Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Quem produziu o falso extrato de uma conta bancária inexistente do senador Romário na Suíça? Esta é a pergunta da hora.
Foi a própria Veja? Ou alguma “autoridade” vazou o “documento” para a revista?
Isso é crime - e crime grave!
Publicar o documento sem checar a autenticidade dele com o banco da Suíça é apenas demonstração da degradação jornalística de Veja.
Que tem precedentes.
Em 17 de maio de 2006 a revista publicou uma “reportagem” intitulada “A Guerra nos Porões”, com o subtítulo: "O banqueiro Daniel Dantas tem uma lista com contas em paraísos fiscais que seriam do presidente Lula e do resto da cúpula do PT".
A “reportagem” era assinada por Marcio Aith, posteriormente assessor de imprensa de José Serra durante a campanha eleitoral e agora assessor do governador paulista Geraldo Alckmin.
Na ocasião, Veja publicou a lista:
Foi a própria Veja? Ou alguma “autoridade” vazou o “documento” para a revista?
Isso é crime - e crime grave!
Publicar o documento sem checar a autenticidade dele com o banco da Suíça é apenas demonstração da degradação jornalística de Veja.
Que tem precedentes.
Em 17 de maio de 2006 a revista publicou uma “reportagem” intitulada “A Guerra nos Porões”, com o subtítulo: "O banqueiro Daniel Dantas tem uma lista com contas em paraísos fiscais que seriam do presidente Lula e do resto da cúpula do PT".
A “reportagem” era assinada por Marcio Aith, posteriormente assessor de imprensa de José Serra durante a campanha eleitoral e agora assessor do governador paulista Geraldo Alckmin.
Na ocasião, Veja publicou a lista:
Qual foi a justificativa da revista para publicar uma lista mesmo sem ter confirmação de sua veracidade?
“Submetido a uma perícia contratada pela revista, o material apresentou inúmeras inconsistências, mas nenhuma suficientemente forte para eliminar completamente a possibilidade de os papéis conterem dados verídicos”, escreveu o autor.
Como questionei à época, “se você achar na lixeira um papel com graves acusações contra qualquer um e não conseguir comprovar a autenticidade dele ou dos dados contidos nele, PUBLIQUE!”.
O ex-ministro Luiz Gushiken, ao qual foram atribuídos 902 mil euros, processou a revista. Depois de longos oito anos, quando ele já havia falecido, a sentença condenatória da revista foi confirmada em segunda instância (ou seja, provavelmente continua tramitando nas instâncias superiores).
Dizia a sentença, divulgada pelo Escrevinhador: “A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
No caso de Romário, para agravar a situação hoje a revista dispõe de um grupo de blogueiros que disseminam as mentiras publicadas no impresso pelas redes sociais ou defendem o indefensável de maneira patética.
A Luciana Cerqueira (@lucianaccc) observou, no twitter, o comportamento de um deles:
“Submetido a uma perícia contratada pela revista, o material apresentou inúmeras inconsistências, mas nenhuma suficientemente forte para eliminar completamente a possibilidade de os papéis conterem dados verídicos”, escreveu o autor.
Como questionei à época, “se você achar na lixeira um papel com graves acusações contra qualquer um e não conseguir comprovar a autenticidade dele ou dos dados contidos nele, PUBLIQUE!”.
O ex-ministro Luiz Gushiken, ao qual foram atribuídos 902 mil euros, processou a revista. Depois de longos oito anos, quando ele já havia falecido, a sentença condenatória da revista foi confirmada em segunda instância (ou seja, provavelmente continua tramitando nas instâncias superiores).
Dizia a sentença, divulgada pelo Escrevinhador: “A Veja dá a entender que não eram fantasiosas as contas no exterior. E não oferece um único indício digno de confiança. Infere, da identidade dos acusadores e dos interesses em jogo, a verdade do conteúdo do documento. A falácia é de doer na retina.”
No caso de Romário, para agravar a situação hoje a revista dispõe de um grupo de blogueiros que disseminam as mentiras publicadas no impresso pelas redes sociais ou defendem o indefensável de maneira patética.
A Luciana Cerqueira (@lucianaccc) observou, no twitter, o comportamento de um deles:
Na noite de ontem, às 19h15m,
o Viomundo foi o primeiro site a publicar a existência do documento
enviado pelo banco suíço a Romário (que pede, inclusive, investigação ao
Ministério Público da Suíça).
Luciana Cerqueira notou que o blogueiro de Veja poderia ter esperado mais um minutinho antes de escrever besteira.
Às 22:07, ele achou uma forma de acusar os “blogs sujos”.
Às 22:08 a revista Veja publicou no twitter sua retratação!
Seria cômico, não fosse trágico.
Luciana Cerqueira notou que o blogueiro de Veja poderia ter esperado mais um minutinho antes de escrever besteira.
Às 22:07, ele achou uma forma de acusar os “blogs sujos”.
Às 22:08 a revista Veja publicou no twitter sua retratação!
Seria cômico, não fosse trágico.
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