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Pensamentos aleatórios

7 de abril de 2015

A entrevista da assassina da pamonheira

O vídeo está no final do post. É de espantar. Confira:


Uma mulher magra, pálida, falante e convicta de que matou uma feiticeira queimada e assim livrou outras pessoas de seus feitiços. Acusando vizinhos e conhecidos destes de também praticarem magia negra, a dona de um restaurante e de uma pamonharia na confluência da Rua C-182 com a Rua C-184, no Jardim América, diz que não se arrepende do crime, cometido contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado, de 54 anos, no dia 29 de março. Sueide Gonçalves da Silva, de 56, está presa em flagrante e confessou o crime. Ela está na carceragem do 14º Distrito Policial, na Vila Pedroso, onde falou ontem com exclusividade ao POPULAR. Ela não apenas confessou o assassinato brutal da cozinheira, como também diz que premeditou o crime desde setembro do ano passado. Ela acredita que Marizete de Fátima, que é descrita por familiares e amigos como evangélica, boa mãe e muito trabalhadora, havia feito trabalho de feitiçaria para acabar com a vida da mãe dela, de 89 anos, e para a família dela. No dia do sepultamento da mãe de Sueide, segundo ela contou, os vizinhos da pamonharia em frente, incluindo a cozinheira, riram muito. “Pensei em jogar álcool nela no meio da rua, porque é assim que se mata feiticeiros desde a Inquisição”. Desquitada desde 1986, Sueide criou os dois filhos sozinha. Há 28 anos, segundo afirmou, teve um relacionamento de uma noite com um homem e engravidou de Willian Divino da Silva Moraes, de 28, também preso em flagrante pelo crime. Sueide disse que deu quatro tiros na vítima, jogou álcool e ateou fogo. “Arrependo de ter jogado pouco álcool”, disse.

A senhora matou a Marizete porque ela garantia movimento de clientes maior na pamonharia concorrente da sua?

Isso não tem relação nenhuma com o comércio. Nosso problema é pessoal.

Como assim?

A Marizete era feiticeira e fez um trabalho de feitiçaria que matou minha mãe. Durante 9 anos ela sofreu de depressão e morreu em setembro do ano passado, de depressão, aos 89 anos. Poderia ter vivido bem mais uns 10 anos. Ela matou minha mãe. No dia do sepultamento da minha mãe, o pessoal da outra pamonharia se reuniu na porta e ela estava lá. Todos riam alto. Nesse momento resolvi que eu ia matar a Marizete.

Porque ela?

Porque ela que enterrou um vaso de barro no lote ao lado da minha casa há 9 anos e desde então eu emagreci e vivo na depressão. Minha mãe, a mesma coisa. Quando minha mãe morreu resolvi que mais ninguém iria ser prejudicado pelas feitiçarias dela. Pensei em jogar álcool nela no meio da rua, porque é assim que se mata feiticeiros desde a Inquisição. Arrependo de ter jogado pouco álcool. 
Quem disse para a senhora que haviam feito um trabalho de feitiçaria contra a senhora?

Uma mulher evangélica que mora perto da pamonharia já havia me dito, mas várias pessoas da região disseram também e isso coincidiu com a depressão da minha mãe.

Qual a religião da senhora?

Já frequentei a Igreja Mundial do Poder de Deus, mas isso não tem relação nenhuma com igreja ou com religião. Ninguém me disse o que fazer. Nem vi isso em filmes. Tudo saiu da minha cabeça mesmo e eu não sou louca. Ela já prejudicou muita gente. Não prejudica mais. 
O que aconteceu no dia do crime?

Meu filho e eu estávamos saindo de casa quando a vi, a duas esquinas de casa, sozinha, indo embora da pamonharia. Ela era uma escrava lá. Entrava 7 horas e ia embora de madrugada, depois que o último cliente ia embora. Era difícil vê-la sozinha, então quando a vi sem ninguém, mandei o William parar o carro, a empurrei para dentro e fomos até a um matagal em Abadia de Goiás. Dei quatro tiros nela. . Um acertou na cabeça. Depois joguei álcool e fogo. Arrependo apenas de ter envolvido meu filho nisso. No início pensei até em contratar alguém para matá-la, mas depois resolvi que eu mesma ia fazer isso. Eu a odeio. Ela mereceu isso. 
Como acredita que será o futuro da senhora?

Não me importo com isso. Morri no dia em que enterrei minha mãe. Meu futuro acabou no dia que ela morreu.

A senhora ainda tem seus filhos?

Estão todos criados. Nem quero que me vejam presa. Se eu morrer na cadeia, eu morro satisfeita. Ela não merece ir para o céu e se eu a encontrar lá vou dizer isso a ela.



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