O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Orlando Afonso do
Amaral, convocou de forma extraordinária, em plena greve de servidores e
professores, reunião da Assembleia Universitária para tratar de um dos
problemas atuais mais graves da instituição: cortes de recursos e a
dimensão da greve e seu comprometimento no semestre letivo.
É uma ótima oportunidade para que a comunidade conheça de fato a situação pela qual passa atualmente a UFG após o corte de 10 milhões de reais no orçamento de custeio da instituição feito pelo Governo Federal.
Um ponto que merece destaque nesta convocação é que a chamada visa discutir a atual situação da Universidade em vista duas greves em andamento (servidores docentes e administrativos), o que dá a entender que se as greves perdurarem o semestre poderá ser suspenso, o que não é verídico.
Caso o semestre letivo seja suspenso não será pela greve dos professores ou dos técnicos, mas sim pela falta de recursos que possibilitem dar continuidade às atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela instituição, como já é público e notório desde o final do semestre passado, com a dificuldade de pagamento de fornecedores e empresas terceirizadas.
Atribuir aos trabalhadores em greve, professores e técnicos, a responsabilidade por suspender o semestre letivo é uma leviandade sem tamanho. Tais categorias vêm tocando suas atividades apesar de todas as adversidades e condições precárias de trabalho (técnicos de laboratório têm que comprar seus próprios EPIs, pois a instituição não fornece). O que a comunidade precisa saber de fato é o tamanho do rombo na UFG, como surgiu e se é possível superá-lo. E não são duas greves que reivindicam melhorias que vão atrapalhar o andamento das atividades, isso já está ocorrendo, o que precisamos é unir forças para superar esse quadro, não procurar culpados.
Em tempo: o Reitor estará em Catalão no dia 13/08, quinta-feira, para presidir a reunião do Conselho Gestor da Regional Catalão e sem dúvida falará sobre a atual situação da Universidade. É uma oportunidade para a comunidade catalana conhecer de perto o funcionamento de um dos órgãos mais importantes da instituição e questionar o Reitor sobre o término deste semestre letivo e o futuro da UFG em Catalão, em especial o como ficará a instalação do curso de Medicina em vista desta nova realidade orçamentária. A reunião será ás 14h, no auditório Paulo de Bastos Perillo e a entrada é aberta a toda a comunidade.
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