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Pensamentos aleatórios

31 de outubro de 2012

O recado das urnas para o próximo prefeito de Catalão

Já tem 23 dias que as urnas revelaram que Jardel Sebba foi escolhido pela maioria da população para ser o prefeito de Catalão pelos próximos 4 anos. Foi realmente uma vitória emblemática em uma campanha disputadíssima, mas como todo mundo sabe a eleição ainda não terminou de fato, pois falta o julgamento do recurso de Jardel no TSE, o que está para acontecer nos próximos dias. E mesmo que aconteça o que está se desenhando (o indeferimento do recurso no TSE) a eleição ainda não vai terminar, pois ainda tem o STF como próxima instância, portanto pode ser que a novela continue por mais algum tempo.

Embora os dois grupos se mostrem tranqüilos quanto aos desdobramentos da questão, a verdade é que essa situação não é boa para ninguém. O grupo que ganhou nas urnas precisa articular o trabalho e a equipe para a gestão, mas como não existe uma definição fica apenas na expectativa e não conseguem programar sequer os primeiros passos, quanto mais os quatro anos do mandato. Já o grupo derrotado ainda tem esperança de se manter na gestão municipal e não consegue se movimentar em buscar de alternativas, pois a esperança é a última que morre (e às vezes ressuscita). No entanto, o principal no resultado da eleição não foi a vitória de Jardel sobre Adib, não foi simplesmente o desejo de trocar as pessoas que estão na prefeitura que motivou os catalanos a mudarem de prefeito, foi algo maior, que atende pelo nome de renovação.

Tanto Jardel quanto Adib são políticos tradicionais e nenhum dos dois poderia se apresentar como alguém “novo” para a população, no entanto a descrença com a classe política em geral (apenas dois dos vereadores que pleitearam a reeleição aumentaram seus votos, todos os demais diminuíram) e o desejo de mudança da sociedade catalana encontraram no discurso de Jardel a respostas aos seus anseios (trocar e renovar). Mas é preciso enxergar além do óbvio, a população não quis simplesmente trocar as pessoas que estão na prefeitura e agora espera do prefeito eleito renovação das políticas públicas (nomeação de secretários e demais comissionados por critérios mais técnicos que políticos) e novas formas de lidar com o dinheiro do povo (transparência e parceria). Não fazer isso será frustrar o desejo de mudança e renovação da população.

Para o Jardel tal tarefa não será difícil, pois tudo o que ele fizer será novo, só a troca da equipe que está há 12 anos à frente da gestão municipal será visto como uma enorme mudança, mas é preciso avançar, sob o risco de ser ele a ter um recado das urnas na próxima eleição. Já se for Adib o empossado a tarefa será dificílima, dolorosa até, mas se não for feita já nos primeiros dias do mandato o eleitorado terá a certeza que o recado que mandaram não foi ouvido e aí uma nova mensagem muito mais forte e marcante será enviada e talvez sejamos testemunhas das primeiras manifestações populares para a renúncia de um prefeito na história recente de nossa cidade.

Catalão não quer simplesmente gente nova na prefeitura, quer ir além, quer renovação das práticas políticas, quer políticos mais preocupados com a cidade do que com sua reeleição, quer uma gestão ágil e transparente do dinheiro público, quer desenvolvimento econômico e social para todos, quer serviços públicos inovadores e de qualidade, quer mais cultura, esporte e lazer, quer menos violência e quer avanços na saúde e na educação. Esse é o recado das urnas para o próximo prefeito de Catalão, seja ele quem for.


27 de outubro de 2012

Quem será o próximo Presidente da Câmara de Catalão?


Li mais cedo no Blog da Verdade que os vereadores eleitos pela base do PMDB estariam se reunindo hoje para tratar da escolha do próximo presidente da Câmara de Catalão, uma vez que eles fizeram a maioria (9 de 17) e para acabar de vez com os "boatos" de que existiriam alguns ali que estariam se bandeando para o lado de Jardel Sebba. É claro que esse tipo de reunião é sempre bom, principalmente para mostrar para a sociedade que o grupo não estava unido só pela eleição e que tinham sim um projeto comum para a cidade, mas a verdade é que enquanto não existir uma definição sobre quem de fato é o prefeito eleito de Catalão a Presidência da Câmara estará indefinida.

E digo isso porque o cargo de presidente está intimamente ligado ao Prefeito, de quem nenhum vereador quer ser inimigo, nem o presidente da Câmara. A única vez que o presidente da Câmara foi adversário do prefeito foi no primeiro mandato do Adib, quando Silvano foi eleito com o voto de desempate do Cesar da PC, que teria sido supostamente convencido a votar em Deusmar, mas que na hora do vamos ver votou no Silvano. Depois disso aconteceram as tradicionais mudanças de partido (na época podia) e o próximo presidente foi o Zé Tomate, na sequência Deusmar, depois Cesar da PC, seguido de Deusmar e Deusmar de novo. Portanto, se Adib for o prefeito a chance de ser alguém da base do PMDB é de 100% (provavelmente Deusmar), mas se Jardel conseguir confirmar sua vitória junto ao TSE aí muda tudo.


É claro que se o Jardel for o prefeito ele vai querer emplacar o seu candidato a presidente (provavelmente Silvano Mecânico) e tentará convencer alguns membros da base PMDBista a passar para o seu lado, mas tal situação também abre uma possibilidade (remota, mas plausível) para alguém da base PMDBista ser o presidente, desde que se apresente como um nome de consenso e que seja alguém mais flexível e não identificado historicamente com o PMDB. Nesse cenário os nomes mais prováveis seriam o de Paulo Cesar e de Gilmar Antônio, pois ambos vieram da oposição e são mais experientes que Sargento Anísio e Daniel do Floresta. Vandeval, Jurandir e Deusmar possuem a tal identificação histórica com o PMDB e, provavelmente, não se sujeitariam a apoiar Jardel, nem mesmo em troca da presidência da casa, ao menos eu acho isso.


Assim, enquanto não se definir de fato quem é o prefeito ficaremos sem poder afirmar com certeza quem será o próximo presidente da Câmara, até mesmo se será alguém da base PMDBista ou PSDBista, pois tudo depende de negociações futuras. No entanto, uma coisa é certa: se o Regimento da Câmara ao invés de prever eleição entre os pares para escolha do presidente e fosse o critério do mais votado no pleito teríamos, ao menos nos dois primeiros anos, uma condução dos trabalhos do legislativo muito mais independente e livre de amarras do que estamos acostumados a ver hoje em dia.

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25 de outubro de 2012

7 motivos para amar uma cidade

Gostei bastante de um texto que li na coluna de Ruth de Aquino, publicado na Revista Época em 02/10/2012, e resolvi compartilhar alguns trechos aqui. O texto completo pode ser lido em
http://revistaepoca.globo.com/Mente-aberta/ruth-de-aquino/noticia/2012/10/7-motivos-para-amar-uma-cidade.html

"O que é uma cidade? Não existe definição ideal. A cidade sou eu, é você. Se é o lugar onde se dorme, acorda, trabalha, caminha e trafega, onde se ama, briga e morre, a cidade é bem mais que um amontoado de concreto e verde – é uma experiência de bem-estar ou mal-estar. Alguns se tornam reféns de sua cidade, sequestrados por circunstâncias profissionais, financeiras e familiares. Alguns vivem onde desejam. É aí que os defeitos da cidade incomodam como traições de mulher amada. Só nós podemos criticar – forasteiros não.

1. Amo as cidades que sabem se reinventar, como o Rio de Janeiro, que deixou de ser a sede tropical da corte portuguesa, capital do império e da república e, graças a Deus, capital cultural do Brasil, título careta e equivocado num país cuja diversidade cultural não respeita território e dispensa uma capital. O Rio soube transformar uma decadente Lapa em polo de atração capaz de arrancar os jovens da Barra da Tijuca de seus condomínios para se divertir com outros jovens, do resto da cidade, nas rodas de samba e chorinho. Soube resgatar o carnaval de rua, fazendo do Centro e de cada bairro passarelas tão ou mais atraentes que o Sambódromo globalizado. 

2. Amo as cidades que têm esquinas e, principalmente, quando ocupadas por padarias e botequins, para a gente ouvir pela manhã o balconista gritar: “Salta uma média no copo e um pão na chapa”. À noite, na volta para casa, uma rápida parada no boteco predileto, jogando conversa fora com um cara que você nunca viu antes, ouvimos deliciados e com sotaque lusitano: “Salta uma gelada que o freguês tem pressa”.

3. Amo as cidades amigáveis, que tratam bem habitantes e visitantes e onde, num único quarteirão, a gente possa encontrar quase tudo. Amigável com crianças, velhos e namorados, que dispõem de uma pracinha perto de casa. Com os visitantes, pela gentileza da população e por uma sinalização urbana feita para evitar que qualquer um se perca. A cidade amigável nos salva do ataque de flanelinhas, motoristas de vans e taxistas inescrupulosos, garçons e vendedores mal-humorados, que adoram errar no troco, falsos guias turísticos e toda a sorte de gente capaz de fazer um turista jurar que nunca mais bota os pés ali.

4. Amo as cidades com entretenimento para todas as idades, independentemente de quanto temos no bolso. Se der sorte de a cidade ter praia, metade do problema está resolvido. Parques, museus, centros culturais, bibliotecas e shows devem oferecer entrada franca. Amo as cidades com locais para confraternizar a céu aberto.

5. Amo as cidades que preservam da ganância dos especuladores as suas montanhas, matas, praias, lagoas, florestas, seus parques e manguezais. Onde o ar se respira, e a poluição não nos sufoca nem nos adoece.

6. Amo as cidades que respeitam sua história e sua arquitetura e, por isso, se tornam donas de uma força misteriosa que faz com que moradores, até os mais cosmopolitas, relutem em se afastar, apegados aos bairros onde vivem, às paisagens conhecidas, aos prédios e monumentos e também às praças, ruas, travessas e becos, repletos de significados.

7. E amo, sobretudo, as cidades inclusivas, onde todos possam exercer sua cidadania. Uma cidade onde crianças não oferecem balas e fazem malabarismos a cada sinal de trânsito, porque estão brincando em casa ou estudando nas escolas. Uma cidade sem moradores de rua e, se os tiver, que garanta a eles compreensão, abrigo e oportunidade. Onde nenhum trabalhador perca horas preciosas para chegar ao emprego. Onde os donos das ruas não sejam os carros particulares, mas o transporte público de qualidade. Onde a divisão entre morro e asfalto só exista na lembrança dos mais velhos ou nos livros de história, para não esquecer como é triste e perigoso viver numa cidade dividida. Onde os governantes saibam ouvir e governem para todos, discretamente. E que tenham horror às obras suntuosas."

E aí? Nossa cidade tem esses requisitos? Concorda com eles? O que podemos fazer para melhorar a nossa cidade? A cidade é uma construção coletiva e cabe a cada um de nós fazer sua parte por uma cidade melhor, cada um a sua maneira dando sua contribuição, seja desenvolvendo a cultura, cultivando a paz, combatendo a violência, cuidando do meio-ambiente, ajudando os menos favorecidos, enfim, todos nós trabalhando pelo bem comum do lugar onde vivemos.


23 de outubro de 2012

O trânsito nosso de cada dia...

E o trânsito de Catalão, hein?!

É um tema que foi pouco falado durante o período eleitoral. Muito se falou sobre transporte coletivo, mas sobre trânsito mesmo, tráfego de veículos, de pessoas, estacionamentos, número de veículos, melhora das vias de trânsito... quase nada.

