Um é sucesso de público, o outro de crítica (negativa), mas ambos estão falados na cidade.
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A Culpa não é do Jardel
Boa parte da população de Catalão tem reclamado do sistema de saúde de Catalão. E com justa razão. Nos postos de saúde, no Centro de Pediatria e até no Materno Infantil falta materiais básicos. E isso é inadmissível, pois, a prefeitura tem repassado para a secretaria de Saúde mais que os 15% exigidos por lei. Eu disse mais que 15% da arrecadação do município. Portanto, não é falta de dinheiro.
Então qual a explicação para a situação caótica da saúde do município? A explicação, que muita gente não sabe, é que está faltando eficiência na gestão da secretaria de Saúde, comandada hoje por Dr. Abadio. Estranhamente, quando foi convidado por Jardel para assumir o cargo, Abadio fez uma exigência: que sua equipe fosse formada por ele mesmo. Jardel aceitou e disse que só cobraria resultado dessa equipe.
Mais estranho ainda, é que os principais cargos da secretaria de Saúde são ocupados por adversários políticos de Jardel. Pior: eles não entendem nada de saúde pública. Então, está aí a explicação para a profunda deficiência do setor da saúde de Catalão. Por ser o responsável por toda administração pública de Catalão, Jardel poderia demitir o secretário, que não está correspondendo às expectativas, mas talvez pela amizade e a elevada consideração que tem por Dr. Abadio, Jardel fica numa situação incômoda. Nesse caso, melhor seria se Abadio admitisse que não está dando conta do recado e pedisse pra sair. Seria a melhor solução.
Ataque feito por amigos, colegas ou aliados. Expressão utilizada em guerras quando algum ataque ou bombardeio atinge as próprias tropas ou as tropas aliadas, normalmente por erro de cálculo ou de interpretação. Diz-se, também, de atitudes de traição.
Maioria dos prefeitos goianos não tem política de comunicação e acredita que arroz com feijão (limpar a cidade e tapar buracos) pode definir a próxima eleição
Nunca antes da história de Goiás uma safra de prefeitos se saiu tão mal, do ponto de vista administrativo, como a atual.
É fácil examinar a situação dos municípios goianos e concluir que, sejam grandes, médios ou pequenos, quase todos padecem sob gestões medíocres – de cabo a rabo não há uma única cidade do interior goiano onde foi erigida ou está em andamento uma obra de expressão e significado para a comunidade, por conta das Prefeituras.
Politicamente, o resultado dessa ineficiência geral será a derrota dos atuais prefeitos, seja como candidatos à reeleição, seja apresentando um sucessor, no pleito de 2016.
Mas o pior é que, além da falta de projetos, as prefeituras goianas não têm qualquer política de comunicação e não sabem como chegar aos seus cidadãos, explicar a situação (que financeiramente é difícil para todos) e mostrar as alternativas adotadas e os objetivos pretendidos. Isso, se houver, porque, no geral, não há.
Quase todas as prefeituras dispõem do cargo de secretário de Comunicação (pelo menos as médias e grandes), mas a vaga é desperdiçada em conchavos políticos e preenchida com “comunicadores” improvisados e dominados pelo provincianismo.
O quadro político dos municípios, assim, é desolador. Não há destaques – e a maioria dos prefeitos continua acreditando que limpar a cidade e tapar buracos, funções básicas de qualquer administração, deveria obrigar a população a ter um sentimento de gratidão e votar neles para a reeleição ou nos seus candidatos.
Não é por aí.
Inauguração do asfalto no Jardim Paraíso |
Inauguração do asfalto no Setor Marconi |