Uma coisa ninguém pode negar: gestores tucanos são mestres na arte de se promover através de propaganda enganosa.
O exemplo mais recente disso é o prefake de São Paulo, João Dória, que em menos de seis meses de gestão já é cotado para candidatura à Presidência da República no ano que vem, graças a um marketing ostensivo e medidas polêmicas (o caso da cracolândia, por exemplo) que visam muito mais os holofotes imediatos que os impactos a médio e longo prazo que a cidade receberá.
Mas se engana quem pensa que Dória é o exemplo mais bem sucedido desta tática.
Não, o melhor exemplar tucano de gestor factoidiano e que se mantém no poder graças à propaganda está aqui em terras goianas. Um homem que há 20 anos comanda o estado de Goiás e sabe como poucos mexer o caldeirão das vaidades políticas para manter o seu grupo político coeso e na rédea curta, rachar a oposição através de notinhas na imprensa e enganar a população com propaganda ostensiva e enganosa: Marconi Perillo.
O mais recente exemplo desse sistema é o programa Goiás na Frente, alardeado como "o maior programa do Brasil de investimentos nos municípios", mas que na prática se resume em vender ilusão para tentar cooptar prefeitos para a campanha do vice, José Eliton, para o governo do Estado em 2018.
Enquanto a dupla percorre os quatro cantos do estado jurando que possui dinheiro para obras e investimentos (apesar de muito pouco ter sido liberado até agora), o próprio governo entra em contradição, como noticiado na coluna Giro, de O Popular, que divulgou no domingo, 11 de junho, um corte de 13% do orçamento de 2018 por determinação de Marconi Perillo, o que significa um contingenciamento de R$ 1,02 bilhão apenas para o restante deste ano.
Com uma intensa agenda, Marconi quer mostrar à população que a crise é página virada em Goiás, mas se fosse verdade por que então promover, sem nenhum alarde, um corte de 13% no orçamento atingindo diretamente as áreas da Saúde, Educação e Infraestrutura. O Goiás na frente caminha para ser apenas mais um factóide eleitoreiro, como foram os programas "Nosso Futuro", "Goiás Competitivo", "Inova Goiás", "Agenda Goiás" e "Goiás Mais Competitivo e Inovador" que na prática só serviram para iludir o povo e lideranças políticas desesperadas por alternativas por conta da crise nacional que se arrasta.
A pergunta que fica é a seguinte: depois de 20 anos da mesma estratégia a população goiana continuará caindo na mesma ladainha?
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