E porque será? Acho que é unanimidade que um dos grandes desafios de nossa cidade é racionalizar o tráfego de veículos, principalmente no Centro da cidade. E transitar pelo Centro é um grande problema porque tudo está lá: as grandes lojas, a rede bancária, clínicas, laboratórios, órgãos públicos, o SAMU... e aí não dá para colocar a culpa exclusivamente na SMTC por não dar conta de organizar o trânsito, como é que transitam trinta mil veículos por dia em vias feitas para comportar no máximo dez mil e acomodar tudo isso com intenso tráfego de pedestres? 

Um das propostas que sempre ouvimos é que a solução passa pela contratação de um engenheiro de trânsito. É claro que o trabalho desse profissional é de extrema importância, mas se não houver um compromisso do próximo prefeito em propor a modificação do Plano Diretor do Munícipio e descentralizar serviços públicos, o trabalho do engenheiro de trânsito será apenas mais um paliativo, pois os problemas só mudariam de direção, mas continuariam os mesmos.

E nem é preciso fazer uma engenharia gigantesca para o trânsito fluir. Medidas pequenas como a diminuição de cruzamentos e a proibição de retornos em certos pontos já contribuiria enormemente para o tráfego de veículos. Outra coisa é estacionamento rotativo (zona azul), que os comerciantes parecem ser contra, mas se descentralizar serviços públicos a pressão por vagas no Centro diminuiria, e o estacionamento rotativo em áreas comerciais funciona em todo lugar, porque não funcionaria em Catalão? Além disso é preciso melhorar o transporte coletivo, e não falo só da qualidade dos ônibus, mas principalmente garantir o horário e o tempo gasto em trânsito pelo usuário. Se não é possível confiar no horário em que o ônibus vai passar e no tempo que será "perdido" ao optar pelo coletivo como fazer com que o cidadão deixe seu veículo na garagem e opte pelo ônibus? E aí sabemos que o meio de transporte preferido por quem quer agilidade e rapidez para chegar ao trabalho é uma moto, que está envolvida em 8 de cada 10 acidentes, ou seja, aumenta mais um problema para o trânsito.

Uma coisa é certa, o assunto é complexo e ninguém tem a solução definitiva para o trânsito de Catalão, mas não existe controvérsia que algo precise ser feito com urgência para diminuir os problemas, sob o risco de nos tornarmos uma cidade do interior com trânsito de capital, com engarrafamento, poluição, estresse e todo tipo de mal provocado pelo grande número de veículos em nossas apertadas vias.


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22 de outubro de 2012

Momento de reflexão


Quando comecei com o blog eu tinha um objetivo claro: polemizar! Daí a primeira postagem, dando a entender que o foco seria política e o que os políticos fazem. Daí também o nome do blog "O que é que todo mundo quer falar", mas hoje tristemente constatei que esse objetivo é muito pequeno frente aos desafios que enfrentamos diariamente em nossa cidade, e como alguém que se julga capaz de criar um debate qualificado de ideias para nossa Catalão não poderia continuar com um objetivo tão pequeno.

E o pior é a causa: um celular! Já não basta tanta violência ocorrendo em nossa cidade por conta de drogas, agora colegas começam a se matar por causa e discussões bestas. Os religiosos diriam que é falata de Deus, eu digo que é ausência de respeito pelo próximo e pela vida. Há pouco tempo um trabalhador foi morto covardemente em uma padaria por conta do troco do pão, agora por causa de um celular dois perderam a vida, absurdo!

Diante dessa tragédia me pus a pensar: nossa cidade está crescendo e se desenvolvendo, estamos ficando mais ricos (ou menos pobres) a cada dia e a violência em Catalão aumenta diariamente e nós ficamos tão bitolados com a política que esquecemos de pensar nos vários problemas da cidade, esquecemos de debater o que é verdadeiramente importante e ficamos nos apegando a picuinhas... isso não pode continuar.

