Um voo duplo de parapente terminou em desespero na cidade do Rio de Janeiro. Instrutor e aluno entraram em uma nuvem e ficaram totalmente sem visibilidade, segundo revela um vídeo que já conta com mail de 450 mil visualizações no Youtube (assista abaixo).
O salto aconteceu em 17 de agosto da rampa da Pedra Bonita, em São Conrado (zona sul), com o tempo fechado. Ao entrar na nuvem, o instrutor tenta tranquilizar o turista, mas também perdeu o controle. Logo, revela ao turista paulista que está perdido.
- Agora fechou... Ai meu Deus. Calma... Meu Deus do céu, não sei onde estou... Fica tranquilo aí, tá? Fica tranquilo, tá? - pediu Luiz.
Sidmar permanece aparentemente tranquilo. Luiz pede que ele desligue a câmera, mas logo muda de ideia e o voo continua a ser registrado. Neste momento, o instrutor pergunta se Sidmar sabe rezar, pede ajuda a Deus e cita a sua filha.
- Pelo amor de Deus, não sei como eu deixei isso foi acontecer... O outro menino também tá dentro da nuvem. A gente vai chegar a algum lugar. Deus é mais, tá? Vamos rezar. Ave Maria, cheia de graça o Senhor é convosco, bendito sóis vós entre as mulheres, bendito é o fruto do nosso ventre, Jesus, Santa Maria, Mãe de Deus, rogai a Deus por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte...
Sidmar segue de olhos fechados, parecendo rezar, quando Luiz pergunta:
- Sabe nadar?
- Sei.
- Eu não sei onde a gente tá, se a gente abre o para-quedas. O que você acha?
- Não.
- Olha a casa lá!
Os dois finalmente se livram da nuvem. Entre rajadas de vento é possível ouvir Luiz dizendo a Sidmar que nunca havia passado por aquela situação. Sidmar finalmente abre os olhos. O semblante do instrutor é de alívio:
- Viu como eu pedi pro Papai do Céu?
- E eu, que fiquei rezando aqui?
Após minutos de pânico, o instrutor sai da nuvem e procura um lugar para pousar. Ao chegar ao solo, um deles desabafa:
- Nasci de novo.
O instrutor Luíz Gonzaga Pereira de Souza foi afastado das atividades e terá a licença de instrução reavaliada. O turista, um vendedor de 49 anos, é de Descalvado, no interior de São Paulo.
Situação difícil, mas como ninguém morreu dá para fazer graça com a situação, conforme o hipotético diálogo retratado na ilustração a seguir:
Gostou? Compartilhe: