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Pensamentos aleatórios

30 de junho de 2013

Plebiscito em Marte

Texto de Guilherme Fiúza, publicado originalmente em O Globo.com, em 29 de junho de 2013.



Os parasitas da nação estão em festa. Os efeitos dos protestos de rua estão tomando o melhor caminho possível (para eles): constituinte, plebiscito, pré-sal... Os parasitas estão gargalhando em seus gabinetes. Sempre souberam que embromariam a multidão, mas não esperavam que fosse assim tão fácil.Ao fim da primeira semana de manifestações, Dilma foi à TV. Nas ruas, os protestos contra o aumento das passagens de ônibus mostravam o óbvio: a volta da inflação enfim tirara os brasileiros de casa. O transporte era só o item mais visível da escalada de preços em todos os setores. A vida ficou mais apertada – e a paciência acabou. Como todos sabem (ou deveriam saber), o governo popular abandonou a meta de inflação para irrigar sua formidável máquina de duas dezenas de ministérios. Mas na TV, Dilma parecia uma porta-voz dos revoltosos.

A presidente disse que os anseios das ruas eram os mesmos do seu governo. É preciso coragem para soltar um disparate desses sem gaguejar. O tal governo que anseia por mudanças governa o país há dez anos. E Dilma não deu uma palavra sobre gastos públicos – ou, em português, sobre a orgia orçamentária que seu partido preside no Estado brasileiro. Pregou a melhoria dos serviços públicos (supostamente os do Brasil), no momento em que seu governo bate mais um recorde de despesas – como sempre reduzindo os investimentos e aumentando o custeio (a verba dos companheiros). É preciso muita desinibição.

O projeto parasitário é desinibido porque a opinião pública é trouxa. E o pronunciamento da presidente foi engolido pelos brasileiros, incapazes de relacionar a inflação e a queda dos serviços com a administração perdulária e inepta da grande gestora.

Se o movimento que encanta o país fosse minimamente lúcido, cercaria o Palácio do Planalto depois desse pronunciamento. Poderia anunciar, pacificamente, que só sairia de lá com a extinção de pelo menos cinco ministérios inúteis, mantidos para alimentar correligionários. Ou com o compromisso da presidente de voltar a respeitar a meta de inflação. Ou denunciando o escândalo da “contabilidade criativa”, pelo qual o governo do PT passou a fraudar seu próprio balanço – seguindo a escola Kirchner-Chávez –, escondendo dívidas para poder gastar mais com cargos e propaganda.

Será que os heróis das ruas não percebem que é isso o que mais infla o custo de vida (e as passagens de ônibus)?

Não, não percebem. Uma líder do movimento declarou ao “Jornal Nacional” que a próxima prioridade era a reforma agrária... Aí os parasitas estouraram o champanhe. Era a senha para mandarem Dilma tirar da cartola uma constituinte: reforma política! (mesmo balão de ensaio usado por Lula quando estourou o mensalão). E o truque colou. Tiraram a constituinte de cena, mas deixaram o Brasil entretido no debate lunático sobre um plebiscito do crioulo doido. De brinde, Dilma prometeu transformar a “corrupção dolosa” em crime hediondo. Eles venceram de novo.

Enquanto gritam por cidadania, educação, dinheiro do pré-sal e felicidade geral, os revoltosos urbanos estão absolvendo Rosemary Noronha – a protegida de Lula e Dilma na invasão fisiológica das agências reguladoras (responsáveis pelos serviços que a presidente promete melhorar...). Estão absolvendo as quadrilhas que dominaram o PAC – reveladas pela CPI do Cachoeira, que Dilma abafou e nenhum manifestante reclamou. Estão chancelando todos os denunciados na época da faxina imaginária que continuam dando as cartas no governo, como o ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel. Os revoltosos estão sancionando a sucção e cantando o Hino Nacional.

Fica então uma sugestão de pergunta para o plebiscito: o Brasil prefere ser roubado por corrupção dolosa ou indolor?


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Charge do dia

O antes e o depois...


Amor de vó

Amor de avó é tão meigo...


Rolou até menáge!!!

28 de junho de 2013

A raiz dos problemas do Brasil


Em tempos de manifestação clamando por mudanças sociais, de reformas profundas no estado brasileiro e no entendimento que a raiz dos problemas de nosso país está na política, o texto abaixo, disponível na revista Superinteressante do mês de julho, dá uma iluminada no debate que está acontecendo e dá um norte, um foco, a seguir:

"O grande problema do Brasil hoje é que os políticos não trabalham para nós, como deveria ser. O patrão deles não é o povo: é o sujeito que assina o cheque que banca sua campanha eleitoral. Essa questão está na raiz de praticamente todas as bobagens que os governos municipais, estaduais e federal têm cometido nos últimos anos (usinas gigantescas feitas mais para agradar construtoras que para gerar energia; regras que prejudicam empreendedorismo, saúde pública, meio ambiente, para beneficiar alguém grandão; cidades que só cuidam do setor imobiliário e esquecem das pessoas; saúde, educação, transporte entregues aos tubarões etc.).

Campanhas eleitorais são caríssimas e, quase sempre, quem tem mais dinheiro ganha. Os eleitores vão às urnas escolher se preferem o PT, o PSDB, o PMDB, o DEM, o PSD, o PQP. O que eles não sabem é que, no fundo, essa escolha não tem muita importância, porque quem banca cada um desses partidos são sempre os mesmos: grandes construtoras, incorporadoras, bancos, gigantes do agronegócios, dos alimentos, das bebidas alcoólicas. São eles que pagam as contas das campanhas eleitorais."

Essa é a rede que precisa ser contida. Mais do que punir os corruptos ou ampliar a transparência dos atos públicos, o principal é mudar a forma como as eleições são financiadas, estabelecendo limites de gastos, financiamento exclusivamente público das campanhas e punindo com a perda do mandato a prática do Caixa Dois ou a compra de votos. 

Se as campanhas políticas forem iguais, em matéria de estrutura e gastos, o destaque serão as propostas e o comprometimento dos candidatos com o bem público, e aí sim o debate será qualificado e a população vai dar mais atenção ao processo político escolhendo aquelas pessoas realmente comprometidas com a função pública e não com o próprio bolso ou de quem financiou sua campanha.

Tudo que foi conseguido até o momento com as manifestações recentes foi positivo, é claro (links abaixo), mas é apenas um melzinho na chupeta para diminuir a insatisfação e a mobilização do povo. A raiz do problema é muito mais profunda e este é o momento histórico que o brasileiro não pode perder para mudar essa situação, basta não ceder a tentação de generalizar as demandas, a classe política está assustada e a faca e o queijo estão em nossas mãos como nunca estiveram antes.

Notícias recentes dos resultados das manifestações:



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Será que a reforma política vai dar conta?


Reunião de emergência

Em vista dos protestos, a presidenta convoca uma reunião de emergência:



Vídeo de ontem (27/06), do Porta dos Fundos. Detonando a política brasileira como só eles sabem fazer.

27 de junho de 2013

Charge do dia

Sob pressão funciona?


A verdadeira história da Copa das Confederações

A Copa das Confederações é um torneio de futebol organizado pela FIFA entre seleções nacionais a cada quatro anos (a partir de 2005, anteriormente a cada dois anos). Os participantes são os seis campeões continentais mais o país-sede e o campeão mundial, perfazendo um total de oito países. É escolhida uma única seleção para cada continente, excetuando a América, pois ela classifica duas seleções: a seleção campeã da "Copa Ouro", cujo torneio é disputado entre a América do Norte, América Central e Caribe e a "Copa América", disputada pelos países que compõem a América do Sul.

A primeira edição foi disputada na Arábia Saudita, em 1992, sendo chamada de Copa Rei Fahd. A terceira edição, também na Arábia Saudita, teve seu status incrementado, o número de países participantes aumentado para oito e o nome mudado para Copa das Confederações da FIFA. Em 2001 o torneio foi sediado pela Coréia do Sul e Japão como uma prévia para a Copa do Mundo de 2002. A partir de 2005 este precedente foi repetido antes de todas as Copas do Mundo (Alemanha, sediou a Copa das Confederações 2005, África do Sul - Copa das Confederações 2009; e Brasil - Copa das Confederações 2013), servindo para testar a preparação do país-anfitrião de cada Copa do Mundo e proporcionar competição à sua seleção nacional, uma vez que não disputa os torneios de qualificação.

Essa é a história oficial, mas como tudo na vida é uma versão dos fatos, contada por aqueles que estão no poder. Nos quadrinhos abaixo está a verdadeira história por trás da criação da Copa das Confederações e o motivo não tem nada a ver com fair play...



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Stand-up dos protestos

Quem disse que não pode se pode rir com os protestos? Rafinha Bastos prova que é possível sim achar graça no meio da indignação do brasileiro:

"Vinte centavos não é nada? Fica devendo isso no crediário na C&A pra você ver!"

26 de junho de 2013

As manifestações e a mudança de opinião dos políticos

É bem assim mesmo:


Práticas políticas em tempos de Facebook

As redes sociais, especialmente o Facebook, vem mudando a forma como os políticos agem. Desde o cuidado na hora de expor a opinião, passando por montagem de verdadeiras forcas-tarefas de mobilização virtual, chegando até a preocupação exclusiva com a repercussão na rede social, conforme demonstram as charges abaixo:




Charge do dia

O pacto da Dilma:


Circulo Vicioso

Tudo que vai... volta!


25 de junho de 2013

Trilha sonora das manifestações II

Outra música que tem tudo a ver (não tudo "haver") com a recente onda de protestos que vem sacudindo o país: a banda é Disturbed e a música é"Land of Confusion", o vídeo é bem legal e a letra da música também. O detalhe é que a banda é internacional e o clipe não é recente recente, mas que é exatamente o que esta acontecendo nesses últimos dias aqui no Brasil. Segue o clipe legendado em português:



A letra da música e a tradução:


Land Of Confusion
I must've dreamed a thousand dreams
Been haunted by a million screams
But I can hear the marching feet
They're moving into the street

Now did you read the news today
They say the danger's gone away
But I can see the fire's still alight
They're burning into the night

Too many men, too many people
Making too many problems
And not much love to go round
Can't you see this is the land of confusion

This is the world we live in
And these are the hands we're given
Use them and let's start trying
To make it a place worth living in

Oh Superman where are you now
Everything's gone wrong somehow
The men of steel, men of power
Are losing control by the hour

This is the time, this is the place
So we look for the future
But there's not much love to go round
Tell me why this is the land of confusion

This is the world we live in
And these are the hands we're given
Use them and let's start trying
To make it a place worth living in

I remember long ago
Oh when the sun was shining
And the stars were bright all through the night
And the sound of your laughter as I held you tight
So long ago

I won't be coming home tonight
My generation will put it right
We're not just making promises
That we know we'll never keep

Too many men, too many people
Making too many problems
And not much love to go round
Can't you see this is the land of confusion

This is the world we live in
And these are the hands we're given
Use them and let's start trying
To make it a place worth fighting for

This is the world we live in
And these are the names we're given
Stand up and let's start showing
Just where our lives are going to


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Terra da Confusão
Devo ter sonhado mil sonhos
E ter sido assombrado por milhões de gritos
Mas consigo ouvir o passo de marcha
Eles estão indo para as ruas

Agora, você leu o jornal hoje?
Eles dizem que o perigo se foi
Mas eu posso ver o fogo ainda aceso
Eles estão queimando noite adentro

Há homens demais, pessoas demais
Fazendo muitos problemas
E não há amor suficiente para inverter isso
Você não vê que esta é a terra da confusão?

Este é o mundo em que vivemos
E estas são as mãos que nos são dadas
Use-as e vamos começar a tentar
Fazer deste um lugar em que valha a pena viver

Oh Superhomem, onde está você agora?
Quando tudo parece estar errado de alguma forma?
O homem de aço, este homem poderoso
Estão perdendo o controle pela hora

Esta é a hora, este é o lugar
Então olhemos para o futuro
Mas não há amor suficiente para inverter isso
Me diga porque esta é a terra da confusão

Este é o mundo em que vivemos
E estas são as mãos que nos são dadas
Use-as e vamos começar a tentar
Fazer deste um lugar em que valha a pena viver

Eu lembro tempos atrás
Quando o sol brilhava
E todas as estrelas eram brilhantes a noite inteira
No despertar desta loucura, enquanto segura você firme
Tanto tempo atrás

Não voltarei para casa hoje à noite
Minha geração deixará tudo certo
Não estamos apenas fazendo promesas
As quais sabemos que não vamos cumprir

Há homens demais, pessoas demais
Fazendo muitos problemas
E não há amor suficiente para inverter isso
Você não vê que esta é a terra da confusão?

Este é o mundo em que vivemos
E estas são as mãos que nos são dadas
Use-as e vamos começar a tentar
Fazer deste um lugar pelo qual valha a pena lutar

Este é o mundo em que vivemos
E estes são os nomes que nos são dados
Levante-se e vamos começar a mostrar
Para onde nossas vidas estão indo

Charge do dia

Corrupção será crime hediondo!!!


Catalano faz sucesso no Youtube

Ah, o Youtube, essa incrível ferramenta de compartilhamento de vídeos da internet, sempre produzindo celebridades instantâneas. Na maioria das vezes ligadas a uma pagação de mico ou a um sucesso musical (o clipe "Para nossa alegria" e o "Pintinho Piu que o digam") e agora o sucesso do momento é o vídeo "Capa da Gaita" filmado em Três Ranchos e protagonizado pelo catalano Anderson Ramos. 

O vídeo está entre os destaques na capa do site, já passou de 350 mil visualizações em menos de 48 horas de exibição. E não é que a musiquinha é legal?! Segue o vídeo para confirmação do fato:



Anderson Ramos é natural da cidade de Araguari (MG) e reside atualmente em Catalão, onde é empresário do ramo de suplementos Alimentares e Fisiculturista.


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Cobertura imparcial dos protestos

Nada como assistir a cobertura imparcial dos protestos nos telejornais das grandes redes de TV...


22 de junho de 2013

A bela (e despolitizada) manifestação em Catalão


E Catalão aderiu às manifestações que estão sacudindo o Brasil. E foi uma manifestação bonita, pacífica, ordeira, sem vandalismo, com presença maciça de jovens, mas também de idosos e até crianças com seus pais. Cerca de 3.500 pessoas saíram as ruas para reivindicar melhorias no transporte público, contra a corrupção e melhores serviços públicos. A manifestação organizada por estudantes universitários e professores, contou com o apoio da população que pedia meio passe estudantil, instalação de abrigos nos pontos de ônibus, acessibilidade, ampliação do número de linhas, entre outras reivindicações. Teve também os protestos contra a PEC 37, contra a Cura Gay, faixas de "Fora Marconi", de "Jardel invista no CRAC", entre outras. Segundo a Polícia Militar, foi a maior manifestação já ocorrida na cidade de Catalão. Até o prefeito Jardel  liberou os servidores municipais para participar. Que lindo! Que belo momento passa nossa cidade!

Será mesmo?

Quem está acompanhando no noticiário sabe que as manifestações começaram em Goiânia, no dia 22 de maio, em reação indignada da população goianiense ao aumento do preço do transporte coletivo na capital, de R$ 2,70 para R$ 3,00; em seguida os protestos se repetiram em São Paulo e no Rio de Janeiro, pelo mesmo motivo: indignação pelo aumento no preço do transporte coletivo; na sequência o protesto se repetiu em Curitiba, Salvador, Fortaleza e culminou em Brasília, com a ocupação da marquise do Congresso Nacional, e os motivos, cujo estopim foi o preço das passagens do coletivo, foi a indignação geral do brasileiro, que finalmente resolveu gritar contra a impunidade e corrupção no país, além da enorme carga tributária e da descrença com a classe política em geral, em todos os níveis e esferas de governo. Daí os protestos se espalharam por várias cidades e, organizados pelas redes sociais, culminaram nesse dia nacional de protesto (20 de junho) onde, estima-se, mais de 1 milhão e meio de pessoas foram às ruas, mostrar toda a sua indignação com o descaso histórico dos governantes brasileiros com o seu povo. E é justamente nesse ponto que a manifestação em Catalão pecou: onde estava a indignação dos catalanos?

O que provocou a manifestação em Catalão? Qual foi o estopim que fez nossa sociedade explodir? Qual foi a gota d'água que fez transbordar o copo de insatisfação dos catalanos? Nada! Não existiu. O que houve foi uma bela (e despolitizada) passeata pelas ruas da cidade, com muita gente bonita, belos cartazes, várias reivindicações, as mais diversas e genéricas palavras de ordem... e só! Se a realização da mesma serviu só para marcar presença e mostrar que Catalão participou desse momento histórico para o país foi muito pouco. E além de ser pouco é extremamente prejudicial ao movimento que ocorre no país, porque descaracteriza-o como movimento de resistência e reivindicação.

O que mais se viu no Facebook depois da manifestação foram fotos de felizes e simpáticos manifestantes, segurando os seus cartazes feitos à mão, com pincel atômico ou tinta guache, com os mais variados dizeres, sendo o mais repetido: "Desculpe o transtorno, mas estamos mudando o país". Lindo, mas se pessoa não sabe porque está se manifestando ou contra o quê protesta qual será o resultado desse movimento? Só pode ser o fracasso, claro.

Em Catalão teve de tudo: a mesma pessoa que pagou 400 reais para ir ao jogo da Seleção em Brasília, e xingou os manifestantes que lá estavam, participou da manifestação criticando os investimentos do Governo na Copa das Confederações, sem ter noção da incoerência de suas ações. E o mesmo sujeito que pedia melhoras no transporte público nunca andou de coletivo, então como ele sabe que é ruim? Conhecimento teórico da coisa? E o que dizer das pessoas que reivindicavam melhor educação, mas são contra o movimento de professores por melhores salários? E aquele que reivindicava melhores condições de trabalho, mas quando seus colegas fazem greve para isso ele não participa? Pois é, estavam lá todos esses tipos. Protestando? Não, farreando, porque a manifestação em Catalão não foi um protesto, mas sim uma festa popular, e festas não mudam um país.

Pode sim ter sido importante realizar o movimento. Ao menos deixou o prefeito com uma pulga atrás da orelha e serviu para lembrá-lo de uma de sua principais promessas de campanha, mas é decepcionante ver que o único resquício de real indignação dos catalanos tenha sido as faixas da torcida do CRAC, criticando o parco repasse de verba do município para o clube, até parece que não há mais nada que revolte o povo de Catalão. Mas enquanto as manifestações em nossa cidade forem apenas um espaço de festa para encontrar os amigos e registrar os momentos no Facebook isso será uma triste verdade e tem tudo a ver com a charge no início desse texto.
 
 
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21 de junho de 2013

Charge do dia

O que pensam os manifestantes que querem mudar o Brasil...


Trilha sonora das manifestações

Até quando? Até junho de 2013!

Tem tudo a ver com o momento atual...


O clipe é de 2001, vencedor do prêmio de melhor edição do VMB daquele ano, dirigido por Oscar Rodrigues Alves.

Composição de Gabriel o Pensador, Itaal Shur e Tiago Mocotó, gravada em "Seja Você Mesmo Mas Não Seja Sempre o Mesmo", quinto álbum do rapper, lançado em 2001.

LETRA:

Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
muda que o medo é um modo de fazer censura

Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?

Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo
Você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!

A polícia
Matou o estudante
Falou que era bandido
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!

A polícia só existe pra manter você na lei
Lei do silêncio, lei do mais fraco
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!

Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!

Até quando você vai ficar levando porrada,
até quando vai ficar sem fazer nada
Até quando você vai ficar de saco de pancada?
Até quando?


