Na semana passada o Facebook dos catalanos foi inundado por uma série de "cartazes" coloridos intitulados "Responda rápido, SEM PAIXÃO E COM A RAZÃO", cada um trazendo uma pergunta sobre a gestão pública municipal. Ao final de cada cartaz vem a frase: "É sempre mais cômodo criticar e acreditar na primeira opinião que ouvimos. Analise o que o Jardel fez e como o PMDB reagiu".
O título dos cartazes já mostra a que eles servem: convidam o internauta
(cidadão/eleitor) a refletir sobre os supostos problemas do
município, mas usando a razão sem se deixar levar pela paixão (política, no caso), ou
seja, sem se deixar influenciar pelo atual momento negativo pelo qual
passa a avaliação do prefeito, pois, na lógica dos cartazes, se analisadas friamente, as ações do
prefeito são todas benéficas e a oposição (no caso o PMDB) faz
campanha contra, sem razão nenhuma para isso, mas se a população
refletir friamente, sem se deixar influenciar pela primeira opinião que ouve, vai apoiar o que a atual gestão do município
vem fazendo.
Não dá para negar que esses cartazes são uma pérola da comunicação digital, que usam muito bem o que os manuais do gênero recomendam (cores de fundo berrantes, letras coloridas e chamativas, frases curtas de fácil leitura e assimilação), e aí nota-se o dedo do vereador João Antônio, atual Secretário de Comunicação, escolhido para o cargo justamente por seu domínio das ferramentas de comunicação oferecidas pelas redes sociais, o campo preferido para o debate de ideias dessa gestão.
Essa iniciativa é algo que já foi experimentado com sucesso pelo Governo de São Paulo, na questão da falta de água, e por outros gestores municipais com assessorias de comunicação mais envolvidas com as redes sociais. Na maioria dos casos deu certo e os gestores conseguiram reverter ou diminuir o desgaste. Pode dar certo em Catalão também, é claro, haja vista a abrangência do Facebook e a capacidade de replicação e organização que os jardelistas possuem nessa rede social, mas essa estratégia também tem uma falha, que é justamente fornecer um instrumento que pode ser facilmente desconstruído e/ou usado pela oposição.
Para exemplificar, segue um cartaz:
Respondendo rápido, sem paixão e com a razão: Catalão precisava sim da Unidade de Pronto Atendimento que está sendo construída, MAS a população não podia ficar SEM o atendimento no Pronto Socorro da Santa Casa até ela ficar pronta.
Aí vem a desconstrução: Porque Jardel atrasou em três meses o repasse para o Pronto Socorro da Santa Casa? Responda rápido, sem paixão e com a razão: PRA ONDE ESTÁ INDO O DINHEIRO DE CATALÃO?
Esse foi só um exemplo. A partir de amanhã, aqui no blog, irei responder os outros cartazes usando apenas argumentos racionais, sem paixão nem política, para ilustrar que a população de Catalão não é o cordeirinho inocente e influenciável que vai para feliz o sacrifício, como querem nos fazer acreditar a atual gestão municipal.
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