Certa vez ouvi que Catalão deveria se "uberlandizar", no sentido de união dos políticos após a eleição municipal, algo que ocorre em Uberlândia, e de uma forma geral nas cidades mineiras, e mais do que nunca isso é verdade, precisamos mesmo unir nossa classe política e a sociedade para fazer de nossa cidade um lugar cada vez melhor para se viver.

Por isso mudei o nome do blog, porque o objetivo não é polemizar e provocar as pessoas, mas sim provocar a reflexão e a mobilização da sociedade, porque se estivermos juntos podemos fazer a diferença e pensar nossa cidade para os desafios dos próximos anos, para que Catalão seja para todos, para aqueles que nasceram aqui e para aqueles que escolheram aqui para viver e criar sua família, uma cidade do interior do Brasil que dê gosto de morar, desenvolvida econômica e socialmente, unida politicamente e sem violência, para dar exemplo ao resto do País de como fazer através da união uma cidade próspera e sem violência, e a partir de hoje esse será o propósito do Blog do Robertinho (Bão pra Sabão), claro que com bom humor e tiradas inteligentes, para chamar a atenção dos políticos quando necessário, mas com o objetivo de provocar a reflexão para melhorar nossa sociedade, nada além disso.


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Roubos, assaltos, mortes e drogas

A violência em Catalão está beirando o absurdo... ontem à noite foram assassinados dois homens, ainda não se sabe exatamente o motivo, mas como quase tudo o que vem ocorrendo na cidade a Polícia suspeita que tenha a ver com drogas.

Há bem pouco tempo era raro um crime dessa espécie, e quando alguém era assassinado se sabia exatamente o porque e quem matou, agora todos os meses tem gente morrendo, pelos motivos mais fúteis e na maioria dos casos há a desgraça da droga envolvida. 

Não sei mesmo onde vamos parar com isso, mas é preciso dar um basta, exigir do Governo do Estado que aja rápido e com rigor para que nossa cidade não se transforme em uma das cidades do entorno de Brasília, porque do jeito que vai é isso que está se desenhando: furtos, roubos, assaltos a mão armada, mortes... de uma forma ou de outra relacionados a drogas. 

Precisamos de mais Polícia, mais investigação, mais punição para traficantes e, o principal, mais Educação e emprego para as pessoas de nossa cidade e para aquele que estão chegando. Está vindo gente de todo lugar do Brasil para Catalão, mas sem ter emprego para todos o resultado é a violência e se não acudirmos rápido estaremos fadados a nos tornar iguais a Valparaíso ou Luziânia...


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Quem vai pular primeiro?


Ao final de todo processo eleitoral o resultado normal do pleito é produzir duas situações que são assumidas pelos atores envolvidos no pleito: aos vencedores o papel de situação, aos vencidos o de oposição. Em todo lugar é assim e em Catalão não poderia ser diferente, ou poderia?

Pois bem, as urnas em Catalão decretaram a vitória de Jardel Sebba e vamos trabalhar com a hipótese que ele será empossado prefeito, portanto os candidatos a vereador que estavam a seu lado e foram eleitos passam a ser vereadores de situação e os candidatos eleitos pela coligação de Adib assumirão naturalmente seu lugar na oposição. Assim é o normal e assim é que deveria acontecer, no entanto essa situação é desconfortável para o prefeito eleito, pois a coligação do PMDB elegeu mais vereadores (nove) do que a coligação do PSDB (oito) e aí Jardel teria uma Câmara de oposição, o que não é bom para nenhum prefeito e por isso é natural que o prefeito procure vereadores da oposição e tente trazê-los para o seu lado, afinal garantir a governabilidade é fundamental. Mas a pergunta fundamental não é SE Jardel vai conseguir convencer alguém a passar para seu lado e sim QUEM vai passar primeiro?

