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Pensamentos aleatórios

31 de julho de 2017

“Goiás na Frente”, do governo Marconi, não emplaca e só 3% do prometido é investido nos municípios

Por Cloves Reges Maia


Notícia publicada na coluna “Giro” desta segunda-feira, 31, do Jornal O Popular e assinada pela jornalista Fabiana Pulcinelli, informa que o alardeado programa do governo de Marconi Perillo “Goiás na Frente” derrapou e apenas 3% do que foi prometido para o semestre teria sido de fato realizado. O programa, lançado no fim de março, promete investimento público de R$ 6,195 bilhões até o fim de 2018.

De acordo com as informações do jornal, o governo de Goiás registrou R$ 183,4 milhões em investimentos liquidados no primeiro semestre deste ano, valor que representa 3% da promessa de aplicação do Goiás na Frente. Segundo a jornalista que assina a matéria, em despesas empenhadas, que são aquelas reservadas para efetuar um pagamento planejado para o ano, o Estado registrou R$ 1,26 bilhão para a rubrica. Já o valor liquidado refere-se a quando o serviço é executado e o valor pago é aquilo que de fato foi para o fornecedor – total de R$ 90,8 milhões no primeiro semestre. O Estado atualizou para R$ 2,94 bilhões a dotação de investimentos para o ano. Ou seja, terá seis meses para empenhar mais R$ 1,67 bilhão e liquidar R$ 2,92 bilhões.

As informações revelam que o programa, que tem encabeçado todas as propagandas do governo de Goiás, não saiu do papel e que as andanças do governador Marconi Perillo pelo Estado afora, juntamente com seu vice e candidato ao governo em 2018, José Eliton, não passam de promessas de uma campanha eleitoral extemporânea. Vale frisar, ainda, que o governo de Goiás conta apenas com os recursos da venda da Celg, cerca de R$ 800 milhões e a promessa de investir mais de R$ 6 bilhões, apenas em recursos públicos, até 2018 é apenas um discurso dessa campanha fora de hora.

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Atos falhos da base aliada


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Um governo que bate recordes


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28 de julho de 2017

Cinco por cento de popularidade?


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Bom Dia, Sol (ou não)!!!


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UFG está entre as melhores universidades da América Latina


A Universidade Federal de Goiás (UFG) está na lista de melhores universidades da América Latina. O levantamento foi divulgado pela instituição britânica Times Higher Education (THE). 

A UFG está na 51ª posição e obteve maiores notas nos quesitos Citações e Pesquisa. Levando-se em consideração apenas as universidades brasileiras que aparecem no ranking, a UFG está na 19ª colocação à frente de outras federais brasileiras, como a do Paraná (UFPR) e do Rio Grande do Norte (UFRN). O melhor índice obtido pela UFG foi em citações, de 47,8.

No entanto, apesar do destaque, a discrepância entre a UFG e as duas primeiras colocadas, que também são brasileiras (Unicamp, que lidera o ranking, e a USP, vice-campeã), é gritante. A Universidade Estadual de Campinas obteve 87,9 de média geral, enquanto a Universidade de São Paulo, 87,5.

O resultado mostra a superação de professores, estudantes e técnicos da instituição que mesmo diante do cenário alarmante de corte de verbas para as universidades federais se desdobram e conseguem melhorar os índices acadêmicos da instituição, que seriam muito melhores com os recursos previstos no orçamento.

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Temer supera Dilma em tudo


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27 de julho de 2017

Resultado do Processo Seletivo para contratação de professores temporários em Catalão

Em tempos de crise econômica e carência de empregos chama a atenção o fato de que boa parte dos selecionados no Processo Seletivo Simplificado 002/2017, para contratação de professores temporários para escolas, creches e CMEIS da Secretaria Municipal de Educação de Catalão ainda não tenha comparecido à Secretaria para entrega de documentos e assinatura do contrato.

O início das atividades dos selecionados é dia 31 de julho, próxima segunda-feira, por isso divulgo aqui no blog o resultado preliminar da seleção para que os candidatos confiram se seu nome está na lista e compareçam amanhã ainda para tomarem conhecimento de em qual unidade escolar vão trabalhar e regularizarem a o vínculo para o início das atividades.

Segue o resultado:


A despedida de Evaristo Costa

O apresentador Evaristo Costa se despediu do “Jornal Hoje”, programa que comandava há 13 anos, nesta quinta-feira (27/7). “Me despeço do Jornal Hoje e de todos vocês. Essa foi minha última apresentação, de tantas, ao longo dos meus 14 anos aqui com vocês. Muito obrigado pelo carinho nesse tempo todo. E até breve”, disse antes dos créditos.

Enquanto ouvia o discurso, Sandra Annenberg estava visivelmente emocionada. “Obrigado também, Sandra, pela parceria”, continuou Evaristo.

“Obrigada, eu, por esses 14 anos nesta bancada. Eu te desejo todo sucesso e toda felicidade do mundo na nova caminhada”, agradeceu a colega de bancada.

Os dois deram um aperto de mão antes do encerramento do jornal e se abraçaram antes dos créditos finais.

O apresentador confirmou, em vídeo postado no Instagram, que realmente pediu demissão e está deixando a Rede Globo.

Segundo ele, foi uma decisão muito difícil de ser tomada, mas que não se arrepende. “Estou feliz por ter tomado essa decisão, ainda mais feliz por ter feito tudo certinho até aqui. Agradeço aos meus milhões de fãs, seguidores, esses não vão se ver livres de mim tão cedo. E agradeço à minha família. Em especial a Amalia [sua esposa], a Francesca e a Antonella [suas filhas], que por tantos dias, Natais, feriados, fins de semana, abriram mão do esposo e do pai pacientemente”, explicou.

Por fim, Evaristo Costa relatou que precisa “descansar”, não só o corpo mas também a mente.

Veja o momento da despedida:


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A Justiça agindo em defesa do povo?


Durou pouco!!!

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Gravando o pronunciamento


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14 de julho de 2017

Após vitória, Edward tira férias da política


O professor da UFG, Edward Madureira, foi uma das melhores candidaturas na política em 2014. Disputando mandato de deputado federal pelo PT ele somou 58.466 votos, dos quais 32.123 em Goiânia e 2.837 em Catalão, sendo o quarto candidato mais votado no município naquele pleito. Edward ficou na primeira suplência, mas demonstrou que é possível ser bem votado, mesmo sem apoio de grandes grupos financeiros – como é regra na maioria das campanhas de deputados federais. “Tivemos uma grande votação e a maioria destes votos foi resultado de nossa passagem pela universidade”, aponta.

Após as eleições, Edward Madureira foi sondado para ser secretário de Educação no município de Goiânia, pelo ex-prefeito Paulo Garcia (PT), e teria tido convite também para ocupar a mesma função no governo do Estado. Em entrevista à Rádio 730, no programa Primeira Hora da Notícia, Madureira confirma as sondagens, mas garante que optou pelo projeto de retornar à reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), cargo que havia ocupado antes no período de 2006 a 2013.

Eleito para um novo mandato para o quinquênio 2017/2022 com 5.762 votos, equivalente a 60% dos votos válidos, Edward garante que irá cumprir todo este período, descartando a possibilidade de ser candidato novamente a deputado federal nas eleições do ano que vem, ou uma candidatura à Prefeitura de Goiânia em 2020. Mas após cumprir o seu período, a partir de 2022, o projeto político não está descartado.

