Com informações do site A Gazeta 24 horas, da colega Cristina Mesquita:
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás adiou mais uma vez, o
julgamento do recurso impetrado pelo prefeito Jardel Sebba, contra sua
cassação, pedida pelo PMDB por abuso de poder nas eleições passadas. O
partido alegou que o governador Marconi Perillo e o secretário estadual
de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, deixaram claro sua preferência ao
então candidato em entrevistas à uma rádio local, no dia das eleições.
A sessão foi longa. Começou por volta das 17h. Houve muito debate e
por volta das 20h, o juiz Fábio Cristóvão pediu vista ao processo.
Apesar da decisão, o relator, Leão Aparecido, foi favorável ao prefeito
Jardel Sebba. Ele deu início à leitura de seu voto por volta das 19h e
falou por 50 minutos. Assim que ele terminou, o colega Fábio Cristóvão
pediu vistas ao processo e foi aprovado.
Ao defender seu voto, o relator citou exemplos de outros processos
semelhantes em que os eleitos não perderam seus mandatos. Ele disse que
as entrevistas não figuraram abuso de poder, porque foram dadas em
programa com cunho jornalístico, o que é permitido, segundo ele, em seu
voto. “Eles não falaram que somente as parcerias com o governo estadual
seriam favoráveis”, disse em certo momento. Antes dele, porém, O
procurador, Marcelo Santiago defendeu o pedido de cassação.
Os primeiros a falarem na sessão foram os advogados do PMDB. Eles
lembraram ao Pleno o que constam no processo: entrevista na rádio
Sucesso do governador Marconi, dizendo que seria parceria do então
candidato Jardel. Falaram ainda da distribuição do livro que foi
publicado pelo jornalista Cristiano Silva, que teria ido à rádio dar
entrevistas.
O relator Leão Aparecido disse ainda que as entrevistas não figuraram
tratamento privilegiado ao então candidato Jardel Sebba e que o convite
da rádio foi para todos os candidatos. “Não é mais proibido que rádio ou TVS deem entrevistas favoráveis ou
não desde, que sejam em programa jornalista”, disse ele, defendendo seu
voto, completando, que “impedir uma distribuição de um livro, é uma
conduta que não contribui para um regime democrático”. Ainda e acordo
com o relator, não houve participação do jornalista Cristiano Silva em
entrevistas à rádio, falando do livro que ele escreveu sobre a então
Operação Ouro Negro. Disse que os livros tinham cunho de denúncias.
Nenhum dos juízes deu o voto, depois do pedido de vista. Com a
decisão, o processo será votado em outra sessão. Segundo a Assessoria
do Tribunal, o processo não deve ser votado essa semana, porque haverá
sessão apenas amanhã, 20.
Compartilhe: