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Pensamentos aleatórios

26 de março de 2013

Mais um fora do Deputado Marco Feliciano


O vídeo acima foi divulgado segunda-feira da semana passada (18/03) no Twitter do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), com a intenção de justificar sua permanência na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, mas o efeito foi adverso, pois só conseguiu provocar reações contrárias.

O vídeo é uma costura de informações descontextualizadas e incompletas,
manipulando informações para construir falsas premissas e conclusões equivocadas. É desrespeitoso com os deputados federais que defendem os direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), preconceituoso contra religiões não cristãs, forja uma associação natural entre homossexuais e homicidas, descontextualiza declarações de profissionais para induzir que os ativistas do movimento LGBT pregam a pedofilia e estimula a intolerância e o desrespeito à liberdade de expressão e de manifestação.

A intenção do vídeo era transformar o pastor em vítima, mas revela o oposto: uma pessoa preconceituosa, grosseira e despreparada para o jogo democrático, que pressupõe a tolerância e o respeito às diferenças políticas, ideológicas, religiosas ou sociais. A repercussão foi tão ruim que provocou protestos da comunidade evangélica, até então silenciosa às besteiras ditas pelo deputado. No ápice de sua arrogância, Feliciano disse que representa 50 milhões de evangélicos, o que levou a organização de movimentos
pelo País afora com os dizeres "NÃO ME REPRESENTA" (imagens abaixo) demonstrando que a insatisfação com o comportamento do deputado não é algo "criado pela mídia" ou uma "conspiração" dos grupos LGBT, mas sim consequência de seus excessos.

Se ocorrer o esperado e o deputado renunciar à presidência da Comissão na próxima quarta-feira, tanto ele quanto seu vídeo bizarro vão cair no esquecimento (e ele ainda manterá os votos para a próxima eleição), mas o episódio serve para demonstrar que a falta de noção de nossos políticos, ao não se importarem com a opinião pública, tem limites e que eles se movimentam e cortam na carne quando o desgaste de um abre os olhos da população para as falhas dos demais (exceto quando envolve Sarney ou Renan Calheiros, mas aí também já é querer demais).








E, é claro, o humor:





 
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