O professor da UFG, Edward Madureira, foi uma das melhores candidaturas na política em 2014. Disputando mandato de deputado federal pelo PT ele somou 58.466 votos, dos quais 32.123 em Goiânia e 2.837 em Catalão, sendo o quarto candidato mais votado no município naquele pleito. Edward ficou na primeira suplência, mas demonstrou que é possível ser bem votado, mesmo sem apoio de grandes grupos financeiros – como é regra na maioria das campanhas de deputados federais. “Tivemos uma grande votação e a maioria destes votos foi resultado de nossa passagem pela universidade”, aponta.
Após as eleições, Edward Madureira foi sondado para ser secretário de Educação no município de Goiânia, pelo ex-prefeito Paulo Garcia (PT), e teria tido convite também para ocupar a mesma função no governo do Estado. Em entrevista à Rádio 730, no programa Primeira Hora da Notícia, Madureira confirma as sondagens, mas garante que optou pelo projeto de retornar à reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), cargo que havia ocupado antes no período de 2006 a 2013.
Eleito para um novo mandato para o quinquênio 2017/2022 com 5.762 votos, equivalente a 60% dos votos válidos, Edward garante que irá cumprir todo este período, descartando a possibilidade de ser candidato novamente a deputado federal nas eleições do ano que vem, ou uma candidatura à Prefeitura de Goiânia em 2020. Mas após cumprir o seu período, a partir de 2022, o projeto político não está descartado.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores, ele avisa que irá se desligar da legenda. Seu entendimento é que o cargo de reitor de uma universidade pública é incompatível com a militância partidária. “É um tema que trato com muita tranquilidade. Entendo que o reitor precisa ter um diálogo suprapartidário, como eu tive com a bancada federal de Goiás nos oito anos que estive na reitoria. Apesar de não haver nenhum óbice de não me sentiria confortável no cargo de reitor estando filiado a qualquer partido político”, explica. Segundo Madureira, a desfiliação vai ocorrer, no tempo certo, “sem apressar nada a gente vai fazer esta desvinculação, e entendo que este diálogo tem que ser com todos. A universidade tem pessoas de todas as matizes políticas e a gente tem que defender este patrimônio”, reitera.
Crítico à política de cortes do governo federal nas verbas para Educação e Saúde, Madureira frisa que pretende ter um relacionamento institucional com o presidente Michel Temer, mas avisa que não abre mão de se posicionar sobre aquilo que entende ser ruim para o sistema federal de ensino. “Vamos fazer uma frente com os reitores de universidades e dos institutos federais, pois entendemos que a única saída deste país é o investimento maciço em Educação”, acredita.
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