O brutal assassinato da menina Iasmin Martins de Souza, de 8 anos, completou na segunda-feira, 9 de junho, seis meses. A TV Anhanguera fez uma reportagem sobre o assunto que foi veiculada no jornal local e também no Bom Dia Goiás de ontem. Segue o vídeo para quem ainda não viu:
Relembrando:
O corpo de Iasmin foi encontrado no dia 9 de dezembro do ano passado no cômodo de uma obra. O exame de corpo de delito comprovou que ela foi violentada e morta a pauladas.
Em tempo recorde, menos de 48 horas depois, o pedreiro Dione César Costa foi preso como principal suspeito do crime. Apesar de
negar que fosse culpado, testemunhas disseram que viram a
menina sendo levada por ele horas antes de ser morta. Antecedentes criminais também colaboraram para a localização do suspeito.
O sujeito então ficou no presídio e quase foi linchado pela população de Catalão. Posteriormente um exame de DNA comprovou que Dione César não teve participação no assassinato. As "testemunhas", que tinham certeza da participação do pedreiro e eram a principal prova contra o sujeito, sumiram. Desde então, a Polícia não apresentou novos suspeitos do crime.
A mãe agora cobra das autoridades a resolução do caso: “Não só pela minha filha, porque agora eu não vou ter ela de volta.
Pelas outras que estão na rua, as crianças que não podem nem brincar em
paz porque sabem que esse cara está solto”.
A delegada diz que “Diariamente são feitas diligências buscando comprovar e chegar até o
autor desse crime. Existe uma equipe de policiais que estão designados
somente para investigar esse caso”.
De concreto mesmo o que a população de Catalão sabe é que a menina assassinada violentamente, que por negligência da mãe ficava sozinha na rua até altas horas da noite, continua morta; o verdadeiro culpado pelo crime continua e ficará à solta (o método de investigação é antigo e as condições da Polícia são precárias); e que a violência contra a criança, em especial do sexo feminino, está em alta em Catalão e região, haja vista o assassinato em Campo Alegre, o desaparecimento sem solução de Priscila Brenda e a recente denúncia de pedofilia.
Assim caminhamos em Catalão, à espera de novos crimes e fatos para abastecer nossa blogosfera, Facebook e rodas de fofocas. Debater a violência contra a criança, o adolescente e a mulher em nossa sociedade fica em terceiro plano, já que é mais fácil se indignar no próximo velório.
Compartilhe: