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Pensamentos aleatórios

7 de julho de 2015

A pequenez política dos atuais gestores de Catalão


Uma eleição municipal é sempre a disputa entre modelos de gestão.

A última eleição em Catalão foi a disputa de um modelo conhecido (com todas as qualidades e defeitos sabidos pela população) contra a novidade (a expectativa de manutenção do que estava bom e a melhora do que não estava bem). A novidade venceu.

Aí veio a realidade e a novidade não deu conta de passar para o mundo real aquilo que foi idealizado em campanha. Foi realmente um choque, tanto para os gestores quanto para a população.

Mas o instituto da reeleição dá uma possibilidade sem igual para a população, que é a de avaliar um governo: se foi bom é reeleito, se foi mau é retirado do poder. Ciente disso o gestor faz o seu melhor, pois ninguém, em sã consciência, se candidata com a intenção ser ruim caso seja eleito (embora os últimos acontecimentos em Catalão nos levem a pensar o contrário).

Agora uma nova eleição se avisinha. A novidade ainda tem um ano antes do pleito eleitoral para ressaltar suas qualidades e mostrar à população que cumpriu o prometido. Para isso pode se valer de tudo, inclusive de maciça propaganda custeada pelos cofres públicos (lamentável, mas faz parte do jogo), inaugurar obras que não vai terminar, esvaziar os cofres públicos com medidas puramente eleitoreiras e acabar com o patrimônio público doando-o a quem não tem condições de construir, simplesmente para garantir alguns minguados votos (e, o mais importante, fotos para espalhar nas redes sociais).

É claro que não fica só nisso. Quem está na situação além de ressaltar suas qualidades precisa mostrar os defeitos do adversário. E é aí que os atuais gestores do município provam que são pequenos, reduzindo os problemas da cidade à simples disputa eleitoral. No momento de ressaltar suas qualidades e mostrar os defeitos dos adversários em qual argumento se apoiam? No de que o adversário planeja acabar com as feiras de economia solidária espalhadas pela cidade!!!

O argumento é tão pequeno, tão tacanho, que mesmo as feiras não sendo uma unanimidade em aprovação popular (sendo inclusive objeto de reclamação do CDL), pode facilmente ser rebatido:

JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS NÃO COMPROU AMBULÂNCIAS;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS DEIXAR FALTAR REMÉDIOS NAS FARMÁCIAS;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS NÃO PAGOU A SANTA CASA;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS FEZ A ÁREA AZUL MAIS CARA DO BRASIL;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS NÃO TROCA AS LÂMPADAS NOS POSTES;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS AUMENTOU O IPTU EM 400 POR CENTO;
JARDEL AUTORIZOU A FEIRA, MAS QUER VENDER A SAE;

A próxima disputa vai ser novamente entre modelos de gestão, mas agora os dois modelos são conhecidos e um deles, o que está no poder, demonstra uma pequenez extrema, reduzindo o debate político a se vai ou não ter feira, enquanto pessoas morrem por falta de saúde e segurança em nossa cidade (e o prefeito dirige seu tratorzinho).


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