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Pensamentos aleatórios

11 de fevereiro de 2014

A morte do cinegrafista da Band, a hipocrisia da grande mídia e a falência da política dos Black Blocs!*


A morte do funcionário da BAND na manifestação na cidade do Rio de Janeiro causada por um rojão está sendo explorada pelos principais meios de comunicação do país com o objetivo de conquistar a opinião pública para repudiar as manifestações de rua que crescem em 2014... O alvo são os Black Blocks e o plano é fortalecer o sentimento de medo para que as pessoas fiquem em casa e não saiam mais as ruas para participar das manifestações.

As reportagens se esforçam em ligar a morte do cinegrafista à “violência dos manifestantes”, sem citar que o principal fator que desencadeia os conflitos é a ação truculenta da polícia militar de responsabilidade do Governador do Rio de Janeiro. Essa não é a primeira morte nos conflitos de rua desde junho de 2013 que também tem tido muitos feridos nos confrontos. Quem não se lembra da fotografa da folha de São Paulo que foi atingida no olho por bala de borracha pela PM de Alckimin?


Na outra ponta do debate é possível identificar em situações como essas o fracasso completo da política aplicada pelos Black Blocks... Ao optar pela tática do enfrentamento sistemático com a polícia seja qual for a manifestação, os Black blocks abrem espaço para possibilidades de tragédias (como a morte do cinegrafista) dando oportunidades para que a grande mídia e as forças reacionárias do estado organizem uma forte propaganda contra as manifestações. 

Quando polemizávamos em 2013 com os Black Blocks era para demonstrar que a tática usada pelos mesmos ajuda e facilita o trabalho da repressão e não o contrário. Pois ao perder o apoio da opinião publica com o episódio do Rojão que atingiu o cinegrafista Santiago Andrade, os Black Blocks se isolam e ficam desprotegidos politicamente... O clima de terror pode atrair centenas, mais afasta milhões pelo simples fato dos trabalhadores estarem dispostos a ir as ruas por uma causa, mas sem correr o risco de perder a vida. Uma mãe ou um pai de família pensa mil vezes antes de colocar a sua vida em risco numa manifestação, afinal precisa voltar pra casa cuidar dos seus filhos que são seus dependentes.

Esperamos que esse fato possa levar tod@s os ativistas Black blocks a romperem com essa política e assumirem os métodos de luta da classe trabalhadora sem ações sectárias e ultraesquerdistas que afastam e causam medo de ir às ruas... O ódio de classe contra os governos e a burguesia que são os principais responsáveis pelas mazelas do país é justo, mas deve sempre levar em consideração a consciência dos trabalhadores e as ações que os mesmos estão dispostos a realizar.Caso contrário o caminho será o isolamento e a derrota política completa!


Nesse momento histórico que vivemos... Não vamos mudar o país com centenas nas ruas quebrando vitrines e se enfrentando permanentemente com a polícia como heróis de uma causa sem programa político! Vamos mudar o país com milhões nas ruas agitando bandeiras que fazem parte de um programa político que aponta uma profunda transformação social nesse país a favor dos trabalhadores...

*Publicado originalmente no Facebook de Gibran Jordão. 

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