É uma vergonha que isso ocorra, mas é praticamente uma tradição em nossa cidade: os vereadores eleitos para ser oposição mudam de lado, quase que durante a apuração dos votos. Basta lembrar os últimos eleitos pela oposição: Paulo Cesar e Gilmar, eleitos pela coligação de Maria Ângela, Sargento Anísio, eleito em 2004 pela coligação de Jardel, Jair Humberto, eleito em 2008, também pela coligação de Jardel... todos mudaram de lado, não conseguiram exercer o importante papel de oposição. Esse retrospecto não significa que os três (Paulo Cesar, Gilmar e Anísio) serão os primeiros a pular para o lado de Jardel, mas que o histórico deles leva a supor isso leva sim.

Dos atuais eleitos acho que só não vão passar para o lado de Jardel os vereadores Deusmar, Vandeval e Jurandir. E não é porque são do PMDB não, mas porque são extremamente vinculados a história do partido em Catalão e, principalmente, ao Adib. Já os demais (Donizete, Leonardo Bueno e Daniel do Floresta) só não vão passar se existir alguma restrição pelo lado de lá, caso contrário Jardel terá uma Câmara muito mais amigável do que Adib (ou Velomar) jamais teve.

E qual o mal do sujeito mudar de lado? O importante não é apoiar o que é bom para a cidade? Como ajudar o povo sendo contra o prefeito? O grande problema é que o vereador deveria ser eleito para ser fiscal do prefeito e para isso o papel de oposição é extremante importante, para apontar equívocos e provocar mudanças. Oposição não é importante? Basta lembrar o que a ausência de oposição nos ultimos 12 anos provocou em nossa cidade.

E mais: tem gente que já está decretando o fim da carreira política de um certo vereador do PMDB, mas é prematuro dizer que daqui a quatro ou mesmo dois anos o sujeito estará morto eleitoralmente e a história é sempre uma ótima consultora nesses casos, mas isso já é assunto para outra postagem...


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20 de outubro de 2012

O que é que todo mundo quer falar?

Muita coisa, imagino eu. A maioria não pode ser dita, sob o risco de mágoa, ofensa, a pessoa que falou ser taxado de politicamente incorreta, preconceituosa... entre outras consequências. Mas que todo mundo tem vontade de falar muita coisa tem e na maioria das vezes não se manifesta por conta do que mencionei anteriormente, males da boa vizinhança e da civilidade em sociedade.

Mesmo assim resolvi fazer um blog, para falar aquilo que eu quiser sobre todo e qualquer assunto que vier à minha cabeça, sem censura e sem receio de ser taxado de politicamente incorreto, intransigente, burro e outros adjetivos menos carinhosos.

E como gosto de política, especialmente a política de minha cidade, falarei muito sobre esse tema. Em especial sobre os atores principais, aqueles que colocamos para nos representar, seja na situação ou na oposição, de acordo com o resultado da última eleição.

E porquê então o blog se chama "O que todo mundo que falar"? deveria ser só o que o Roberto quer falar, certo? Em parte sim, mas como os comentários serão liberados para postagem sem qualquer moderação, para quem quiser falar o que tiver vontade, seja sobre os temas postados (ou mesmo sugerir outros que podem virar posts no futuro), sem censura, sem necessidade de identificação (claro que se identificando é mais interessante), para o blog ser um espaço de debate de ideias sem partidarismo, sem puxa-saquismo e, o melhor, sem limites para quem quiser um espaço de manifestação.

Esse é o objetivo. Aqui não vai ter defesa apaixonada de Adib ou de Jardel, não vai ter crítica pessoal a qualquer agente público, mas não serão perdoados aqueles que se vendem, que trocam a vontade dos eleitores pela ganância e principalmente aqueles que não cumprirem o papel para o qual foram eleitos: representar o povo!

Logo teremos o primeiro post dedicado a essa temática. É um assunto que está bombando, mas poucos falam abertamente: Quais serão os primeiros vereadores eleitos com o Adib que irão pular para o lado do Jardel?

Em breve, sem partidarismo, com português correto e com comentários liberados!!!

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