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Pensamentos aleatórios

27 de novembro de 2015

Black Friday catalana...


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Em um só dia, sócios da MMC Motors, que fabrica carros com a marca da Mitsubishi em Catalão, são indiciados 2 vezes por corrupção ativa

Essa eu vi no Goiás 24 Horas:
 
 
O dono da MMC Motors, que fabrica carros com a marca da Mitsubishi em Catalão, Eduardo Souza Ramos, foi indiciado uma vez e o seu ex-sócio Paulo Arantes Ferraz, duas vezes, em um único dia, pelo crime de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, dentre outros.

Os dois são acusados de envolvimento com fraudes fiscais milionárias e também de pagar propina em troca de uma Medida Provisória, assinada pelo então presidente Lula, concedendo favores fiscais à montadora.

Os indiciamentos foram feitos, um, pela Polícia Federal, no inquérito sobre a compra da MP, e, outro, pela CPI do CARF, que apurou a negociação de pareceres recursais no Ministério da Fazenda. A MMC Motors teria pago R$ 20 milhões a uma “consultoria”, que subornou conselheiros e reduziu uma dívida fiscal de R$ 266 milhões para apenas R$ 960 mil. O caso é considerado como o mais representativo das fraudes realizadas no âmbito do CARF.

Em outubro, Eduardo Souza Ramos e Paulo Arantes Ferraz foram conduzidos coercitivamente por agentes da Polícia Federal para prestar depoimento, por ordem da Justiça Federal.
 
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26 de novembro de 2015

Marconi diz ser contra estabilidade do servidor público

Essa eu vi no blog da Fabiana Pulcineli:
 

O governador Marconi Perillo (PSDB) defendeu hoje o regime celetista para a contratação de servidores públicos, confirmando as críticas à estabilidade do funcionalismo feitas em evento do grupo Lide, em Salvador (BA), na semana passada. De acordo com o jornal A Tarde, Marconi chamou a estabilidade de "a coisa mais imbecil e mais burra que existe".

Em bate-papo na internet com o tema Educação na tarde de hoje, o governador respondeu a pergunta enviada pelo blog e confirmou também que transformou escolas da rede estadual em colégios militares em retaliação a professores que participaram de manifestação em evento em que ele estava presente. "Eu disse e repito: não podemos ter baderneiros nas escolas. Escolas que não conseguem lidar com baderneiros precisam de um modelo diferente, de um conceito diferente. Para essas pessoas, a melhor coisa é a escola militar. Há que se ter disciplina, hierarquia e respeito", disse no bate-papo.

Ainda de acordo com A Tarde, ele afirmou aos empresários que tem coragem enfrentar os "baderneiros". "Fui num evento e tinha um grupo de professores radicais da extrema esquerda me xingando. Eu disse: tenho um remedinho pra vocês. Colégio Militar e Organização Social. Identifiquei as oito escolas desses professores. Preparei um projeto de lei e em seguida militarizei essas oito escolas. O Brasil está precisando de 'nego' que tenha coragem de enfrentar"", relatou a reportagem. Marconi fazia referência a grupo de professores que protestou em evento em junho, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Sobre o questionamento a respeito da estabilidade do funcionalismo, Marconi comparou o setor público com a iniciativa privada e defendeu cumprimento de metas. "À exceção das carreiras de Estado, (a estabilidade) não existe na iniciativa privada e não deveria existir daqui pra frente no serviço público. Cada vez mais, temos de trabalhar a questão do mérito e da qualidade do serviço. Na minha opinião, o regime de contrato deve ser o celetista, alinhavado à questão de metas", afirmou, para completar: "O servidor tem de comparecer ao trabalho e entregar um bom trabalho. Na iniciativa privada, se uma meta não é cumprida, o servidor é dispensado. Por que seria diferente no setor público? Temos de ter respeito ao dinheiro público".

O bate-papo foi feito em São Paulo, com a participação de Ricardo Paes de Barros, um dos formuladores dos programas de combate a pobreza no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Em dezembro de 2013, um dos principais auxiliares de Marconi, o presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, também criticou a estabilidade do servidor em entrevista na TBC. À época, entidades que representam o funcionalismo divulgaram notas condenando as declarações.
 
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23 de novembro de 2015

Suspeito de matar mototoxista em Catalão é encontrado morto

Com informações de O Popular:


Um homem de 32 anos, suspeito de matar a mototaxista Larissa Pereira Ribeiro, 28 anos, a facadas na manhã de sexta-feira (20), foi encontrado morto, por volta de 9h desta segunda-feira (23), em sua casa no Jardim Bela Vista, em Catalão. De acordo com a Polícia Civil (PC), a suspeita é que Agnel de Souza Caetano tenha cometido suicídio. O corpo foi encontrado pela sobrinha dele.

Larissa trabalhava como mototaxista há um ano, e tinha saído pra atender a primeira chamada do dia. Um cliente ligou no mototáxi dizendo que ia ao bairro Maria Amélia, mas o autor levou a vítima para a zona rural da cidade, onde foi assassinada a facadas. O corpo da vítima foi encontrado em um matagal.

A delegada Alessandra de Castro, responsável pelo caso, chegou a ouvir o suspeito, que negou a autoria do crime. Já testemunhas disseram que Agnel é mesmo o culpado. A polícia investiga se existe ou não ligação do suspeito com a morte da mulher.

O suspeito comete suicídio sem responder a motivação do crime, ou mesmo assumi-lo e daí o caso está encerrado... Conveniente demais, não?!

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O novo garoto propaganda da Prefeitura de Catalão

Para quem ainda não sabe a Prefeitura de Catalão contratou a peso de ouro um novo garoto propaganda: o palhaço/humorista/deputado federal TIRIRICA!

Trata-se de uma debochada arrojada estratégia de marketing, afinal Tiririca é sinônimo de felicidade, bom humor e orgulho de viver, tudo a ver com a atual situação de nossa cidade, que semana passada completou 30 assassinatos em menos de 11 meses e está apreensiva com as demissões em massa na MMC (cerca de 800 desempregados), mas tem luz de LED e ciclovia. 

Mas antes que as críticas comecem preciso dizer que a escolha do palhaço para propagar as obras da prefeitura tem sim tudo a ver, pois o bordão do Tiririca cabe direitinho na gestão Jardel: PIOR DO QUE TÁ NÃO FICA!


Ano que vem muda, sai o Tiririca e entra o Batoré: QUEM NÃO TIVER SATISFEITO DÁ NO PÉ!!!

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E essa lama?


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20 de novembro de 2015

Ulisses Aesse, do DM, tenta dar a Marconi Perillo mérito que ele não tem na convocação de PMs

Essa eu vi no Opinando:

No último dia 14 de novembro, o Governo de Goiás, depois de sucessivas derrotas no judiciário, foi obrigado a convocar os chamados excedentes aprovados do último concurso válido da Polícia Militar de Goiás. Foram chamados 732 aprovados, de um total de 1.421 que aguardam convocação. O chamamento só se efetivo porque o Ministério Público, por intermédio do Promotor Fernando Krebs, ajuizou ação de execução provisória da sentença que mandava o Estado convocar os excedentes. Sem outra alternativa, sob pena de cometer crime de responsabilidade, Marconi Perillo se viu obrigado a atender a determinação da justiça. 
 
O Jornalista Ulisses Aesse, editor-chefe de reportagem e coordenador de pauta do Jornal Diário da Manhã, corrobora a subserviência da mídia goiana ao poderio econômico estatal e atesta que a imprensa age para afastar Marconi Perillo, governador de Goiás, de toda e qualquer responsabilidade pela grave crise pela qual o Estado de Goiás transita.
 
Não obstante ser público e notória a luta dos concursados e a resistência do Governo em chamá-los, o Jornalista Ulisses Aesse, em sua coluna “Café da Manhã”, tripudiou da boa-fé dos goianos, ao atribuir a Marconi Perillo todo o mérito pela convocação. “O Governador Marconi Perillo usou do bom senso e convocou os militares do cadastro de reserva de 2012, selecionados em concurso da PM (sic)”, escreveu o jornalista, querendo fazer crer, os seus leitores, que Marconi Perillo de fato tenha agido por entender ser necessária a convocação da turma.
 
É lamentável que um jornalista da estirpe de Ulisses Aesse se preste a esse papel, curvando-se ao poderio político em detrimento da verdade dos fatos. É por essas e outras que a situação em Goiás é crítica, já que a mídia ajuda o Governo a se esconder atrás de sofismas que atravancam a solução dos reais problemas enfrentados pela população.
 
 
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Ô Jurandir...


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Catalão: três assassinatos em menos de 12 horas

Com informações do Portal Catalão:

A noite de quinta (19), a madrugada e a manhã desta sexta (20) são uma síntese do violento ano de 2015 em Catalão. Foram registrados três homicídios e outras duas pessoas foram baleadas.
Assassinato na Vila Mutirão, o primeiro da noite do dia 19/11
O primeiro homicídio aconteceu por volta de 21:15h de quinta (19), na Vila Mutirão, onde um homem de 29 anos de idade foi morto a tiros. De acordo com testemunhas, o autor desceu de uma motocicleta e alvejou a vítima e logo após tomou rumo ignorado e ainda não foi identificado.

Assassinato na Vila Erondina, o segundo da noite do dia 19/11
O segundo homicídio, registrado por volta das 23:00h de quinta (19), aconteceu na Vila Erondina, saída para a cidade de Goiandira (GO). Um homem, que não possuía documentos de identificação, foi alvejado com disparos de arma de fogo. O autor fugiu e ainda não foi preso pela Polícia Militar.

 Em outra ocorrência, registrada na madrugada desta sexta (20), duas pessoas foram baleadas por volta das 04:00h no bairro São José. Um rapaz de 22 anos de idade foi alvejado nas costas com disparos de arma de fogo e no mesmo local, uma jovem de 25 anos de idade foi alvejada com tiros nas pernas. Uma equipe do corpo de Bombeiros encaminhou as vítimas até o Pronto Socorro da Santa Casa de Catalão. De acordo com informações, a jovem não corre risco de morte, já o estado de saúde do rapaz, alvejado com tiros nas costas, é grave.

Um outro homicídio foi registrado na manhã desta sexta (20), onde de acordo com as primeiras informações, uma mulher de aproximadamente 28 anos de idade, identificada como Larissa Pereira que era mototaxista, foi morta a facadas no bairro Maria Amélia. Um homem teria feito uma corrida com a mototaxista e logo após esfaqueou a vítima. A Polícia Militar faz neste momento um cerco em busca do assassino.

Larissa Pereira, 26 anos, assassinada nas primeiras horas do dia 20/11
Em menos de 12 horas, três pessoas foram assassinadas e outras duas foram baleadas em Catalão. Com a morte da mototaxista na manhã de hoje, a cidade apresenta 30 homicídios em 2015. 

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Dia da Consciência Negra


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14 de novembro de 2015

Ônibus temático: mais uma novidade da gestão Jardel (se bem que eu já vi esse filme)

Está em destaque no site da Prefeitura o anúncio da entrega de um ônibus temático, batizado de "Pequizão", que será usado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente nas atividades de Educação Ambiental.


No texto a iniciativa é saudada como novidade, mas se puxarmos pela memória não é a primeira vez que a turma que está no comando da gestão municipal investe em um ônibus temático para chamar a atenção da população. Ainda no início de 2013, assim que Rodrigão e Gustavo Sebba assumiram a Direção do CRAC, uma de suas primeiras e factoidianas realizações foi a apresentação de um suposto Ônibus do CRAC (logo apelidado de "Trovão Azul"), como a definitiva resposta da nova diretoria aos problemas de transporte do time.


Para quem não se lembra o ônibus temático do CRAC nunca sequer foi usado para transporte dos atletas, mas seu aluguel (sim, era alugado e não patrimônio do clube) foi pago religiosamente em dia e é uma das despesas inúteis que levaram o CRAC a ter seu patrimônio maior, o estádio Genervino da Fonseca, penhorado para pagamento de dívidas. O ônibus nunca foi usado porque não tinhas as vistorias e certificações necessárias para rodar em rodovias estaduais ou federais, ou seja, como outras coisas na gestão municipal, não funcionava, servindo apenas para fotografias.

Vamos ver se com o "Pequizão" será diferente ou se o destino deste ônibus está fadado a repetir o fiasco do "Trovão Azul".

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13 de novembro de 2015

Hospital investiga relação sexual entre funcionários durante plantão

Quando a gente pensa que já viu de tudo, surge algo que espanta.

Um processo administrativo foi aberto no Hospital Universitário Júlio Bandeiras, em Cajazeiras, na Paraíba, para investigar se dois funcionários teriam tido relações sexuais durante um plantão. A suspeita começou após o vazamento na internet de uma troca de mensagens entre os dois colaboradores terceirizados da instituição.

Segundo o site Extra, a conversa entre o motorista de ambulância e a auxiliar de limpeza teve grande repercussão na cidade. Os dois, que não foram afastados das funções, alegaram que não fizeram sexo durante o plantão, e que alguém teria invadido os aparelhos deles para enviar as mensagens. 

A unidade de saúde afirmou que vai analisar as câmeras de monitoramento, que funcionam 24h por dia, e que podem enviar as imagens à Polícia Federal caso seja necessário.

Confira as mensagens:



Diante da repercussão dos fatos o hospital divulgou uma nota:

“A Direção do Hospital Universitário Júlio Bandeira – HUJB, informa a comunidade em geral que, tomando conhecimento de fatos compartilhados em redes sociais envolvendo prestadores de serviços desta instituição, determinou a abertura de Processo Administrativo para verificar a veracidade das informações e que se for necessário, estará encaminhando o processo para apuração junto a Polícia Federal para outras medidas investigativas.
Informamos ainda, que dispomos de monitoramento 24 horas por dia através de câmeras em todos os setores, e que a segurança de nossos usuários e prestadores é medida constante desta administração.
Direção Executiva do HUJB”

O que impressiona não é esse tipo de coisa acontecer durante um plantão, mas sim os envolvidos deixarem a coisa vazar para a cidade inteira!!!

É muita vontade de aparecer, só pode!!!

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Ex-Reitor da UFG menciona dois políticos importantes para a transformação dos câmpus da UFG de Catalão e Jataí em universidades federais autônomas: nem Jardel nem Marconi são um deles


Para aqueles que ficam acreditando na conversa de qualquer um sobre a "paternidade" da transformação dos câmpus da UFG em Catalão e Jataí em universidades federais autônomas, recomendo a leitura do artigo do professor Edward Madureira Brasil, ex-reitor da UFG, publicado no jornal O Popular na edição de ontem (12 de novembro) em que ressalta que foram as medidas tomadas ao longo dos anos pela administração central da UFG (como a destinação de orçamento aos câmpus, proporcional ao número de cursos e de estudantes e a reformulação de seu estatuto com vistas a contemplar uma estrutura administrativa mais ágil e descentralizada dos campus avançados), somadas à mobilização das comunidades locais (e não a articulações políticas individuais) que resultaram no amadurecimento natural do processo de independência e separação dos campus do interior.

Edward, no entanto, reconhece o importante mérito de dois políticos nesses processos e, adivinhem, nenhum deles é Jardel Sebba ou Marconi Perillo. Confira:

Universidades em Catalão e Jataí
Recentemente foi anunciada a criação de mais duas universidades federais em Goiás. Devemos, sem dúvida, celebrar essa conquista que impulsionará o desenvolvimento científico, tecnológico, cultural e educacional do Estado. Vários Estados brasileiros têm mais de uma universidade federal, destaque para Minas Gerais com 11 instituições.
Nos anos 80, o reitor José Cruciano e sua sucessora Maria Cassimiro, com forte apoio dos prefeitos de Catalão e de Jataí, Haley Margon e Mauro Bento, respectivamente, e da sociedade local, instalaram unidades da UFG nesses dois municípios. As trajetórias dessas unidades foram marcadas por momentos de incertezas, pois sua sobrevivência dependia das prefeituras e do governo estadual, que mesmo comprometidos com a iniciativa, esbarravam ora em questões legais, ora em dificuldades econômicas, com reflexos diretos no cotidiano dessas unidades. Desde a implantação, foi primordial a atuação de professores, técnicos-administrativos, estudantes e munícipes das duas localidades, que lutaram incansavelmente pela manutenção e sonhavam com a emancipação dos câmpus.
Em 2005, os sete cursos de graduação existentes em cada cidade, contavam com 100 professores, dos quais apenas 30 pertenciam ao quadro federal e uma infraestrutura muito aquém da ideal. Programas do governo federal permitiram que, a partir de 2006, uma grande expansão fosse implementada. Investimentos de cerca de R$ 60 milhões em infraestrutura, recursos de custeio da ordem de R$ 80 milhões e a contratação de mais de 600 professores e quase 200 servidores técnico-administrativos, alteraram de forma significativa a configuração da UFG nos municípios. Atualmente, Catalão e Jataí contam com cerca de 25 cursos de graduação e 7 cursos de mestrado cada um, e infraestrutura de laboratórios de ensino e de pesquisa, salas de aula, gabinetes de professores, dentre outras instalações.
Medidas tomadas pela administração da UFG, como a destinação de orçamento aos câmpus, proporcional ao número de cursos e de estudantes e a reformulação de seu estatuto com vistas a contemplar uma estrutura administrativa mais ágil e descentralizada nessas regionais, somadas à mobilização das comunidades locais resultaram no amadurecimento natural do processo de separação. Agora as regionais de Catalão e Jataí, podem comemorar sua transformação em universidades federais, o que lhes permitirá consolidar sua inserção local, regional, nacional e internacional.
A trajetória de crescimento com qualidade, experimentada pela UFG nos últimos tempos, teve como pilares questões simples, porém essenciais, que podem orientar o trabalho de implantação das duas novas universidades. É essencial manter e ampliar as parcerias que historicamente asseguraram a sobrevivência e o crescimento destes câmpus, reforçando o trabalho das reitorias com prefeituras, governos estadual e federal. Não se pode perder de vista, também, que a existência de instituições de ensino públicas só faz sentido se estas estiverem atentas aos principais desafios de nossa época, ouvindo e dialogando com diferentes sujeitos e sempre se pautando pelos anseios da sociedade. Outros valores basilares da universidade são a pluralidade de ideias e a liberdade de pensamento e de expressão, o que pode ser traduzido em muitos aspectos da atuação da universidade, especialmente no seu caráter suprapartidário, laico, independente e de respeito e responsabilidade com todos os segmentos da sociedade.

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12 de novembro de 2015

Para quem não entendeu a ironia...


Ontem publiquei um post falando sobre quem seria o maior responsável pela transformação do câmpus da UFG em Catalão em universidade federal autônoma, elencando uma série de nomes e o grau de envolvimento de cada um para que tal processo se concretizasse e, entre os vários nomes ali, incluí o meu próprio.

Recebi várias críticas sobre isso, inclusive sendo chamado de pretensioso e arrogante, por isso venho aqui deixar claro que incluí o meu nome na lista para ironizar a forma desesperada como certas pessoas (alguns que inclusive nem sabem onde fica o Câmpus Catalão e sequer já adentraram no mesmo) estão se manifestando na mídia requerendo para si a maior parte desse mérito.

E é bem fácil perceber que o texto foi irônico, pois me incluí como um dos "pais" somente por ter participado, há cinco anos trás, de uma comissão composta por outras onze pessoas que elaboraram um projeto de transformação que foi entregue ao presidente Lula por intermédio do prefeito Velomar Rios e do deputado federal Rubens Otoni, ou seja, uma pequenina participação num gigantesco universo de contribuições e acontecimentos que não cacifaria ninguém a pleitear nada além disso, mas maior do que muitos que sequer já pisaram no Câmpus Catalão.

Enfim, falando francamente, não foram articulações políticas individuais ou mesmos movimentos e projetos elaborados pela comunidade acadêmica que levaram a transformação do Câmpus em universidade autônoma (que foram importantes, sem dúvida), mas sim uma conjunção de fatores e decisões acertadas da administração superior da UFG e do Governo Federal (que desde 2005 iniciou um programa de interiorização do Ensino Superior) que levaram ao crescimento e fortalecimento do Câmpus e culminaram no momento recente.

Se for para dar algum destaque o merecem os ex-reitores José Cruciano e Maria Cassimiro, que iniciaram o processo de interiorização da UFG através dos câmpus avançados; o ex-prefeito Haley Margon, que bancou a proposta e a encampa até os dias de hoje; o ex-reitor Edward Madureira, responsável direto por criar as condições institucionais para fortalecer a administração dos câmpus de Catalão e Jataí, e o governador Marconi Perillo, por saber aproveitar o momento de fragilidade política do Governo Federal e conseguir uma realização na qual sua participação é quase nula (no caso de Catalão, ele fez foi tomar o terreno da antiga escola agrícola), mas que vem tendo mais destaque do que quem criará de fato as novas universidades: Dilma.

Enfim, não nos cabe discutir quem tem mais mérito na questão, mas sim nos regozijar por ser um dos pouco municípios do País a possuir a sede de uma Instituição Federal de Ensino Superior, o que vai mudar a economia e a importância de Catalão nos dez anos seguintes após a criação da UFCat, quem viver verá.

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Jardel: um prefeito que "respeita" as instituições

Reunião com o Sindlojas, que não representa os comerciantes de Catalão, para decidir sobre o feriado do dia 20/11

Dia 20 de novembro será feriado em Catalão, para celebrar o Dia da Consciência Negra.

A despeito da polêmica se o feriado é bom para o trabalhador e ruim para o comércio, ainda mais em tempos de crise e pós Festa do Rosário, acredito que a proposta foi infeliz, pois Catalão não precisa de um dia específico para celebrar a Consciência Negra, pois fazemos isso o ano inteiro, seja na Universidade, através dos vários grupos de estudos e pesquisas, ou mesmo na sociedade, que passa a ano todo mobilizada em organizar a Festa do Rosário, que é uma celebração religiosa, mas também uma alegoria representando a luta dos negros para se livrar da escravidão. A medida foi populista e infeliz, coisa de quem desconhece a história da cultura negra em Catalão ou tem apenas um neurônio na cabeça.

Mas esse post não é sobre o feriado, é sobre respeito, ou a falta dele.

Desde que a proposta foi apresentada na Câmara Municipal de Catalão o debate sobre a pertinência desse feriado surgiu, com protestos vindo especialmente da Associação Comercial e de Dirigentes Lojistas de Catalão (ACIC-CDL), preocupados com a recuperação de suas vendas e com custos adicionais que um feriado tra àqueles que resolverem abrir suas portas. Pois bem, em vista dos protestos dos comerciantes, qual foi então a medida adotada pelo prefeito Jardel para decidir se sancionaria ou não esse novo feriado municipal? Errou quem apostou que ele se reuniu com  ACIC-CDL para se posicionar.

Jardel se reuniu em seu gabinete com o Sindlojas, sindicato composto por meia dúzia de empresários inconformados com a derrota na eleição para a nova diretoria da ACIC-CDL, e decidiu sancionar o feriado, passando por cima da representação oficial dos comerciantes na cidade.

Para quem se espantou com isso, não custa lembrar que Jardel apoiou a chapa derrotada e apoia agora esse grupo golpista, que perderam no voto e querem representar o comércio no tapetão, patético!!!

Mas também não é a primeira vez que Jardel faz esse tipo de coisa. Quando assumiu o mandato, em 2013, ele fez questão de ordenar a dissolução da Diretoria do CRAC e a uma nova composição da mesma com pessoas ligadas à gestão municipal (o resultado está aí: o Genervino da Fonseca penhorado para pagar dívidas trabalhistas). E mais recentemente Jardel também quis passar por cima da comunidade acadêmica catalana ao exigir sugerir para o Cerimonial da Presidência da República que o anúncio oficial da transformação do Campus da UFG Catalão em universidade autônoma ocorresse no Labibe Faiad e não no Auditório do Campus (o equivalente ao Onofrinho a ir em Goiandira para inaugurar uma obra da Prefeitura de Ouvidor), não tem lógica alguma nesse pleito.

Tamanha falta de respeito pelas instituições não condiz com o discurso de respeito ao contraditório frequentemente reproduzido pelo prefeito sendo um comportamento típico de menino mimado, aqueles que quando são os donos da bola e o time perde vão embora e levam o brinquedo. E isso é muito ruim para a cidade.

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11 de novembro de 2015

Cesar da PC foi à rádio explicar a operação do DERCAP, mas ninguém ouviu o que ele falou

Cesar, no Catalão Urgente, recorde de audiência: 7 ouvintes.

Um dos melhores indícios para aferir a popularidade de um agente político é a repercussão de suas palavras. E o dia de ontem foi mais uma confirmação de que a gestão Jardel vai mal nesse quesito.

O Secretário de Infraestrutura, de Governo e também Superintendente da SAE, Cesar José Ferreira (Casar da PC) foi à rádio prestar esclarecimentos sobre a Operação Água Suja, deflagrada pela DERCAP Delegacia de Repressão a Crimes contra a Administração Pública), que apreendeu documentos e computadores na sede da Superintendência e também na residência do super secretário, levantado vários questionamentos na sociedade.

Pois bem, isso ocorreu na segunda-feira e logo na terça pela manhã Cesar usou os microfones da rádio para tranquilizar a população (e os aliados) dizendo que a diligência veio apurar uma denuncia anônima e que não existem indícios de irregularidade que justificasse o alarde feito pela oposição. Foi contundente dizendo que tudo não passa de um factoide armado pelo PMDB com o intuito de prejudicá-lo e que a operação não vai dar em nada, diferente da Ouro Negro que apurou o desvio de 10 milhões de reais (mas que também não deu em nada, diga-se).

Pois bem, foi tudo muito bom, tudo muito bem, mas Cesar cometeu um erro fatal em sua defesa: a escolha da rádio para faze-la. Não da rádio em si, pois a Cultura tem credibilidade e grande alcance, o problema foi ele escolher fazer isso no Programa Catalão Urgente, do vereador/radialista/pretenso candidato a vice Paulo Cesar, que amarga a pior audiência do rádio catalano no horário das 10:00h as 12:00h, perdendo feio para o Claudio Lima, na Liberdade FM, para o Elias Monteiro e a Paula Schimidt, na Top FM, e para a Luciana Machado, na Sucesso FM.

Cesar falou, falou e falou, mas ninguém ouviu e aí ficou valendo a versão da TV e dos outros programas de rádio, porque o do Paulo Cesar só escuta quem vai lá participar, ou seja, só os produtivos e ocupadíssimos secretários municipais, conforme prova a imagem que ilustra este post.

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Universidade Federal de Catalão (UFCat): afinal, quem é o pai dessa criança?


Desde o anúncio, na semana passada, da transformação do Campus da UFG Catalão em universidade federal autônoma, um debate domina o meio político da cidade: afinal, quem é o "pai", o "dono", o "maior responsável" dessa importantíssima conquista para Catalão e toda a região sudeste de Goiás? 

Vários atores da vida política local reclamam para si a paternidade desse feito, a despeito de qualquer relação mais (ou menos) harmoniosa com a universidade em tempos passados. Alguns pleitos de paternidade são repercutidos pela mídia da capital, em analises rasas que consideram apenas o cenário político atual, repetindo a informação equivocada que está sendo criada do zero uma nova universidade, ignorando que há 32 anos a UFG é a maior responsável pela formação superior na região sudeste de Goiás (claro que tal entendimento é proposital e serve a interesses específicos, não compensando gastar nosso português com quem repete esse mantra ridículo, por isso não mencionarei mais tal bazófia aqui).

A verdade é que é muito difícil, haja vista os variados argumentos, apontar quem é o maior responsável no meio político por esse feito, mas justamente por ser membro efetivo da comunidade acadêmica de Catalão, tendo me formado e pós-graduado pela UFG e há anos acompanhar de perto o debate interno sobre a necessidade de aumento da autonomia administrativa e financeira do Campus Catalão, é que resolvi compartilhar com os leitores do blog minhas dúvidas sobre os méritos de paternidade da Universidade Federal de Catalão (UFCat), de acordo com as contribuições de cada ator envolvido nesse processo. Assim, o pai da UFCat é:

Haley Margon: enquanto prefeito, há 32 anos atrás, Haley fez um convênio com a UFG para trazer cursos superiores para formação de professores, fazendo a Prefeitura arcar com pagamento de salários e estrutura física para as aulas. Mesmo depois de terminar seu mandato manteve relação próxima com a universidade, até mesmo doando terrenos de seu patrimônio particular para ampliação do campus (a área 2 do Campus Catalão, futura sede do curso de Medicina,  foi construída em um desses terrenos), sendo homenageado pela UFG com o título de Mérito Universitário pelos importantes serviços prestados a Universidade. Sem o pioneirismo de Haley não existiria campus da UFG em Catalão e sequer o sonho de uma universidade autônoma;

José Henrique Stacciarini: de todos os professores da UFG Catalão, José Henrique, do curso de Geografia, sem dúvida foi a voz mais contundente a defender a emancipação do campus e sua transformação em universidade autônoma. Sempre se manifestando nesse sentido através de artigos de opinião, trabalhos acadêmicos ou mesmos faixas afixadas na entrada do campus, José Henrique nunca mudou seu discurso, nem mesmo quando os ventos políticos eram desfavoráveis e um recuo estratégico seria salutar. Por isso o reconhecimento de toda a comunidade acadêmica;

Adib Elias: por manter o convênio da Prefeitura com a UFG, arcando com o pagamento integral dos salários dos professores após o Governo de Goiás romper com sua parte e deixar de repassar o valor equivalente a metade da folha de pagamento dos docentes conveniados (posteriormente convertido na Biblioteca e Auditório do Campus), isso em uma época em que eram pouquíssimos os professores do quadro federal efetivos em Catalão e a dependência da Prefeitura era gigantesca;

Manoel Chaves: depois de ser Diretor por dois mandatos se tornou Vice-Reitor da UFG e colocou os campus do interior em evidência, chamando a atenção para a capacidade administrativa, de articulação política e de produção acadêmica não só do Campus Catalão, mas também de Jataí;

Eu: sim, eu mesmo, este blogueiro que vos escreve, sou também um dos pais da Universidade Federal de Catalão (UFCat), pois participei, em 2010, de uma comissão coordenada pelo professor Claudio Maia, do curso de História, que elaborou o primeiro projeto sistemático para a transformação do Campus Catalão em uma universidade federal autônoma. Também fizeram parte desta comissão os professores Élida Alves (Matemática), Idelvone Mendes (Geografia), Luiz Carlos do Carmo (História), Marcelo Stoppa (Matemática Industrial), Maria Rita de Cássia Santos (Química), Rodrigo Delalibera (Engenharia Civil), Vagner Rosalem (Administração), Zenon (Biologia), a técnica Ana Paula Neiva e o estudante Sérgio Idalino, que levaram o projeto da Universidade Federal do Cerrado (UFCerr) às mãos do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que prontamente o encaminhou à avaliação do Ministro da Educação, Fernando Haddad, que achava mais vantagem investir no sistema multicampus do que na criação de novas universidades, o que levou o projeto a não ter a devida atenção. Nessa empreitada também merecem destaque o deputado federal Rubens Otoni e o prefeito Velomar Rios, sendo a articulação política de ambos fundamental para a chegada do projeto às mãos do Presidente (o que oficializou, pela primeira vez, o desejo de independência do Campus Catalão);

Edward Madureira: a articulação política de Edward, que durante seus dois mandatos de Reitor, foi responsável por emendas orçamentárias, obras, pessoal docente e técnico, que permitiram o enorme crescimento da UFG durante o Reuni (Programa de Reestruturação das Universidades Federais), fazendo o Campus Catalão triplicar de tamanho e oferta de cursos. É também de Edward o maior mérito pela vinda do curso de Medicina, que mesmo sem ainda ter começado, alçou o campus em outro patamar de importância;

Orlando Amaral: o atual Reitor da UFG merece o mérito por não ter criado empecilhos à separação dos campus de Catalão e Jataí, afinal vai entregar uma UFG menor do que recebeu e nem mesmo assim usou de sua influência e prestígio para atrapalhar o processo;

Gustavo Sebba: mesmo sem nunca ter pisado no Campus Catalão, o deputado estadual pleiteia a paternidade do UFCat por ser aliado do Governo de Goiás e ter feito uma emenda orçamentária no valor de 3 milhões de reais em verbas estaduais para ajudar na consolidação do curso de Medicina (que se foram realmente aplicados, como no caso da construção do Auditório e da Biblioteca, e não ficarem só na conversa, como os 3 milhões da reforma do Ginásio Internacional) serão importantes no início das atividades do curso, principalmente levando em conta o atual cenário de cortes orçamentários do Governo Federal;

Jardel Sebba: está no lugar certo, na hora certa. Mesmo fazendo uma gestão fracassada, sem dinheiro para trocar lâmpadas ou pagar fornecedores em dia, ninguém pode negar que o prefeito de Catalão assinou todos os protocolos necessários para a vinda do curso de Medicina e para a renovação do convênio entre Prefeitura e UFG. Mesmos que tais atos fossem feitos até mesmo pelo Bozó, se ele fosse o prefeito, é Jardel quem está na cadeira e irá colher parte dos méritos das duas melhores notícias dos últimos 30 anos para Catalão e região;

Marconi Perillo: o Governador de Goiás mais uma vez mostra que é mestre em fazer graça com o chapéu alheio, atribuindo a criação de duas universidades federais à sua capacidade de articulação política, mesmo deixando a Universidade Estadual de Goiás (essa sim, de sua competência) acabar à míngua. Aparece agora, graças a tendenciosa grande mídia da capital, como o principal responsável pelo atendimento dos pleitos históricos de emancipação dos Campus Catalão e Jataí. Inegavelmente tem seu mérito, pois foi permitido a ele dar em primeira mão a notícia (sabe-se lá em troca do quê), mas no caso de Catalão sua maior contribuição foi construir a Biblioteca e o Anfiteatro (obras inegavelmente importantes, diga-se), mas parando de repassar a parte que cabia ao Estado no pagamento do salário dos professores conveniados. Uma aposta irresponsável, que Marconi ganhou no final, mas arriscou provocar o fim do Campus Catalão, caso a Prefeitura não conseguisse manter sozinha o convênio, e sem Campus não haveria sequer possibilidade de nova universidade...