Filiado ao Partido dos Trabalhadores, ele avisa que irá se desligar da legenda. Seu entendimento é que o cargo de reitor de uma universidade pública é incompatível com a militância partidária. “É um tema que trato com muita tranquilidade. Entendo que o reitor precisa ter um diálogo suprapartidário, como eu tive com a bancada federal de Goiás nos oito anos que estive na reitoria. Apesar de não haver nenhum óbice de não me sentiria confortável no cargo de reitor estando filiado a qualquer partido político”, explica. Segundo Madureira, a desfiliação vai ocorrer, no tempo certo, “sem apressar nada a gente vai fazer esta desvinculação, e entendo que este diálogo tem que ser com todos. A universidade tem pessoas de todas as matizes políticas e a gente tem que defender este patrimônio”, reitera.

Crítico à política de cortes do governo federal nas verbas para Educação e Saúde, Madureira frisa que pretende ter um relacionamento institucional com o presidente Michel Temer, mas avisa que não abre mão de se posicionar sobre aquilo que entende ser ruim para o sistema federal de ensino. “Vamos fazer uma frente com os reitores de universidades e dos institutos federais, pois entendemos que a única saída deste país é o investimento maciço em Educação”, acredita.

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12 de julho de 2017

Aprovada no Senado a Reforma Trabalhista


Algumas das alterações da reforma:

1) Se você ganha mais de R$ 2.212,52, será obrigado a arcar com as custas processuais. Demitido sem receber salários e rescisão, deverá pagar para acionar a Justiça, ainda que não tenha garantia alguma de que irá receber após anos de litígio, e a escola dos filhos, aluguel e demais contas não serão levados em conta para avaliação da gratuidade judiciária.

2) Se você realizou horas extras durante um ano e não recebeu em holerite, ou mesmo se as comissões não foram pagas, seu patrão poderá quitar tudo isso pagando metade, 1/4 (dependerá do humor dele) do que te deve, e você não poderá reclamar as diferenças na Justiça do Trabalho, conforme artigo artigo 507-B do projeto de lei;

3) Se você trabalha no chão de fábrica e ganha R$ 2.000,00, caso venha a sofrer um acidente de trabalho (no Brasil são cerca de 700 mil por ano), fique ciente que sua integridade física valerá menos que a do gerente da fábrica, que ganha seus R$ 10.000,00, pois o artigo 223-G é informa que "sua vida vale o quanto você ganha";

4) Se você faltar a sua audiência (por inúmeras razões), será obrigado a pagar custas para o Estado e sairá devendo os honorários do advogado da empresa (artigo 844, parágrafo 2º c/c art. 791-A);

5) Seu empregador poderá contratar você como PJ, sonegando impostos, contribuições sociais, férias, 13º, FGTS, DSR, horas extras, e você não terá para quem reclamar (art. 442-B) - autorização de fraude;

6) Se for contratado pela modalidade intermitente (art. 443), poderá ficar sem receber salário mínimo, férias, 13º se o empregador assim desejar.

7) Dívidas trabalhistas poderão ser integralmente fraudadas através da criação de novas empresas e da transferência dos contratos de trabalho (art. 448-A);

8) Será autorizada a rescisão contratual por mútuo acordo. Ou seja, ninguém mais será mandado embora, mas será gentilmente convidado a se retirar (art. 484-A) e o empregador economizará dinheiro na rescisão;

9) Se você ganha mais de R$ 11.062,62, negociará de igual para igual seus direitos trabalhistas em uma Câmara de Arbitragem (art. 507-A);

10) Você não tem direito a decidir qual sindicato irá te representar (unicidade sindical), mas será obrigado a aceitar os acordos por ele realizados, que prevalecerão sobre a lei, e os acordos serão espúrios, eis que acabará a contribuição sindical obrigatória;

11) Será lícito ao empregador, pela negociação coletiva, eliminar direitos sem estabelecer contrapartidas, o que contraria o atual entendimento dos Tribunais Trabalhistas;

12) Se o seu sindicato, que será enfraquecido, estipular uma norma em prejuízo dos sindicalizados, você não terá direito de contestar o conteúdo dessa norma na Justiça;

13) A mulher gestante poderá trabalhar em ambiente insalubre, sob ruído, sol, poeira, dentre outros agentes, desde que um médico subscreva autorização (art. 394-A);

14) Fim da homologação perante os sindicatos (que já não assegura direitos). A homologação poderá ser feita na própria empresa, ou seja, sem qualquer possibilidade de indagação dos valores consignados (art. 855-B), transformando o Juiz do Trabalho em um carimbador.

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A Lava Jato subiu no telhado...

Por Elder Dias.


Uma gravação incrimina o presidente da República, envolve congressistas e lança o País em mais um escândalo. Logo a seguir, surge o cenário em que o Palácio do Planalto nega qualquer culpa e passa a trabalhar para se preservar, mesmo diante das evidências: articula com deputados, oferece ministérios a partidos aliados e tenta acelerar todo o rito processual para evitar que o tempo trabalhe contra si.

Parece história recente? Parece. E até é, de fato. Mas também reconta outra trama, de 20 anos atrás. Em maio de 1997, gravações jogaram na berlinda a aprovação da emenda da reeleição na Câmara dos Deputados. Dois parlamentares, Ronivon Santiago e João Maia, confessaram ter vendido o voto a favor da reeleição por R$ 200 mil. O intermediador teria sido Sérgio Motta, então ministro das Comunicações e homem-forte do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – que jogava tudo para a aprovação da emenda constitucional. Pela lógica de hoje, haveria um prato cheio para a descontinuidade do mandato – o impeachment – e não por seu acréscimo por mais quatro anos.

O presidente da Câmara era um certo Michel Temer, homem da mais estrita confiança do presidente; o líder do partido governista na Câmara, um certo Aécio Neves. Para matar no nascedouro as pretensões de uma CPI – que chegou a ocorrer, mas durou apenas três horas –, o governo brindou o PMDB com duas pastas na Esplanada de Brasília, uma delas a dos Transportes, para um certo Eliseu Padilha. A outra foi o Ministério da Justiça, que caiu no colo do então senador Iris Rezende. Resultado: a “operação abafa”, como ficou conhecida a manobra, se deu no dia 16 de maio; seis dias após, a CPI era sepultada, com a renúncia de Santiago e Maia, ameaçados de cassação.

Eram outros tempos, sem Operação Lava Jato, sem Polícia Federal agindo de forma intensiva e por vezes até midiática e, principalmente, com uma Procuradoria-Geral cujo comandante durante os dois governos FHC foi Geraldo Brindeiro, conhecido também como “engavetador-geral da República – em tempo, uma das denúncias arquivadas por ele foi a da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição.

Duas décadas depois, é impressionante a naturalidade com que a imprensa noticia as mesmas negociatas para sobrevivência do presidente flagrado em ato de prevaricação – para dizer apenas um dos crimes de responsabilidade cometidos por Michel Temer na temerária conversa noturna com o empresário espertalhão Joesley Batista.

Com todos os recursos tecnológicos, redes sociais e o olho invisível e presente do “big brother”, é incrível como a velha política teima em resistir à custa das mesmas velhas estratégias. Mais incrível ainda é que ela demonstre força para pôr em risco a maior investigação de todos os tempos sobre os altos círculos do poder. É isto: a Lava Jato pode, sim, estar no fim. Os sinais de alerta são vários.

É bem verdade que a operação nunca foi unanimidade e cometeu açodamentos, ilegalidades e exageros. A mão foi bem mais pesada contra o PT, o que seria, de certa forma, até natural, haja vista ter sido o partido que esteve no centro do poder durante mais de 13 anos. De qualquer forma, a população sedenta de uma política mais limpa, independentemente de coloração ideológica, via nela – e muitos ainda veem – uma chance de mudar o sistema.

Ocorre que o sistema é forte, antigo e resistente. E, pelas brechas deixadas pela investigação, vão surgindo as oportunidades para “estancar a sangria” e “fechar um acordo”, expressões trocadas entre o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e Romero Jucá (PMDB-RR) na conversa pouco republicana que fez o senador se tornar o primeiro ex-ministro da era Temer.

