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Pensamentos aleatórios

3 de abril de 2017

Governo midiático: Dinheiro da Celg vai para obras que deveriam estar prontas em 2011


Segundo o jornal O Popular, a Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop) receberá praticamente todo o montante de recursos da privatização da Celg D, que será dividido entre obras rodoviárias e de infraestrutura e conclusão de unidades na área da saúde, sob responsabilidade da agência. Caberá ao órgão a aplicação de 99% dos cerca de R$ 800 milhões líquidos da venda da estatal. Quase todo o dinheiro, no entanto, será aplicado em obras prometidas na eleição de 2010 e que deveriam estar prontas em 2011 (caso do Centro de Convenções de Anápolis, como visto na foto deste texto).

Há, no Diário Oficial, uma relação de 82 obras consideradas prioritárias que devem receber os recursos. Cerca de 500 dos 800 milhões serão aplicados em obras rodoviárias - o asfalto feito em 2014 já desmanchou, porque não tinha qualidade alguma.

Jayme Rincón diz que o governo decidiu priorizar obras rodoviárias - com aplicação de R$ 500 milhões - porque é a “maior demanda” do Estado. O governador vinha afirmando que parte do dinheiro iria para áreas de saneamento, educação e segurança pública, que ficaram fora do decreto.

Para a seleção das obras, o auxiliar do governo nega que tenham pesado critérios políticos, embora, no universo das 15 maiores cidades do Estado, pouco tenha sido destinado àquelas que são administradas por lideranças da oposição.

Jayme diz que foram considerados a importância, o estágio e a parte burocrática das obras. “Primeiro incluímos as duplicações, que são prioritárias. Segundo, consideramos estágio da obra e importância econômico-financeira. Por fim, aquelas que estavam mais fáceis de serem retomadas.”

“Os critérios foram eminentemente técnicos. Pode até desagradar um pouco politicamente, mas estamos focados nas questões técnicas”, diz. Sobre o fato de ter sido incluída na lista reforma de ginásio de esportes de Posse, cidade do vice-governador José Eliton (PSDB), Jayme disse que as obras menores não são de responsabilidade da Agetop e que não participou da escolha. “Do que discuti com o governador, a relação não foi feita com espírito de contemplar lideranças políticas. Não deixamos nem vazar a lista antes para não ter pressão”, afirma Jayme.

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