Enfim, apresentados os pretensos pais, e as justificativas de cada um para receber os méritos da paternidade, eu fico em dúvida em quem tem mais razão no seu pleito, de quem seria o mais digno de, acima de todo o esforço coletivo ao longo dos tempos, merecer todos os louvores e glórias de escrever o seu nome na certidão de nascimento de tão importante acontecimento na história de Catalão e região. Mas de uma coisa eu tenho convicção: se não dá para saber quem é o pai da UFCat, com certeza sabemos quem é a mãe, e esta, sem estardalhaço e sem fazer graça com o chapéu de ninguém além do dela estará em Catalão no próximo dia 19 para anunciar oficialmente a boa nova à população da região sudeste de Goiás, e que seja muito bem vinda, Presidenta Dilma Roussef, Mãe da Universidade Federal de Catalão.

E o pai?! O pai não interessa, na atual conjuntura o poder está na maternidade e o pai, quando presta, só serve para pagar pensão.

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4 de novembro de 2015

Coerência tucana

A coerência dos tucanos goianos em uma imagem:


Tela capturada do site do Jornal Opção.

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Por que os pobres incomodam tanto?



Na semana em que duas jornalistas publicam textos de ojeriza aos mais pobres, fica a reflexão: o que incomoda a elite não é a perda de direitos, mas de privilégios. Em um mundo onde ser ‘VIP’ e obter exclusividades são o ápice do prazer aristocrático, a popularização do acesso a educação, saúde, viagens e bens de consumo deve ser mesmo um horror

Por Maíra Streit

Nessa semana, dois textos de colaboradoras do jornal carioca O Globo chamaram bastante a atenção dos leitores, não exatamente pela qualidade do conteúdo em si, mas pelo grau de preconceito destilado em suas palavras.

Em um deles, a colunista Hildegard Angel defendeu a segregação como medida para conter os arrastões em praias do Rio de Janeiro. Entre as sugestões destinadas ao governo, surgiram ideias brilhantes como “diminuir drasticamente a circulação das linhas de ônibus e de metrô no fluxo Zona Norte-Zona Sul” e até mesmo “cobrar entrada nas praias de Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon”.

É isso mesmo. Para a colunista, impedir o acesso da população pobre às áreas mais prestigiadas da cidade é uma maneira eficiente de “reprimir as hordas e hordas de jovens assaltantes e arruaceiros”. “As medidas são antipáticas e discriminatórias, concordo. Mas ou é isso ou será o caos”, finalizou. Aparentemente arrependida de suas declarações, Hildegard retirou o texto do ar após uma saraivada de críticas.

Seguindo a mesma linha, os leitores d’O Globo foram brindados com uma publicação pretensamente irreverente, mas nem por isso menos cruel. Em seu blog, Zona de Desconforto, a jornalista Silvia Pilz descreve o comportamento dos mais pobres em consultórios médicos.

Em tom de deboche, ela afirma que essas pessoas costumam inventar doenças e fazem drama para faltar ao trabalho. “Acho que não conheço nenhuma empregada doméstica que esteja sempre com atacada da ciática [leia-se nervo ciático inflamado]. Ah! Eles também têm colesterol [leia-se colesterol alto] e alegam ‘estar com o sistema nervoso’ quando o médico se atreve a dizer que o problema pode ser emocional”, escreveu.

Silvia ridiculariza ainda a procura por mais informações na área da saúde, dizendo que, ao assistir a um programa da Rede Globo sobre o assunto, “o caso normalmente é a dúvida de algum pobre”. “Coisas do tipo ‘tenho cisto no ovário e quero saber se posso engravidar’. Porque a grande preocupação do pobre é procriar”, complementa.

A jornalista enfatiza que, com a democratização dos planos de saúde, fazer exames se tornou um programa divertido para os pobres, que se arrumam especialmente para a ocasião, chegam cedo e, admirados com o ar-condicionado e o piso de porcelanato dos laboratórios, aguardam ansiosamente pelo lanche oferecido após os exames.

Não sabemos exatamente em que país vive a blogueira em questão, mas, no Brasil, a relação entre os pobres e o acesso à saúde está longe de ser engraçada. Embora algumas conquistas sejam evidentes, os planos particulares não funcionam às mil maravilhas e ainda são, sim, um privilégio de poucos. A realidade da população de baixa renda ainda é, em boa parte, a fila do hospital público, a superlotação, a falta de médicos e a dificuldade na marcação de consultas.

O país, de fato, está mudando. Mas o que parece não mudar nunca é a ideia de um ‘apartheid’ social que enche os olhos da classe média alta brasileira, incomodada em dividir o mesmo ar que segmentos antes marginalizados. Impossível não lembrar da afirmação de outra polêmica colunista, a socialite Danuza Leão, que há alguns anos escreveu na Folha de S. Paulo que ir à Nova Iorque não tinha mais graça, já que eram grandes as chances de encontrar o seu porteiro por lá.

Esses são exemplos clássicos de que o que incomoda a elite não é a perda de direitos, mas de privilégios. Em um mundo onde ser ‘VIP’ e obter exclusividades são o ápice do prazer aristocrático, a popularização do acesso a educação, saúde, viagens e bens de consumo deve ser mesmo um horror.

Imagine que absurdo o filho do motorista estudar na mesma faculdade que o seu, ou encontrar a manicure fazendo compras naquela que era a sua loja preferida. Ainda mais ultrajante deve ser ver a empregada jantando filé mignon e dizendo a você que, de uma vez por todas, a escravidão acabou. Haja Lexotan para acalmar os ânimos dessa gente, tão afeita a mandar e desmandar sozinha em seus feudos imaginários. Quanto a isso, só resta uma coisa a ser dita: acostumem-se… A tendência é piorar.