Ao contrário dos tempos do impeachment de Dilma, a Lava Jato já não tem o apoio unânime da imprensa hegemônica e é contestada frontalmente por figuras importantes do Judiciário. O principal adversário da operação nesse Poder é Gilmar Mendes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que passou a entender a investigação como uma anarquia promovida por Sérgio Moro e um bando de justiceiros.

Um passo importante para o enfraquecimento da Lava Jato foi a decisão da Polícia Federal de extinguir o grupo de trabalho exclusivo da investigação em Curitiba, depois de ter um terço de seu orçamento cortado pelo governo. Porém, o maior sustentáculo que dava poder à investigação e agora tem faltado, de certa forma, é o apoio popular. Não que ele não exista: as redes sociais provam que há ainda a sensação de que não acabou e que as pessoas “querem mais”. Mas falta “rua” para canalizar esse apoio de maneira efetiva e efusiva. Os milhões que pintaram de amarelo as principais avenidas do País para tirar Dilma Rousseff (PT) da Presidência não parecem tão dispostos a usar a mesma energia contra Michel Temer, Aécio Neves e todos os demais, mesmo com provas mais robustas de corrupção e malfeitorias. O temor é o mesmo das lideranças dos antigos movimentos pró-impeachment – dos quais o Movimento Brasil Livre (MBL) foi o principal – e tem muito mais a ver com política do que com economia: usam a muleta da necessidade de estabilidade do País para evitar agir de forma eticamente coerente e necessária, mas que poderia ter como efeito colateral o reforço à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que está no meio do caminho entre a cadeia de Curitiba e a cadeira da Presidência.

Há vários procedimentos questionáveis, como o abuso do instituto da prisão preventiva e da delação premiada com grandes benesses, desde que seja entregue de bandeja alguém mais poderoso e mais “interessante”. Alguns chegam a dizer que as investigações tinham perdido força para as delações há tempos. O generoso acordo de delação fechado pelo procurador-geral Rodrigo Janot com a cúpula da JBS, deixando esta praticamente impune, foi claramente também um tiro no pé, em termos de credibilidade.

Mas a derrocada da Lava Jato veio pelo pecado que costuma derrubar as grandes empreitadas: a vaidade. Quando Deltan Dallagnol apresentou slides em Power Point para demonstrar que Lula era a cabeça de todo o esquema, se dizendo “convicto”, mas sem apresentar provas, já era sinal de que algo não andava bem com o ego dos envolvidos.

A Lava Jato não morreu. Ainda não. Mas, como diz a história da vizinha que não queria assustar a avó ao dar de uma vez só a notícia da morte do gato durante a viagem da velhinha, a operação “subiu no telhado”. E se tudo acabar em pizza, como há 20 anos, será apenas mais uma evidência de que, como Nação, definitivamente não sabemos fazer a coisa certa.

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Direto na cabeça


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7 de julho de 2017

Temer sincero: em vídeo no Twitter, Temer comete gafe e diz que seu governo tem feito "voltar o desemprego".

Em viagem à Alemanha, Michel Temer cometeu uma gafe ao divulgar, nesta sexta-feira (7), no Twitter, um vídeo no qual afirma que o governo tem feito "voltar o desemprego".

Temer está no país para participar da cúpula do G20, grupo que reúne as 20 principais economias do mundo. Na gravação, o presidente explica o que fez durante o dia:

"Em outra sessão [do G20], também se discutiu a questão dos negócios internacionais, das relações internacionais. E cada país fez um relato daquilo que está fazendo no seu país, como eu pude fazer um relato do que estamos fazendo no Brasil, gerando, exatamente, inflação baixa, reduzindo os juros, fazendo voltar o desemprego e combatendo a recessão"

Confira o vídeo:


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Polícia Federal confirma o fim da Lava Jato em Curitiba; panelas seguem mudas

Por Cynara Menezes:


A Polícia Federal divulgou nota nesta quinta-feira, 6 de julho, confirmando notícia veiculada pelo site da revista Época sobre o fim do grupo de trabalho da Lava-Jato em Curitiba. A justificativa oficial é de que “a medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário”. No entanto, os delegados deixarão de se dedicar com exclusividade à “maior operação contra a corrupção da história”, como a Lava-Jato era chamada antes da queda de Dilma Rousseff. À Época, investigadores falaram em “asfixia” da investigação.

