Tudo caminhava para ser um dia conforme os preparativos do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Quase tudo seguiu seu roteiro: a admissibilidade do impeachment foi aprovada por 38 votos a favor e 27 contra. Antes, o advogado-geral da União, Eduardo Cardozo, fez a defesa da presidente Dilma Rousseff: “É absurdo que uma presidente eleita seja afastada por questão contábil que era aceita pelos tribunais. (...) Esse processo de impeachment não deve ser chamado de impeachment, deve ser chamado de golpe”. Em defesa de seu próprio relatório, Jovair Arantes (PTB) disse: “Não há mais clima para este governo, não há mais base política de sustentação, ninguém mais acredita neste governo”.
Mas eis que um fato inesperado, desses que só acontecem na política, desviou o foco da votação da comissão do impeachment. No fim da tarde vazou o áudio do vice-presidente Michel Temer, antecipando seu discurso sobre a vitória do impeachment, que só será votado domingo. A aprovação da admissibilidade já era favas contadas, mas a precipitação do vice surpreendeu até mesmo seus aliados e deu ao governo o discurso que queria de “conspiração”.
Mas eis que um fato inesperado, desses que só acontecem na política, desviou o foco da votação da comissão do impeachment. No fim da tarde vazou o áudio do vice-presidente Michel Temer, antecipando seu discurso sobre a vitória do impeachment, que só será votado domingo. A aprovação da admissibilidade já era favas contadas, mas a precipitação do vice surpreendeu até mesmo seus aliados e deu ao governo o discurso que queria de “conspiração”.
São novos ingredientes adicionados a uma crise cujos resultados ficaram ainda mais imprevisíveis.
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