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Pensamentos aleatórios

1 de fevereiro de 2013

Estatal goiana é cabide de empregos


Essa está no blog da Fabiana Pulcineli, de O Popular. Fala da estatal Celg Telecom, braço da Celg para lidar com a transmissão de dados. Criada em  2011 até hoje não saiu do papel, mas possui diretores ganhando 15 mil reais por mês e gasta a maior parte do aporte financeiro recebido do estado para pagar o salários dos diretores e consultorias. Revolta ver como o nosso dinheiro é "investido" pelo Governo do Estado, e depois do apagão de quarta-feira em Catalão, causado pela ausência de investimento da Celg na rede elétrica de nossa cidade, me senti na obrigação de compartilhar aqui:



Estatal sem atividade abriga aliados do Governo


Criada há quatro anos, mas ainda sem atividade, a Celg Telecom é comandada por um trio de indicações políticas que não conseguiu cumprir a missão de tirá-la do papel. 

As nomeações foram em setembro, mas só agora publicadas no Diário Oficial do Estado. O motivo oficial: falta de dinheiro para pagar os anúncios. Sem faturamento, a empresa precisa de aportes do Estado para quitar despesas administrativas.

A nova diretoria, indicada pelo governo estadual, tem como presidente Pedro de Moraes Jardim, ex-superintentende do Tesouro Estadual da Secretaria da Fazenda. O diretor técnico e comercial é o presidente estadual do PSDB, Paulo de Jesus. E Jayme de Oliveira Júnior responde pela diretoria administrativa e financeira.

O salário dos diretores, reajustado um mês depois que assumiram, é de R$ 15 mil.

Na assembleia do Conselho de Administração que aprovou as nomeações, o conselheiro indicado pelos acionistas minoritários e funcionário de carreira da Celg D, Pettersonn Gomes Caparrosa Silva, solicitou que os indicados se apresentassem. Depois dos discursos, falou da seriedade dos cargos e "arguiu não haver dentre os membros indicados nenhum com formação acadêmica compatível com a área de telecomunicação" - segundo texto da ata.

"Destarte as considerações explanadas, os conselheiros reconheceram não haver nada obstante ao grau de conhecimento da matéria pertinente e aprovaram por unanimidade as indicações", segue a ata.

Com prejuízo líquido de R$ 733 mil no balanço de 2011, a Celg Telecom recebeu aporte de R$ 1 milhão do Estado, a pedido da nova diretoria, para pagar salários de conselheiros e diretores, além de outras despesas administrativas. "Pagamos salários atrasados de quase dois anos. O gasto hoje é de R$ 400 mil. Quando acabar, o Estado entra com mais", diz Paulo de Jesus.

A estatal funciona em uma pequena sala na Secretaria de Infraestrutura, no 4º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. 

A Celg Telecom tem um acerto para contrato de cessão de uso de redes de fibra óptica (617 quilômetros) da Celg D, mas que ainda não foi oficializado nem validado pela Aneel. O objetivo é prestar serviços de transmissão de dados, voz e imagem, via rede elétrica. Segundo especialistas, a empresa tem potencial grande de mercado.

"Estamos de stand by aguardando a Celg D fechar a autorização. Pedimos seis meses para estruturar a empresa. Se ela não se viabilizar, não tem sentido continuarmos lá", diz Paulo de Jesus.

O presidente do PSDB afirma que concorda com a cobrança do conselheiro Petterson, mas que o momento é mais de ação política do que técnica. "Precisamos ter força para buscar avanços nesse acordo com a Celg. Depois disso, vamos investir em suporte técnico", justifica.

"Nós inclusive estamos cogitando a possibilidade de eu assumir a diretoria financeira e abrir espaço para um engenheiro da área na diretoria técnica", diz Paulo de Jesus, que é advogado e saiu da Superintendência de Articulação Política da Secretaria de Articulação Institucional para ir para a estatal.

Jayme Oliveira, administrador de empresa e ligado ao deputado Helder Valin (PSDB), deve sair da Celg Telecom para assumir a diretoria financeira da Assembleia Legislativa, que será presidida pelo tucano. Valin confirma o convite e diz tratar-se de um "bom técnico". Jayme foi também assessor da presidência da Celg D na gestão do vice-governador José Eliton (DEM).

O blog não conseguiu falar com Pedro Jardim nem na Celg Telecom nem no celular. A secretária que atendeu na estatal disse que estava no local apenas Jayme Oliveira, que não quis falar e sugeriu que a reportagem voltasse a ligar dois dias depois para falar com o presidente. Pedro Jardim é engenheiro agrônomo e ocupou funções na antiga Telegoiás e na Brasil Telecom, além de outros cargos no governo.

No segundo mês de governo, em 2011, o govenador Marconi Perillo (PSDB) recebeu do então secretário de Infraestrutura Wilder Morais (DEM), hoje senador, projeto de reestruturação da Celg Telecom com previsão de 120 dias. À época, Wilder criticou a falta de engajamento do governo anterior para colocar a empresa em funcionamento.


2 comentários:

  1. Robertinho, acabo de criar um blog: jardelcamargo@blogspot.com.br

    Espero que a partir de amanhã eu já poste algum artigo.

    Abraços!

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    1. Parabéns pela iniciativa. Saiba que já tem um leitor cativo. Um fraterno abraço!

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