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Pensamentos aleatórios

13 de julho de 2013

Já viu o novo filme do Superman? Não?! Vá voando assistir!



Fui ontem ao Cine Lumière ver o novo filme do Superman, Man of Steel, embalado pelas críticas positivas que o mesmo vem recebendo da imprensa especializada (em especial a mídia nerd), mas com um pé atrás, pois todo mundo elogiou muito o terceiro Homem de Ferro e, embora tenha sido um bom filme, frustrou um pouco minhas expectativas. Ao final da exibição saí do cinema extremamente embasbacado com o filme: é tudo aquilo que os críticos disseram e muito mais!

Esse novo filme é um reboot da franquia Superman no cinema, portanto ficaram para trás o Clark Kent bobão, a Lois Lane vítima, o Jor-el cientista calminho (ele luta) e a cueca por fora da calça, sendo o design  do novo uniforme do Homem de Aço algo digno de elogios, pois realmente remete a uma vestimenta extraterrestre e não a uma roupa de personagem de luta-livre, mas também estão lá tudo aquilo que faz parte do cânone do Superman: o planeta explodindo; os pais terrestres; a infância e adolescência em Smallville; Metropolis; o Planeta Diário; o descobrimento da verdadeira origem e o controle dos poderes, tudo com uma abordagem atual.

Clark Kent é um jovem atormentado por ser diferente e sai pelo mundo em busca de sua origem e no decorrer do caminho usa secretamente seus poderes para ajudar as pessoas, até o dia em que encontra uma pista sobre seu passado enterrada no polo norte, mesma época em que conhece a jornalista investigativa Lois Lane, ganhadora e merecedora de um prêmio Pulitzer, que em dois tempos descobre a verdadeira identidade do ser misterioso que vem ajudando as pessoas.

A Lois Lane agora é inteligente e tem utilidade real na história.

Essa aliás é uma mudança muito bem vinda na história, pois a Lois que nos acostumamos a conhecer beirava a bobeira e só servia para cair em problemas e ser salva pelo Superman. Nesse filme ela é uma importante e inteligente jornalista, que vai fundo na história e é a ponte entre o alienígena e a humanidade, que desconfia desse ser poderoso vivendo entre nós (outra abordagem atual do filme), afinal quem aceitaria que um sujeito voador e superpoderoso estaria por aí apenas para salvar o mundo sem desconfiar de suas intenções?

E desconfiança da humanidade é tudo que o Homem de Aço recebe, ainda mais depois que uma invasão extraterrestre se avizinha. E nesse ponto pode ser que algumas pessoas estranhem o filme, pois o General Zod vem à Terra atrás do filho de Jor-el (exatamente como no Superman II, de 1980), mas agora com naves espaciais, armas, armaduras e com um pequeno exército de kriptonianos, e não apenas dois parceiros (uma mulher e um brucutu mudo). Mas é uma nova história com uma abordagem atual: os kriptonianos não descem todos para o planeta Terra, pois sentem dificuldades em ficar na nossa atmosfera sem suas armaduras e respiradores, além de não controlarem completamente seus poderes, coisa que o Superman se adaptou e sabe fazer há mais de trinta anos e que Zod aprende no final do filme, com uma explicação convincente, diga-se, e o destaque para Faora, personagem kriptoniana feminina, que luta, destrói  mata e solta algumas das melhores frases do filme (uma delas usada contra ela no final).

Os kriptonianos General Zod, Ursa e Non, no Superman II, de 1980.

Faora, dona das melhores frases. Zod, o general que não diz a clássica frase "Ajoelhe-se perante Zod!".

E é nas lutas que esse Superman prova que é um novo herói. Ele luta e tenta proteger o povo, mas não consegue evitar a destruição causada pelo choque dos enormes poderes. A batalha em Smallville é a melhor comparação com o Superman II para mostrar a atualidade do filme: casas são destruídas; trens explodem; ruas se partem; aviões caem; pessoas morrem, bem diferente da versão de 1980. E na batalha em Metropolis a destruição também é total, remetendo a como seria verdadeiramente uma batalha entre deuses (os fãs do Goku vão adorar).

O filme não é perfeito, é claro. A batalha do Superman com uns tentáculos de aço é bem cansativa e a permanência do segredo da verdadeira identidade dele ficou furada, afinal Lois levou o exército até a fazenda dos Kent para buscar a nave de Kal-el, portanto é inacreditável que ninguém tenha juntado os pontos. Também não há nenhuma cena pós-créditos, para dar a dica do que será o segundo filme (ou se haverá um filme da Liga da Justiça), algo que já nos acostumamos a ver nos filmes da Marvel. E a ausência da música clássica é algo sentido no decorrer do filme, é verdade que ao final nem nos lembramos tanto assim dela, mas como bom nostálgico não poderia deixar de mencionar.

Enfim, Man of Steel é um ótimo filme, atualizando para os novos tempos o mito do Homem de Aço e apresentando um novo Superman, ainda um bom rapaz que quer usar seus poderes para o bem, mas que prova, na luta com Zod, que não medirá o uso de sua força para proteger a humanidade. Vale demais o ingresso adquirido na Digital DVD, até para ver mais de uma vez, pois tem várias referências que podem passar despercebidas e merecem ser vistas: a menção a Lex Luthor (que não aparece no filme); às empresas Wayne; à cena clássica do Superman II (quando Clark apanha de um caminhoneiro); e até à Supergirl, coisas para fãs do Superman ficarem pensando até o próximo filme da franquia que, se repetir a fórmula certeira do primeiro, já tem tudo para ser um enorme sucesso.




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