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Manifestações no Brasil são notícia no NY Times

O New York Times publicou, nesta quinta-feira, 20/06, uma charge sobre os protestos no Brasil, que mostra a presidente Dilma Rousseff, de dentro do Palácio do Planalto, observando uma multidão que protesta do lado de fora, com fogo, fumaça, carro virado, em meio a cartazes e objetos arremessados. “Isto nos faz parecer um país de terceiro mundo”, diz a Dilma retratada com uma espécie de faixa presidencial. Ao lado ela, uma pessoa não identificada emenda: “Pior: (parecer) a Europa”. 

O autor da charge é Patrick Chappatte, cartunista editorial do International Herald Tribune. Veja:



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20 de junho de 2013

Craques do futebol debatendo as manifestações

Romário e Maradona x Pelé e Ronaldo:






Se os "ídolos do esporte" têm essa compreensão política das manifestações, o que poderíamos esperar dos nossos políticos?


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Charge do dia

Escolhendo a roupa para a manifestação de logo mais:



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Ricardo Boechat é o cara!

Ricardo Boechat é um jornalista brasileiro. Já esteve presente nos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Trabalha diariamente como âncora de dois jornais nas redes (de rádio da BandNews FM e de televisão, a Band) do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Ele é ganhador de três prêmios Esso. Na Band, ele também foi diretor de jornalismo. Boechat tem uma coluna semanal na revista IstoÉ.

Boechat é um dos jornalistas há mais tempo em atividade no país e, por isso, tem liberdade total na Band para emitir sua opinião, o que ele faz com muita propriedade.

Segue o comentário dele de ontem, dia 19/06, feito na rádio BandNews FM, sobre as manifestações e o discurso da Presidente Dilma, onde o jornalista classifica de ridículas as reações dos governantes aos protestos dos últimos dias. 



19 de junho de 2013

Charge do dia


O discurso da Dilma

A presidente Dilma Rousseff aproveitou o discurso em cerimônia de lançamento do novo marco regulatório da mineração nesta terça-feira, 18, para elogiar as manifestações pacíficas que tomaram conta das principais capitais brasileiras. Para Dilma, o "Brasil hoje acordou mais forte". Abaixo o discurso completo:



"O Brasil, hoje, acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia, a força da voz da rua, e o civismo da nossa população", discursou a presidente, sendo interrompida por aplausos da plateia, formada em boa parte por políticos. Para Dilma, "essas vozes das ruas precisam ser ouvidas" e ultrapassam os "mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos políticos, das entidades de classe e da própria mídia".

E ela está ouvindo mesmo, igualzinho reproduzido na charge abaixo:



Pior do que isso, só  entrevista do Jardel falando os motivos para não dar dinheiro para o CRAC...

Vídeo absurdo do dia

Não se faz Copa do Mundo com hospitais:


Alguém tem que avisá-lo que também não se faz suruba com travestis!!!

Vale a pena assistir e compartilhar

O vídeo abaixo intitulado “No, I’m not going to the World Cup (Não, eu não vou para a Copa do Mundo, em inglês)” foi postado no Youtube na manhã de segunda-feira (17/06) pela brasileira Carla Toledo Dauden, de 23 anos, que há quatro mora em Los Angeles (EUA). Nele, vários questionamentos sobre os altos gastos da Copa do Mundo em contraste com algumas das mazelas brasileiras. O vídeo já atingiu 770 mil visualizações. Embora falado em inglês é uma síntese do que está acontecendo e vale a pena ser assistido até o fim, principalmente pela colagem do discurso da Dilma aos países participantes da Copa com algumas imagens do noticiário nacional:


Esse vídeo foi gravado antes dos recentes protestos no Brasil, mas agora com tudo isso acontecendo, é ainda mais evidente que a Copa e as Olimpíadas não deveriam ser nossa prioridade. 


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18 de junho de 2013

Uma das melhores cenas das manifestações recentes

Esse eu vi no Blog do Marcelo Tas:



Esta cena diz mais que qualquer palavra sobre a noite de ontem, no Brasil.

Este é apenas um dos vários videos filmados dentro das escadas rolantes da Estação Pinheiros, do metrô de São Paulo, que circulam na internet.

Será que quinta-feira, em Catalão, conseguiremos produzir algo assim? Em breve um texto sobre isso...



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