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3 de novembro de 2015

MEGALOMANIA: Prefeitura diz que barragem no ribeirão Pari vai "superar de vez a crise hídrica que atinge diversas cidades brasileiras"

Pelo esmero com os detalhes (ou a falta dele) é possível avaliar a qualidade da assessoria do gestor público municipal e, no caso da Assessoria de Comunicação, o prefeito Jardel está completamente desassistido.

Não bastasse o foco na comunicação através das mídias sociais, numa linguagem pouco palatável a maioria da população e praticamente ignorada pelas demais Secretarias (que não produzem um único conteúdo limitando-se, quando muito, a copiar e colar as informações que saem do Gabinete) em detrimento da transmissão radiofônica, muito mais difundida em Catalão do que TV ou Facebook (o programa do Paulo Cesar não conta, porque ninguém escuta) o site da Prefeitura, diariamente abastecido com notícias das "obras" em andamento na cidade foi contaminado pela incompetência geral da gestão divulgando textos com erros de português e realizações megalomaníacas, que nem mesmo o Jardel acreditaria ser capaz.

A última pérola dessa eficiente pasta se trata do texto para divulgação da construção de uma barragem no ribeirão Pari, obra com financiamento da Caixa Econômica Federal e que supostamente acabará com a falta de água em Catalão nos próximos anos (o que me leva a duvidar, pois se não faltar água qual será a desculpa para vender a SAE?). O problema desta nota é que a assessoria de comunicação dispensou a revisão ortográfica e publicou um texto em que fala que tal barragem vai superar de vez a grave crise hídrica que atinge diversas cidades do Brasil. Duvida?! Confira a seguir:



A Prefeitura de Catalão aposta no represamento do Ribeirão Pari, nas proximidades dos limites com Goiandira, para superar de vez a crise hídrica que atinge diversas cidades brasileiras pelo segundo ano consecutivo.

Pode ser que a nota não tenha sido mal escrita. Talvez o Jardel vai fazer uma parceria para levar água pro resto do Brasil e esqueceram de mencionar, pois do jeito que está a aposta é que a barragem vai acabar com a crise hídrica de forma geral, não só a que atinge Catalão.

Com uma assessoria dessa (no mesmo das demais, diga-se), não é de espantar que a gestão Jardel chegue no último ano de seu mandato tão mal avaliada pela população: quem não se comunica se trumbica!!! 

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O dia depois do feriado

Ao chegar na cidade o prefeito se inteira dos fatos ocorridos em sua ausência e se prepara para emitir uma mensagem tranquilizadora à população:


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Enquanto isso, no Rio de Janeiro...

Ainda no hotel, antes de aprontar as malas para retornar à Catalão, o prefeito Jardel recebe uma inusitada ligação:


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2 de novembro de 2015

Projeto da UFG Catalão é destaque no Bom Dia Brasil

Para aqueles que duvidam da importância de se ter uma Universidade Federal autônoma em Catalão, segue a reportagem de hoje (02 de novembro) veiculado no Bom Dia Brasil, sobre pesquisa desenvolvida pelo professor Marcelo Stoppa, do Mestrado em Modelagem e Otimização da UFG Catalão, para a criação de próteses de baixo custo em impressoras 3D:


Um projeto da Universidade Federal de Goiás - Campus Catalão pode ajudar quem a precisa de uma prótese. Os pesquisadores fazem as peças do equipamento em uma impressora 3D por um custo muito menor do que o usual.

Basta falar ou apertar um botão. O aplicativo que move a mão eletrônica foi criado por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás. O projeto é para criar próteses para quem teve a mão amputada ou nasceu com má formação. Uma alternativa mais barata em relação às que já existem no mercado.

“A prótese eletrônica, que custa em torno de R$ 150 mil a comercial, a gente consegue fazer no laboratório por menos de R$ 5 mil, já com motor, a parte eletrônica, tudo funcionando”, afirma o coordenador do projeto, da UFG, Marcelo Stoppa.

As peças são feitas em impressoras 3D. O material usado é chamado de polímero, uma espécie de plástico derivado do milho. “A ideia é colocar pequenos micromotores na palma da mão, de forma que a prótese seja confortável e a mais leve possível”, explica Marcelo Stoppa.

E os alunos estão animados com o projeto. “A empolgação é essa, né? Você ver em prática aquilo que você só tinha na mente. Até então só planejado, aqui você coloca em prática”, conta o estudante Lisias Camargo.

Eles também trabalham com um modelo que não é eletrônico, mais indicado para crianças. É a força do punho que faz ela se mexer, abrir ou fechar.

O trabalho já vai fazer quase dois anos e a equipe não tem descanso. Faça chuva ou faça sol, pelo menos duas vezes por semana está no laboratório trabalhando duro. Mas tanto esforço já está surtindo resultado. Um estudante da universidade vai ser a primeira pessoa a testar a prótese.

Semebber é aluno da pós-graduação. Ele tem Síndrome de Moebius, um distúrbio raro, que compromete a expressão facial, gera dificuldades na fala e deficiência nos pés e nas mãos. “Com a prótese, a gente vai ter melhores condições de fazer alguns tipos de movimento. Tipo jogar dama. Quem sabe, pegar as peças de dama e brincar com as duas mãos, igual qualquer pessoa que não tem deficiência física”, afirma o estudante Semebber Lino.
Imaginemos o que não poderia ser desenvolvido em nossa cidade se existisse maior autonomia orçamentária e independência na captação de recursos?

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Charge especial do Dia de Finados


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Enquanto isso, no Cemitério Municipal...

Alguém chora muito pelo ente querido que faleceu:


Só mesmo indo pro Rio de Janeiro pra suportar tanta dor...

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