Com dificuldade para identificar manifestantes que danificam o patrimônio ou cometem saques, órgãos de segurança do Rio de Janeiro e de Pernambuco endureceram a atuação policial durante os atos, restringindo rostos cobertos em meio à multidão e exigindo a identificação de quem tenta ser anônimo. Vedado na Constituição, o anonimato esteve presente nos protestos deste ano atrás de máscaras, lenços, toucas e outras formas utilizadas por manifestantes para omitir a própria identidade. E, agora, está no centro de discussões de governos e ativistas, enquanto a polícia diminui a tolerância na tentativa de coibir a violência.
Pernambuco proibiu de vez a presença de pessoas mascaradas em protestos, mas tem se mostrado flexível quando entende que a intenção não é tapar a face para danificar o patrimônio público ou roubar pessoas. Já no Rio de Janeiro, um projeto de lei, que veda as máscaras e qualquer outra forma de ocultar o rosto, empacou na Assembleia Legislativa (ainda assim, a Justiça local autorizou a identificação de mascarados nos protestos).
Em Goiás, a proibição ainda não é formalmente cogitada por nossos deputados, embora máscaras tenham sido apreendidas com pessoas que protestaram em Goiânia, no dia 7.
Do jeito que a coisa vai até o Batman corre risco de ficar sem emprego e a única máscara que o brasileiro vai poder usar é uma que já está acostumado: vermelha, presa apenas por um elástico, redonda, muito usada também em circos e que tapa apenas o nariz de quem usa...
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