Tá faltando Deus em Catalão?
A semana passada começou com o assassinato de um rapaz de 20 anos, vítima de tiros disparados em uma praça pública lotada de pessoas; na quarta-feira um portador de deficiência mental é atropelado quando atravessava a faixa de pedestres em uma das principais avenidas da cidade, o condutor sequer diminui a velocidade do carro e evade-se do local sem prestar socorro ou mesmo se preocupar se o atropelado estava machucado, vivo ou morto; na quinta-feira foi desvendado o desaparecimento de um pedreiro que estava sumido desde a semana passada: duas molecas (uma de 17 e outra de 18 anos) confessaram que o assassinaram por meio de asfixia, ocultaram o cadáver e roubaram seu carro, e tudo porque se "desesperaram" por não ter o dinheiro para pagar uma dívida de 460 reais com o pedreiro.
A vida tem um valor inestimável, mas as últimas ocorrências em Catalão nos levam a pensar o contrário: o rapaz foi morto por ciúmes do atual namorado da ex-namorada dele, que não suportou ficar no mesmo local e achou que isso seria resolvido com a morte do ex; o motorista evadiu-se do local e até o momento não se apresentou como autor do atropelamento, nem mesmo após tomar conhecimento da comoção com o ocorrido e da possibilidade de morte do atropelado (o que acabou acontecendo), num completo desprezo pela vida; e as duas molecas acharam mais fácil matar o pedreiro do que NÃO PAGAR uma dívida...
É falta de Deus?
Não! É falta de humanidade mesmo, de se colocar no local do outro, de se indignar com esse tipo de ocorrência, de não achar normal um rapaz de 20 anos ser assassinado, de se revoltar com o atropelamento de uma pessoa na faixa de pedestre, de questionar quando duas molecas acham que tirar uma vida é melhor do que o constrangimento de admitir não ter o dinheiro para pagar uma dívida em vez de discutir a orientação sexual delas.
É preciso ser mais humano...
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