O Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT), lamentavelmente, informa que ontem (6) 60 trabalhadores dos setores administrativo e de engenharia foram desligados da montadora Mitsubishi. Alegando queda na produção e nas vendas, a empresa afirmou ainda que a previsão é de que as demissões totalizem 350 até o final do mês de maio.
A decisão unilateral da empresa comprova, mais uma vez, a falta de respeito para com os trabalhadores e o Sindicato, que é o representante legal dos metalúrgicos. No último dia 31 de março, encerrou a estabilidade de emprego que foi conquistada em greve no mês de dezembro do ano passado e, em ofício encaminhado ao SIMECAT no dia 28 de março, a empresa diz que ‘até o momento inexiste a situação de demissões em massa’. Ora, e 60 trabalhadores dispensados não significa demissão em massa!? Não dá para confiar na palavra da empresa!
O SIMECAT acredita que outras alternativas podem ser construídas a fim de evitar a redução dos postos de trabalho. Para isso, basta que a empresa se comprometa a dialogar com o Sindicato e os trabalhadores. De fato, o País enfrenta uma recessão econômica e o setor automotivo tem sido um dos mais prejudicados, porém, não se deve enfrentar a crise colocando centenas de trabalhadores e trabalhadoras na rua, provocando ainda mais desemprego e gerando impacto extremamente negativo no município, no qual a empresa deve ter responsabilidade social. Na Caoa Hyundai, em Anápolis, por exemplo, foi adotada redução de jornada e salário, mas, em contrapartida, o trabalhador tem estabilidade de emprego.
O SIMECAT insiste em manter o diálogo e sugerir medidas paliativas e considera que os desligamentos devem ser feitos somente quando se esgotarem todas as possibilidades. Na manhã de hoje, os metalúrgicos paralisaram as atividades por duas horas em protesto contra o anúncio das demissões. Sob a ameaça de manter a linha de produção parada, os representantes da montadora marcaram uma mesa de negociação com o Sindicato ainda pela manhã, contudo, não houve avanço algum. Diante do impasse, uma mediação da Justiça do Trabalho foi solicitada pelo Sindicato. A audiência será nesta sexta, às 16 horas, no prédio da Justiça do Trabalho.
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