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Pensamentos aleatórios

28 de junho de 2013

A raiz dos problemas do Brasil


Em tempos de manifestação clamando por mudanças sociais, de reformas profundas no estado brasileiro e no entendimento que a raiz dos problemas de nosso país está na política, o texto abaixo, disponível na revista Superinteressante do mês de julho, dá uma iluminada no debate que está acontecendo e dá um norte, um foco, a seguir:

"O grande problema do Brasil hoje é que os políticos não trabalham para nós, como deveria ser. O patrão deles não é o povo: é o sujeito que assina o cheque que banca sua campanha eleitoral. Essa questão está na raiz de praticamente todas as bobagens que os governos municipais, estaduais e federal têm cometido nos últimos anos (usinas gigantescas feitas mais para agradar construtoras que para gerar energia; regras que prejudicam empreendedorismo, saúde pública, meio ambiente, para beneficiar alguém grandão; cidades que só cuidam do setor imobiliário e esquecem das pessoas; saúde, educação, transporte entregues aos tubarões etc.).

Campanhas eleitorais são caríssimas e, quase sempre, quem tem mais dinheiro ganha. Os eleitores vão às urnas escolher se preferem o PT, o PSDB, o PMDB, o DEM, o PSD, o PQP. O que eles não sabem é que, no fundo, essa escolha não tem muita importância, porque quem banca cada um desses partidos são sempre os mesmos: grandes construtoras, incorporadoras, bancos, gigantes do agronegócios, dos alimentos, das bebidas alcoólicas. São eles que pagam as contas das campanhas eleitorais."

Essa é a rede que precisa ser contida. Mais do que punir os corruptos ou ampliar a transparência dos atos públicos, o principal é mudar a forma como as eleições são financiadas, estabelecendo limites de gastos, financiamento exclusivamente público das campanhas e punindo com a perda do mandato a prática do Caixa Dois ou a compra de votos. 

Se as campanhas políticas forem iguais, em matéria de estrutura e gastos, o destaque serão as propostas e o comprometimento dos candidatos com o bem público, e aí sim o debate será qualificado e a população vai dar mais atenção ao processo político escolhendo aquelas pessoas realmente comprometidas com a função pública e não com o próprio bolso ou de quem financiou sua campanha.

Tudo que foi conseguido até o momento com as manifestações recentes foi positivo, é claro (links abaixo), mas é apenas um melzinho na chupeta para diminuir a insatisfação e a mobilização do povo. A raiz do problema é muito mais profunda e este é o momento histórico que o brasileiro não pode perder para mudar essa situação, basta não ceder a tentação de generalizar as demandas, a classe política está assustada e a faca e o queijo estão em nossas mãos como nunca estiveram antes.

Notícias recentes dos resultados das manifestações:



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