Em maio, o governo Temer já havia reduzido o número de delegados da Força-Tarefa de nove para quatro e cortado a verba da PF, fato que nunca havia acontecido durante o governo Dilma. Pelo contrário: em março do ano passado, antes do impeachment, um dos procuradores da Lava-Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, chegou a elogiar a independência que as investigações da PF e do Ministério Público alcançaram nos governos Lula e Dilma, coisa que não ocorria na época de Fernando Henrique Cardoso.

“Aqui temos um ponto positivo que os governos do PT têm a seu favor. Boa parte da independência do Ministério Público e da Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político, fato que tem que ser reconhecido. Os governos anteriores realmente mantinham o controle”, disse Santos Lima então.

Desde que o golpe se concretizou, o roteiro traçado no já célebre diálogo entre o senador governista Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, está se cumprindo à risca, reforçando cada vez mais a suspeita de que tiraram Dilma do cargo para acabar com a Lava-Jato. A “sangria” está sendo estancada diante dos olhos dos brasileiros, enquanto o Supremo (“com o Supremo, com tudo”) cuida de libertar políticos acusados de receber dinheiro vivo das mãos de empresários corruptos. Não se ouvem panelas.


Leia a íntegra da nota da PF abaixo:

Sobre a nota “PF acaba com grupo de trabalho da Lava Jato em Curitiba”, veiculada no portal da revista Época, a Polícia Federal informa:
Tendo em vista que cada delegado do Grupo de Trabalho da Lava Jato possuía cerca de vinte inquéritos cada um, essa equipe, juntamente com o Grupo de Trabalho da Operação Carne Fraca, passou a integrar a Delegacia de Combate à Corrupção e Desvio de Verbas Públicas (DELECOR);
2. A medida visa priorizar ainda mais as investigações de maior potencial de dano ao erário, uma vez que permite o aumento do efetivo especializado no combate à corrupção e lavagem de dinheiro e facilita o intercâmbio de informações;
3. Com a nova sistemática de trabalho, nenhum dos delegados atuantes na Lava Jato terá aumento de carga de trabalho, mas, ao contrário, ela será reduzida em função da incorporação de novas autoridades policiais;
4. O número de policiais dedicados a essas investigações chega a 70;
5. A iniciativa da integração coube ao Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado do Paraná, delegado Igor Romário de Paula, coordenador da Operação Lava Jato no estado, e foi corroborada pelo Superintendente Regional, delegado Rosalvo Franco;
6. O modelo é o mesmo adotado nas demais superintendências da PF com resultados altamente satisfatórios, como são exemplos as operações oriundas da Lava Jato deflagradas pelas unidades do Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, entre outros;
7. Também foi firmado o apoio de policiais da Superintendência do Espírito Santo, incluindo os delegados Márcio Anselmo e Luciano Flores, ex-integrantes da Operação Lava Jato;
8. O atual efetivo na Superintendência Regional no Paraná está adequado à demanda e será reforçado em caso de necessidade;
9. Conforme nota divulgada no dia 21/05/2017, deve-se ressaltar que as investigações decorrentes da Operação Lava Jato não se concentram somente em Curitiba, mas compreendem o Distrito Federal e outros dezesseis estados;
10. Desde o início, a Polícia Federal, de forma republicana e sem partidarismos, trabalha arduamente para o êxito das investigações, garantindo toda a estrutura e logística necessária para o esclarecimento dos crimes investigados.

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Estancando a sangria


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Indignado com a injustiça


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A roda que nunca para de girar


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3 de julho de 2017