejeitada: CAUTELA!!! Esse episódio lamentável é apenas mais um de toda uma fracassada gestão, mas outros ainda virão, pois esse filme só acaba em 31 de dezembro e até lá ainda tem muita lambança pra acontecer...
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