Por Cloves Reges Maia, em seu blog.
Nem o mais pessimista militante peessedebista poderia imaginar que Marconi Perillo, ex-governador de Goiás e maior nome do PSDB em Goiás, tivesse uma votação tão inexpressiva para o Senado, como foi a votação do tucano na eleição de ontem, 7. Perillo teve apenas 416 mil votos, ou 7,55% dos votos válidos, e ficou em 5º lugar entre todos os candidatos.
A diferença de votos entre Vanderlan Cardoso (PP), o primeiro colocado na eleição para o Senado em Goiás, e Marconi Perillo foi de mais de 1,3 milhão de sufrágios. A derrota vexatória de Perillo encerra um ciclo de poder em Goiás que durou 20 anos.
Desgastado politicamente nos últimos anos, Marconi Perillo ainda sofreu o revés de uma operação da Polícia Federal e Ministério Público Federal, que no último dia 28 de setembro prendeu seu braço direito Jayme Rincon, ex-presidente da Agetop nos dois últimos mandatos do tucano. Na decisão que mandou prender Rincon, o juiz da 11ª Vara Federal de Goiás chegou a afirmar que Marconi seria o chefe do esquema criminoso, acusado de receber R$ 12 milhões em propinas pagas pela Odebrecht nos anos de 2010 e 2014.
O resultado das urnas pode dificultar o retorno de Marconi Perillo à vida pública. Sem mandato eletivo e, consequentemente, sem foro privilegiado, o tucano pode ter mais um problema sério com a justiça. Além de uma ação penal que já responde como réu, Perillo deve ser alvo de novas denúncias no âmbito da Justiça Federal, além de outras ações de improbidade administrativa que já estão sendo propostas pelo Ministério Público Estadual.
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